terça-feira, novembro 25, 2008

Novo endereço: http://www.zeba.com.br

quinta-feira, outubro 18, 2007

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sábado, abril 22, 2006

"Lately, your low self-esteem is just good common sense. "

sexta-feira, abril 07, 2006

Vc nunca vai ser "só alguém", por mais que confunda Drácula com Frankstein...

sexta-feira, março 10, 2006

A Alma do Outro Mundo

Charles Baudelaire


Como os anjos de ruivo olhar,
À tua alcova hei de voltar
E junto a ti, silente vulto,
Deslizarei na sombra oculto;

Dar-te-ei na pele escura e nua
Beijos mais frios que a lua
E qual serpente em náusea fossa
Te afagarei o quanto possa.

Ao despontar o dia incerto,
O meu lugar verás deserto,
E em tudo o frio há de se pôr.

Como os demais pela virtude,
Em tua vida e juventude
Quero reinar pelo pavor.

(Perdoe-me por ser uma tradução. Não falo francês. Ainda.)

segunda-feira, março 06, 2006

You see I've forgotten
If they're green or they're blue
Anyway the thing is well I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen

terça-feira, janeiro 31, 2006

"She smells like angels ought to smell"

quarta-feira, janeiro 18, 2006

"I thougth you look like christmas morning" - John Smith, the Stranger.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

No meu calendário, depois do 29 vem o 31. Não sei o que houve com o 30. Foi-se. É uma pena.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Acredite se quiser, o post abaixo foi postado sem saber do coment do dia 15 e depois de uma longa conversa sobre o assunto com alguém que nunca falei tão profundamente sobre esses assuntos. Mas deve ser apenas coincidência mesmo nesse Chaos que rege o universo. Nada de energias ou manuscritos, creio. Não pra mim. É, realmente, uma pena.

Ela é apenas minha colega de trabalho. Nada demais. Eu sem vc é como vc sem mim. Mas não era pra mim. Aposto minha alma.



"Case-se comigo
Vanessa Da Mata
Composição: Liminha e Vanessa da Mata

Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não pareça tåo bom pedido
Antes que eu padeça
Case comigo
Quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim
Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido
Meu príncipe, meu hóspede, meu marido
Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não me apareça tão bom partido
Case-se comigo
Antes que eu padeça
Case-se comigo
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim!"


(Obviamente a letra foi escrita de uma mulher para um homem. Nesse caso, eu escrevo pra uma mulher. Mudem os gêneros)

terça-feira, dezembro 20, 2005

Dizem por aí que não quero encontrar algumas pessoas. Não é bem assim.Mas não se preocupe. Delete é um bom comando e foi usado.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

E não me interprete mal. É só porque sei que sou maior do que cartões de Natal.

Frases prontas de cartões de Natal. Tudo, no final, se resumiu a isso. Que os anjos digam amém.

sábado, novembro 26, 2005

"Os estóicos identificam a ataraxia com a apatia, isto é, a serenidade intelectual, o domínio de si, o estado da alma que se tornou estranha às desordens das paixões e insensível à dor, rejeitando a procura da felicidade; já que as "coisas" não podem ser de outro modo, o mais sensato é acomodarmo-nos.

Os cépticos e os epicuristas procuram o mesmo através da ataraxia, atitude que, sem renunciar à amizade, à compaixão, ao prazer ou à dor, não permite a perda do equilíbrio espiritual. Epicuro entende que se chega à felicidade pelo prazer, mas, porque alguns prazeres se revelam nefastos, é necessário fazer uma "triagem", rejeitando aqueles que não são naturais ou não são necessários à nossa paz: o prazer é, então, ausência de perturbações passionais da alma -- a ataraxia. O homem sem paixões é o que é/está em si e para si: "estar fora de si" (o homem colérico, diz-se, é o que está fora de si) é a expressão que traduz o estado contrário à ataraxia."

quarta-feira, novembro 09, 2005


Open your eyes. É bom estar renascendo.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Comentários reativados. Se é que tem alguém pra comentar.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Sinto as convulsões típicas. Sinto a tosse vindo. Uma única palavra desencadeou todo o processo de destruição. À dor que já ardia o peito veio se juntar o vômito desesperado do homem destruído. Não era necessário jogar essa ultima pá de areia. Eu já estava morto e putrefato, arrastando meu corpo fedorento e repulsivo pelo mundos dos vivo como se um deles fosse, mas a morte já havia me alcançado e os olhares de asco e rancor que me atingiam queimava minha carne exposta, aumentando o fedor podre que me envolvia. E, num último toque de sarcasmo, a Morte havia me deixado morto e respirando, morto e sentindo, morto e ainda morrendo. Deixou jogado neste mundo, arrastando as dores do espírito por entre o desprezo dos ainda vivos, como um monumento a tragédia dos que, até pela morte, são deixados pra trás. Então, do meu estômago de thanatus, um turbilhão dobrou meu corpo, um ardor quente veio-me a garganta e jogou-se na porcelana branca. E o vermelho do sangue vomitado manchou meus lábios de vida em agonia.



*texto escrito aos 8 dias do mês de setembro e publicado em outro blog meu.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Bom, me desculpe por ontem. Eu simplesmente fiquei sem ação por causa do susto e outras "coincidências". Minha consciencia tentava simplesmente desistir e me abandonar e meu corpo tentava bravavemente se mover. Enfim.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Mais serio voce disse, 3,14? Nao, eu diria mais introspectivo.
Entre o dia e a noite eu escolhi o por do sol. Mas nao fui escolhido por ele. Fui jogado pro vazio do esquecimento.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Roubo tuas palavras, meu velho (http://www.fotolog.net/metade). Hoje tb me sinto assim.


"O amor é
bicho fragil
Cachorro sem dono
que se tira de fuça
no primeiro carinho

O amor é
sono leve
Que acorda assustado
de noite, aos prantos
com qualquer barulhinho

Eu fui
apenas o meio

a via pro fluxo
desse troço nervoso
que gira o mundo
Frente a seguir

Você foi
silêncio profundo

A razão disso tudo
O mais forte dos gostos
O único gozo
Ao menos pra mim"

Os dois meses que vivi. Um dos poucos momentos em que realmente vivi. Sinto fala da luz dos teus olhos.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Há o bom, há o ruim. Houve o bom. Esse Silêncio que ouço é ruim. Voltando pra casa. Mas apenas de passagem. Desculpe se não respondi alguns e-mails. Não os abri. Cansei de notícias ruins. Não queria ler o que iria doer mais. Não era necessário. Sei o que represento.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Maria que amava João que amava a Irmã de Maria que não o via como Homem e não queria mais nada com ele
De Maria não se sabe, a Irmã casou-se em colo falso,
João matou seu amor e o enterrou no interior.
7532442325.

sexta-feira, setembro 02, 2005


O pulso ainda pulsa.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Eu sinto teu cheiro vindo com o vento. Literalmtente.

quarta-feira, agosto 24, 2005

terça-feira, agosto 23, 2005

Quatro da tarde. 33 horas sem dormir e contando.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Texto escrito as pressas no msn. Perdoem-me.
Ele não exatamente acordou. Apenas levantou-se da cama como de costume. Há tempos não dormia nem ficava acordado. Vivia naquele estado confuso entre a consciência e a Liberdade. Tudo começou mais ou menos quando ele parou de ver as cores. Elas foram se desfazendo, granulando-se, se apagando, implodindo impiedosamente nos seus próprios espectros. Ele observava a lenta agonia das cores com indiferença, apenas aguardando o momento em que finalmente iriam morrer em si mesmas. E o mundo explodiu em preto e branco. O mundo, as coisas, as pessoas. Tudo havia se tornado cinza e real. Eventualmente, um ponto mais escuro do que os outros escuros surgia em seu campo de visão. ele, em vão, tentava focalizar os olhos mas o negrume fugia e escorregava da sua existência. Mas em seu mundo cinzento, algo havia sobrevivido. Ao fim do dia, como um sonâmbulo, ele fugia para a explosão de cores do sol se pondo. Sentava num banco, a beira-mar e voltava seus olhos castanhos pro sol e se deixava banhar na luz desesperadora da morte revivida. Então aconteceu. No princípio de um pôr-do-sol indefinido, em canto quase fugido da sua visão, o ponto negro surgiu e caminhou, inadvertidamente em sua direção. Parecia que caminhava a esmo e seguia em sua direção como se estivesse sem rumo. Ele virou-se de frente pro desconhecido e esperou. De alguma forma ele sabia. O sol, no seu caminho de lamentações, vomitou as cores que, desta vez, o deixaram meio cego e, de alguma forma, haviam devolvido sua consciência, perdida há tempos. No contrate entre o mundo cinzento e o crepúsculo, o negrume foi se desfazendo, escorregando para o chão e Ela surgiu. Seus olhares se procuraram. Os olhos Dela, ele notou, eram iguais aos seus. Castanhos, profundos e vivos. Então fez-se o Silêncio. O mundo parou, as pessoas sumiram, a luz se fez mais presente e A coloriu, pouco a pouco, como uma aquarela cuidadosamente trabalhada por algum mestre esquecido. Apenas se ouvia, ao longe, o barulho do mar Ela recuou um passo, assustada. Ele deu um passo a frente. Ela sorriu, em sinal de reconhecimento, e moveu-se em sua direção. Se encontraram no momento derradeiro das luzes, Ela tocou seu rosto delicadamente e, com os dedos, arrancou-lhe os olhos e os jogou no mar. E ele morreu afogado na escuridão.
Death is the only hope in this miserable life.
O sol se pôs. Típico, considerando minha vida. E não, meus olhos não ficam bem na luz do crepúsculo. Hoje é noite de lua nova.

quinta-feira, agosto 18, 2005

.. Bom, acho que vc deixou um fecho de aeVivem me dizendo pra escrever, mesmo que sejam ruim. Bom, aí vai. Mais uma tentativa de voltar aos "bons tempos". Não muito boa, admito, mas talvez valha a tentavia. Quem sabe um dia eu mude o final?
No principio não havia nada. Apenas o silêncio mergulhado nas brumas da não-existência, cercado pela escuridão além da memória e da compreensão. Então, num instante infinitesimal, perdido para sempre nas memórias quânticas, houve luz. O universo surgia em todo seu esplendor. Partículas primordiais dançavam e se agrupavam, nascendo e destruindo, morrendo e criando. Então, surgiu o Verbo. E aí foi quando começou a fuder tudo. Bom, não exatamente quando o Verbo surgiu. O problema foi o que veio depois: O Tempo. Mais especificamente os Tempos do Subjuntivo, porque o Indicativo até dá pra encarar. As notícias do Primeiro são vagas e imprecisas mas, dizem, chamava Imperativo. No início, limitou-se a observar e tentar organizar o andamento das coisas, guiar quarks, neutros e fótons a seu bel prazer. Sentindo só, porém, criou o Tempo. O Indicativo pra ser mais preciso. E viu que era bom. Vieram o Presente, o Pretérito Perfeito e o Pretérito-Mais-Que-Perfeito. O Futuro não, pq o Futuro a Deus pertence. Olhando a magnitude da sua obra, O Primeiro cedeu à soberba e criou o Subjuntivo. Surgiu, assim, Pretérito Imperfeito. Do subjuntivo, é claro. O mais poderoso dentre todos os Tempos, mas com uma inveja e cobiça escondidos em sua conjugação. Por esses dias, Imperativo criou sua obra máxima: Um pequeno planeta na órbita de um pequeno sol, esquecido nos confins de uma insignificante galáxia. Todos se maravilharam com sua obra e, mesmo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, admiraram-se com o poder e a magnitude de tudo quanto havia sido feito. Mas então, no sexto dia, Ele cometeu seu primeiro erro: Os livros de auto-ajuda. Por todo panteão se cochichava sobre a senilidade e a incompetência do imperativo. Uma rebelião se formava e Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (doravante conhecido como P.I.S) formou uma delegação de Tempos e pediu uma audiência com Ele: “Senhor, tem certeza sobre essa história de Livro Sagrado? Quer dizer, as pessoas podem interpretar tudo errado, vc sabe como essa gente é... Eu faria diferente, se fosse o Senhor. Essa tal de Bibl...”. “Mas não é eu. Será assim.” “Senhor, não é eu não é o corre...” “Suma daqui! Não me corrija! Eu sou o que sou!”. P.I.S recolheu-se humildemente e retirou-se. Parecia que a sede de poder havia, finalmente, dominado Imperativo e ele começou seu devaneio criacional: Cerveja sem álcool, Celine Dion, a Cruz, todos os devaneios Imperiais, potenciais destruidores do universo, vinham insuflar os ânimos dos rebeldes. Então, num ataque de loucura e embriaguês, Imperativo chamou um jovem e disse: “Hamurabi, aqui estão as bases pra que, no futuro, os Advogados surjam. Eles serão os porta-vozes do Imperativo neste planeta”. Então houve um clamor nos céus e na Terra. Revolta, massacres, morte e destruição. Sangue, saques, pilhagens. O planeta estava entregue ao deus dará, mas ele não deu. P.I.S tomou pra si as rédeas da revolução e voltou à presença Dele: “Senhor, me perdoe, mas creio que o Senhor não sabe mais o que nesta fazendo. Sou obrigado a pedir, em nome de muitos, que se convoque uma eleição.” ELEIÇÃO?!?!?! Você está louco? Não haverá eleição alguma. Eu sou o imperativo. E digo que não haverá!”.” Bom, infelizmente pro senhor, os advogados serão criados. E digo que, de acordo com o que eles dirão, haverá eleição. Mesmo que seja em juízo. E que seja o ultimo juízo dentre todos o que ocorram. Considere-se em campanha.” E aí... Bom, e aí como são 06:30 da manhã e o whisky acabou, Ele chamou Pretérito Perfeito e disse: “Fudeu”.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Bem, não tá bom, mas é uma tentativa depois de meses. Encarem, se é que alguém ainda vem aqui, como uma tentativa de furar o bloqueio que eu mesmo imposto por alguma zona obscura de mim. E contem ainda que perdi ultima metade do texto por causa dessa merda de cpu e tive que reescrever, puto e sem paciência. enfim. Aí vai... Bom... E pra completar... Depois que eu publiquei deu pau geral no template... Claro, comigo nada é simples... Bom, tá mudado... perdi os coments antigos, por enquanto...



Era impenetrável. Espessas paredes de concreto e aço selavam o lugar, como um crânio. Havia sido projetado a pedido de um milionário, que cansou o mundo e trancou-se em seu próprio desespero. Um banheiro, uma vasta despensa, uma cama e, num derradeiro sinal de autopiedade, uma .45 completavam o cenário da sua liberdade. Sem portas nem janelas, apenas pequenos dutos para a renovação do ar, vivia nu a divargar com seus Demônios, expondo-lhes suas teorias desvairadas que já haviam lhe expulsado do mundo e estavam agora o expulsando de si mesmo. Cagava, como cagam todos, quando a ouviu:"Olá estranho". Ele, a principio, não a reconheceu. Não que a tivesse conhecido pessoalmente, ele simplesmente não reconheceu o que era aquilo que se movia e emitia sons ininteligíveis e parecia, de alguma maneira, estar interagindo com ele. Achou que pudesse ser um de seus Demônios , mas aquilo possuia algo estranho na extremidade superior, algo que Eles não tinham. Duas esferas, uma dentro da outra, a maior castanha e a menor, quase invisível, negra, circundadas por uma imensidão branca. Num ato reflexo, sentiu os lábios contrairem e ouviu sua voz responder:"Olá estranha". Como um vômito, suas memórias lhe foram devolvidas pelos deuses esquecidos da memória e a dor lancinante que se segiu à sua epifânia o fez perder os sentidos nu e sujo de merda. O barulho das águas da cachoeira batendo nas pedras do lago o fez acordar. Mesmo depois de algum tempo no exterior, a luz do sol ainda o incomodava. Baixou os olhos e a viu dormindo a seu lado, os longos cabelos dourados caídos delicadamente sobre os ombros e o rosto levemente voltado para a luz. Com suavidade, encostou seus lábios nos Dela. Ela despertou, sorriu pra ele com doçura e, mais uma vez, entregaram-se ao silêncio e aos corpos como um náufrago se entrega ao mar. Depois, como sempre faziam, nadaram até a outra margem do lago para ver o por-do-sol. E ali, no crepúsculo, onde todas as coisas morrem, Ela acriciou delicadamente o seu rosto e lhe disse:"Adeus e obrigada. Vou indo. Não que que me sigas". Pulou no lago e desapareceu na noite, jogand-lhe a solidão nas costas. A escuridão o cercou e seus Demônios voltaram, com risadas de escárnio, rindo da sua destruição. Um deles atirou-lhe sua .45. Ele a pegou, olhou-a e pensou:"Não preciso mais disso" e enfiou uma bala na cabeça, se entregando à morte como uma criança se entrega à vida: nú e sujo de merda

quinta-feira, junho 02, 2005

Eu nunca deveria ter saído daquele útero.

quarta-feira, junho 01, 2005

Envelheço na cidade.

terça-feira, maio 24, 2005

A formiga só trabalha porque não sabe cantar. Ou escrever.

quarta-feira, abril 20, 2005

Que outros lábios que não os seus os meus buscam e apenas meus olhos encontram. Que outra pele, que não a sua, a minha alma anseia, e apenas apenas minha pele encontra, prisioneira dos mesquinhos limites da carne. O ser bendito voando pra fora dos limites do sentir, condenando meu maldito ser ao tormento indizível da morte revivida a cada instante. O cheiro que impregna o meu cheiro e habita no meu peito e destrói os meu sentidos e me deixa na completa anosmia. Quais pecados cometi e quais cometerei pra poder pagar o preço da agonia a ti destinada pela minha mente embotada pelo drama, por mim mesmo engedrado, que me condeno viver todo dia. A que passado tortuoso me condenas, onde a parte que me cabe é a de um triste palhaço a beira do pranto do insignificante. Como poderá minha culpa ser purgada, a culpa do meu espírito, que também é corpo, que jogou-se em suas mãos e jogou-se sem mirar e querendo achar a paz, achou o riso desdenhoso. Mas esquece essas palavras. Porque o que foi dito talvez nem o tenho sido. É uma quimera de pensamentos, feita dos delírios e devaneios da vida que se acaba e que nunca vai se acabar. Do desespero do fim interminável. E a laconicidade da irônia vem destuir a prolixidade do rídiculo, desnudando o ser e expondo a pateticidade do poeta. E me pego sem fazer o menor sentido. Patético.

domingo, abril 17, 2005

(...)A garagem estava as escuras e ele tateava tentando achar o caminho até o elevador. Tentando não cair, deu uma trombada no carro de um vizinho, quase na porta do elevador. Deu um grito de dor abafado e procurou o botão. Mais uma vez não percebeu uma sombra, saindo de debaixo do seu carro. A criatura se arrastava, silenciosamente, no negrume, chegando cada vez mas perto, como que se preparando para um bote. Sorrateiramente ela avançava, ganhando terreno. Agora estava menos de dois metros dele. No preciso instante em que, finalmente, achou o botão, o perseguidor, achou, com a cabeça, o mesmo carro do vizinho. Ele ouviu o estrondo e um grito abafado de dor. Virou-se assustado em direção ao barulho. Do fundo da sua mente, perturbada pelo álcool e por si mesmo, um pensamento foi se formando. Aos poucos vinha emergindo, tomando forma. Demorou alguns instantes pra perceber o que se passava, mas finalmente a sua brilhante capacidade de dedução falou mais alto. Ele, assustado, pensou: “Nossa! Eu sou mais rápido que o som!”. E entrou no elevador.(...)

Zeba in projeto de livro ainda sem título

terça-feira, abril 12, 2005

Eu preciso parar de beber. Ou beber até enlouquecer duma vez. Essa coisa de enlouquecer aos poucos não dá.

quinta-feira, abril 07, 2005

"(...) mas provavelmente não existe (...) hoje em dia um único homeme maravilhado com a idéia de que é um ser humano. Estão todos atemorizados com a possibilidade de não vencerem na vida. Um homem inteligente, um homem sem medo, enfim, está preocupado com coisas mais importantes que dinheiro ou pelo menos é um homem que faz o dinheiro trabalhar por ele, e não o contrário."
Fausto Wolff in A Mão Esquerda

segunda-feira, abril 04, 2005

Eu não tenhos problemas com o alcool. Eu tenho problemas com a falta dele.

terça-feira, março 15, 2005

Talvez este seja sobre a vida. E a ridicularidade dela. Seja sobre como a maioria de vcs finge que a vida é linda quando é apenas uma sucessão de instantes podres e moribundos, que, na maioria dos casos, te mostra o quão ridicularmente pequeno vc é e que a sua importância, no geral, tende a zero e que o ponto onde vc vai chegar é o mesmo da grande maioria dos humanos: uma frustração, seguida do desespero e o nada a que estamos condenados. Sempre fingindo que estamos bem, obrigado, minha carreira tá crescendo, os meninos não usam drogas e meu marido não come a vizinha. Mas, na real, é tudo uma gigantesca bosta, o que faz do planeta o maior pinico a céu aberto que se tem notícia, com tendencia a piorar porque seus 6 bilhões de habitantes cagam suas vidinhas por toda parte e vivem chafurdando na própria merda, sem sentir o fedor da sua própria insignificancia, atribuindo a si mesmo um valor irreal e patético, supondo, com uma prepotência absurda, que está em controle da própria vida sem perceber que vive andando a esmo, rodando o mesmo ponto, rodando tanto que acaba cavando sua própria cova com os pés, e vai acabar enterrado vivo quando sua vida desabar sobre si mesma, entupindo seus canais respiratórios chegando, finalmente, ao ponto a que todos estamos condenados: morrer em vida sufocado pela própria merda.
Talvez seja um bloqueio criativo. Talvez seja um grande texto sendo produzido. Talvez seja um suspense marketeiro. Mas eu acho que é preguiça mesmo.

quinta-feira, março 10, 2005

Ok, não costumo fazer essas coisas mais isso foi foda. Sobre o caso Michael Jackson, alguém, escreveu o seguinte no Terra:

"(...)disse que iria segurar o mandado de prisão por uma hora para dar tempo para que Jackson aparecesse na corte. Porém, o prazo já inspirou.(...)"

http://exclusivo.terra.com.br/interna/0,,OI485637-EI4687,00.html

terça-feira, março 08, 2005

"(...) Esse negócio de nascer. E de morrer. Cada um na sua hora. A gente chega sozinho e vai-se embora do mesmo jeito. E a maioria passa a vida inteira sem ninguém, assustada e sem entender nada.(...)"
Charles Bukowski

sexta-feira, março 04, 2005

Velho, me faz um favor, arranca minha cabeça do pescoço. Você me deve isso. Eu não aguento mais isso aqui.

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Quando, quando eu vou enfiar o carro no pote ou um meteoro vai cair em minha cabeça espatifando meus miolos no asfalto feito jaca mole? Já demorou demais. Tô cansado disso.

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O mundo é o pior lugar pra se viver hoje em dia. é por isso que tem tanta gente doida.

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Why, oh why, didn't I take the blue pill?

quinta-feira, março 03, 2005

"Ave dolorosa

Ave perdida para sempre - crença
Perdida - segue a trilha que te traça
O Destino, ave negra da Desgraça,
Gêmea da Mágoa e núncia da Descrença!

Dos sonhos meus na Catedral imensa
Que nunca pouses. Lá, na névoa baça
Onde o teu vulto lúrido esvoaça,S
eja-te a vida uma agonia intensa!

Vives de crenças mortas e te nutres,
Empenhada na sanha dos abutres,
Num desespero rábido, assassino...

E hás de tombar um dia em mágoas lentas,
Negrejadas das asas lutulentas
Que te emprestar o corvo do Destino!"


Augusto dos Anjos

Frustração é uma merda mesmo.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Um observador desatento não saberia dizer a diferença entre o pôr do sol e o nascer dele. Um observador um pouco mais atento teria reparado em alguma pequena luzinha acesa num poste qualquer. O que também não faria a menor diferença pra se saber qual dos dois estava acontecendo. Na verdade, tudo é uma questão de pra onde a Terra tá girando no momento em que se olha ou, pra ser mais preciso, onde nosso hipotético observador se encontra nela no momento em que ela gira. Claro que, de uma hora pra outra, ela poderia ter ficado de saco cheio de tanto girar prum lado, e alguns sábios e mestres de Yôga afirmam que ela está ficando, e simplesmente decidir girar pro outro lado, só pra mudar um pouco a rotina. Mas aí ele (nosso observador) estaria ocupado demais em observar a provável extinção da Civilização Humana e de Todo o Resto que na realidade pouco importava se a merda do sol estava se pondo ou nascendo e quem liga pro sol de qualquer jeito? Se você não acredita que isso esteja acontecendo é só dar uma olhada nos claros sinais de cansaço que o planeta vem demonstrando. Claro que não tô falando de tsunamis, terremotos e outras bobagens. Isso acontece com o planeta desde que ele evoluiu da categoria de Amontoado de Poeira Sem Forma para Amontoado de Poeira Com Forma Mais Ainda Sem Condições Para Vida Humana e Outras Criaturas Irracionais. Estou falando de coisas realmente sérias, com o que devemos nos preocupar, como radares de transito, cantores com cabelos vermelhos e nome de fruta confundida com leguminosa, cerveja sem álcool e, o pior, os Homo Sapiens Sapiens em geral, a não ser, talvez, uns 3 ou 4 deles em todo esse tempo, incluindo aí o Jimmy Hendrix e Ferreira, um garçom de um finado bar na Ladeira da Barra, que só Deus, ou o Similar Nacional, ou Ninguém, caso não haja ninguém realmente lá fora, sabe por onde anda. Enfim, o ponto é que realmente essa história de depender do referencial que se olha e de onde se está na terra quando se observa o sol pra saber o que está acontecendo não dá mais pra acreditar. Como aquela história da inteligência dos golfinhos e tal. (Se você acredita nisso, é bom começar a colocar novamente botinhas na janela pro Papai Noel. É fato sabido que eles só ganharam essa notoriedade por serem “fofinhos e meigos” e ficarem fazendo gracinhas, uma descrição que se assemelha muito mais a um palhaço, a um filhote dos supra citados Homo Sapiens Sapiens ou alguma bicha em um baile de carnaval, do que um cientista do MIT. Ao invés disso, imagine um ornitorrinco. Agora imagine um cientista do MIT. Notou a semelhança?) O que você tem que perceber pra se saber se o sol tá nascendo ou se pondo ou se você vai observar a extinção da Civilização Humana e de Todo o Resto é até que ponto o planeta tem paciência pra ficar girando estupidamente a uma velocidade definitivamente estonteante ao redor de um sol que manda ondas radioativas sem realmente chegar a nenhum lugar com isso enquanto alguns seres que acham que sabem que sabem (excluindo os cientistas do MIT e os ornitorrincos que realmente sabem) cuidam pacientemente da sua destruição (do planeta. E deles também). O que, se você parar de olhar pro sol e outras coisas inuteis e,finalmente, perceber que existem outras pessoas ao seu redor, vai se tocar que essa história de girar como um louco sem sair do lugar é exatamente o que acontece com os tais homens que sabem que sabem. Menos os ornitorrincos. Portanto se você não é um ornitorrinco ou um cientista do MIT (o que, no final, é quase a mesma coisa) e acha que nunca vai conseguir ser nenhum dos dois, desista. Continue olhando pro nada, ou pro próprio umbigo, como faz o resto da humanidade. Aliás, essa é a grande vantagem dos ornitorrincos em relação aos outros mamíferos: Eles não tem umbigo, logo não perdem tempo olhando pra ele. O que os torna fadados, inexoravelmente, a dominar o planeta e a pensar melhor do que qualquer outra criatura filha de Deus ou Semelhante. Incluindo aí os tais cientistas do MIT.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Wake time: 02/17/2005, 11:30hs
Sleep time:02/18/2005, 16:04hs

terça-feira, fevereiro 15, 2005

"'me mostrem um sujeito que mora sozinho e está sempre com a cozinha suja, que eu, em 5 entre 9 casos, provarei que o sujeito é fora de série'
- Charles Bukowski, em 27.6.67, depois da 19ª garrafa de cerveja.
"'me mostrem um sujeito que mora sozinho e está sempre com a cozinha limpa, que eu, em 8 entre 9 casos, provarei que o sujeito tem abomináveis qualidades espirituais'
- Charles Bukowski, em 27.6.67, depois da 20ª garrafa de cerveja.
muitas vezes os aspecto da cozinha reflete o estado do espírito. os sujeitos confusos, inseguros e maleáveis são pensadores. a cozinha da casa dele se assemelha às idéias que tem: cheias de lixo, metal encardido, impurezas, mas eles sabem disso e até acham graça. as vezes, com violenta erupção de fogo, desafiam as divindades eternas e surgem com o fulgor intenso que volta e meia chamamos de criação; noutras, meio que se embriagam e resolvem limpar a cozinha. mas tudo volta logo a cair na desordem e ficam no escuro de novo, precisando de BABO, comprimidos, orações, sexo, sorte e salvação. mas quem mantém a cozinha sempre limpa é anormal. cuidado com ele. o estado de sua cozinha equivale às ideias que tem: tudo em ordem, arrumado; permitiu que a vida o condicionasse rapidamente a um firme e resistente complexo de raciocínio defensivo e tranquilizador. é só prestar atenção no que diz durante dez minutos pra se ter certeza de tudo o que dirá pelo resto da vida será intrisecamente inexpressivo e sempre sem graça. é um monolito. existem mais criaturas desse tipo do que de qualquer outro. portanto, quem estiver a fim de encontrar um homem vivo, precisa, antes de mais nada, dar uma olhada na cozinha do cara - economiza tempo e dinheiro(...)"

Charles Bukowski - Sensível Demais

domingo, fevereiro 13, 2005

Ele é desses de quem os sonhos correm.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Ele vinha andando pela rua, meio distraído. Na esquina, parou pra acender um cigarro. O vento fazia dançar a chama do isqueiro, então ele se virou, colocou as mão em concha e a viu. Ao mesmo tempo em que ela o viu. Trocaram olhares, ele soltou uma baforada e ela sorriu, o sorriso mais cândido que saiu dos lábios de alguém pra ele (Algumas pessoas sorriem com os olhos, outras com as mãos, outras com o corpo todo. Enfim...). Ele sorriu de volta e ela, meio encabulada, fez aquele típico gesto de "É comigo?". Ele, sem acreditar, respondeu num gesto que achou que deveria dizer "É claro", mas logo se arrependeu por achar que poderia parecer desesperado demais. Mal podia acreditar. Logo ele, um homem cinzeiro, sem graça, sem predicados, que ninguém nunca havia reparado de fato que existia no planeta. E ela. ELA. Algo que era presente no mundo, que se podia sentir, mesmo a distância, que EXISTIA. Trocaram sorrisos mais uma vez e ela deu o primeiro passo em direção a calçada oposta, onde ele dava mais um trago no cigarro. Ele repetiu seu gesto. Vindo de algum canto do destino, um ônibus não gostou daquele encontro e a atingiu, primeiro em sua testa, depois em todo o resto, espalhando seus miolos, membros, rins e tudo mais pelo meio da rua. Uma parte do aparelho digestivo veio aterrisar nos sapatos, lustrados, dele. Ele olhou com um misto de pena e resignação, bateu o sapato no chão, deu o último trago no cigarro, e virou, contrário a multidão que se aglomerava, em direção ao escritório.

sábado, fevereiro 05, 2005

Existe uma Teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o universo e porque ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituido por algo ainda mais estranho e inexplicável

¨¨¨¨¨¨

Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu

Adams, Douglas - O Restaurante do Fim do Universo, Ed. Sextante, 1ª edição, pg 07

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Em coma.
Solitário

"Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
Velho caixão a carregar destroços —

Levando apenas na tumbas carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!"

Augusto dos Anjos

segunda-feira, janeiro 31, 2005

Four Hands

He - Next time, just stand looking at me... This just be enough to wake me up...
She - next time i´ll kiss you and make you dream with me...
He - Don't do that.. i'll never wanna wake up...
She - I don´t wanna you to wake up. i just wanna be with you in your bed...
He - so lay down on my side, quietly, and listen to my dreams calling for you...
She - so be by my side, listen my eyes, see my lips, touch my soul, so let me be with you
He - I will listen your eyes with my eyes, see your lips with my lips, touch your soul with my soul, then i will dance with you hands for all eternity and never will sleep again for my dreams became real
She - with you baby, my dreams come
He - YOU are my dream... You are myforbidden reality, the lost part of my soul And my soul will always be lesssoul for the part that it lost lies in a place that i can't go.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Controle é uma ilusão criada pra suportar a inevitabilidade do caos.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Nos últimos instantes de sua vida, ele não estava com medo. Estava enojado. Morrer daquela forma só mostrada a realidade da condição animal dos que se pretendem o topo da evolução universal. A condição de nada, de coisa alguma, a proximidade dos homens com qualquer animal imundo a vida toda, mas que na hora da cópula executava uma dança tola qualquer fingindo ser menos podre. A vida se resumia em foder, cagar e dominar. Ali, às portas do abismo, as máscaras eram inúteis. Ali o grotesco do simulacro humano adquire a mais clara expressão do patético. As grandes aspirações da espécie não passam de uma tentativa de fugir do seu próprio ridículo. Nunca tinha pensado muito em deus. Sentindo as últimas convulsões da sua agonia desejava do fundo do pensamento que aquela história de vida ulterior fosse mais uma das crenças criadas para que a humanidade pudesse suportar melhor o peso da sua condição. Rezou, a primeira reza da sua vida, pra que deus não existisse. Riu da ironia, do seu último momento de humanidade, e no meio do sorriso veio o último espasmo. Seu pescoço se contraiu, obrigando-o a olhar pra cima, e o vômito veio, espalhando em seu rosto. Curvou-se de dor sobre seu abdômen, seus esfíncteres relaxaram, expulsando seus últimos resquícios de vida e caiu morto, mergulhando em sua própria merda.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

"Quando o céu plúmbeo e baixo pesa como tampa
Sobre o espírito exposto aos tédios e aos açoites,
E, ungindo toda a curva do horizonte, estampa
Uma dia mais escuro e triste do que as noites;

Quando a terra se torna em calabouço horrendo,
Onde a Esperança, qual morcego espavorido,
As asas tímidas nos muros vai batendo
E a cabeça roçando o teto apodrecido;

Quando a chuva, a escorrer as tranças fugidias,
Imita as grades de uma lúgubre cadeia,
E a muda multidão das aranhas sombrias
Estende em nosso cérebro uma espessa teia,

Os sinos dobram, de repente, furibundos
E lançam contra o céu um uivo horripilante,
Como os espíritos sem pátria e vagabundos
Que se põem a gemer com voz recalcitrante.

- Sem música ou tambor, desfila lentamente
Em minha alma uma esguia e fúnebre carreta;
Chora a Esperança, e a Angústia, atroz e prepotente,
Enterra-me no crânio uma bandeira preta. "

Charles Baudelaire in "Flores do Mal"

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Lua crescente, Lua de perfil. Agora te tenho pela metade.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Pois é. O sambista mais rocker que esse paí já viu morreu hoje. Ave Bezerra!! Tem muita gente boa te esperando por lá. Vai lá velho e valeu.

"Tem Coca aí na geladeira

Aí meu irmão cagueta é a imagem do cão
Só porque o samba era no morro ele caguetou os irmãos
Fui num samba lá no morro
Nunca vi tanta limpeza
Era proibido cafungar, fumar bagulho e beber cerveja
O responsável assim dizia: Na minha festa não tem bebedeiraPorque aqui no meu barraco
só tem Coca aí na geladeira
Tem coca aí na geladeira 3X
A polícia foi informada que o dono da festa era vapor
Que o bagulho estava entocado dentro do congelador
Aí o delegado partiu pra lá pra dar um flagoroso perfeito
Dizendo Isto não está direito, vou acabar com a bandalheira
Mas qdo abriu a geladeira o doutor gritou muito injuriado:
Esse caguete caguetou errado pq aqui não tem sujeira.
Parece até festa de bíblia porque só tem Coca aí na geladeira.
Tem coca aí na geladeira 3X."

Mais músicas singelas do bezerra aqui: http://bezerra-da-silva.lyrics-songs.com/

sexta-feira, janeiro 14, 2005

"Adeus, Rudolf. (...) Você está descendo um plano inclinado, como uma bola de neve. Então, quando se deixar acelerar por você mesmo, descobrirá que a única coisa que importa, afinal, é a vertigem da queda"

Roberto Freire - Coiote

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Aparentemente estou virando uma espécie de CVV* ambulante: "Sua prima tentou se matar. Você deveria sair com ela e conversar. Seu pai também acha, ele que deu a ideia." "Eu?!?!?! Mas só a vejo 3 vezes por ano e olhe lá!!!". Putz... Isso me lembra uma certa noite, numa certa encruzilhada, num certo bar quando um certo mendigo bebado que distribuia jornais da Seicho-no-iê (vcs leram certo: Mendigo bêbado e Seicho-no-iê), me disse um bando de coisa. E pra confimar minha tese que atraio os loucos: "Mas porque ela quis se matar?" "Porque ela quer terminar o namoro, tá apaixonada por outro, mas ele não quer" "Hã?!?!?! Não era ele que deveria tá se matando e tirando esse pepino (ui!) das minhas costas" "Era... Mas vai saber..." Quando acabar o maluco sou eu.

* - Centro de Valorização da Vida. Lugar onde os doidos e suícidas ligam pra pedirem pra que eles desistam.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Sempre o Augusto dos Anjos

"Saudade

Hoje que a mágoa me apunhala o seio,
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença, em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.

À noute quando em funda soledade
Minh’alma se recolhe tristemente,
P’ra iluminar-me a alma descontente,
Se acende o círio triste da Saudade.

E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,

Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida."

Ontem eu estava com você. Hoje estou com Saudade.
Pois é, kids. Indo mesmo. Vendo visto, preço das coisas, licença do banco. Indo mesmo. Quando tudo estiver acertado, mando mais detalhes. Do lugar e tal. Apesar de alguns já saberem. Esse blog só não morreu pq vai virar um diário de viagem. Grande viagem.

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Bom, agora são 85% de chance. Em março, deverei estar em outro país. Tudo quase acertado. Felizes, hein? Yz?

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Ah!! Aqui está ele! Augusto. Sempre sabe o que (me) dizer. Leiam isso e gritem: Gênio, por onde andastes? Claro e direto. Quem tiver ouvidos pra ouvir, ouça.

"A Louca

Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.

Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.

Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso -
O segredo d’um peito torturado -

E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta."

Augusto dos Anjos (Sempre é bom creditar, não vão os outros achar que quero roubar a autoria do poema)


terça-feira, dezembro 28, 2004

"Convence as paredes do quarto, e dorme tranquilo. Sabendo, no fundo do peito, que não era nada daquilo"

Raul Seixas - Por Quem os Sinos Dobram.

O que será que aconteceu com Augusto dos Anjos?

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Texto ruim. Mal escrito. Apagado.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

O Jovem e o Sábio
Um jovem galgava os últimos metros de uma serra íngreme. Era um lugar ermo, esquecido por deus e pelos Homens, a não ser um, onde até os animais relutavam ir por não ter muito que fazer por lá. O coração do jovem batia acelerado, não só do esforço de subir a serra, mas pela sensação de estar chegando ao fim da sua busca. Pois ali naquela serra, dizia-se, morava um velho sábio. Um sábio, de idade indizível, que depois de adquirir todo o conhecimento do mundo, descobriu a inutilidade daquilo, do mundo e do conhecimento, e foi em busca de conhecer a si próprio. Este velho sábio, dizia a lenda, sabia a resposta pra todos os questionamentos do mundo e, por isso, declarou-se inútil a ele. Alguns diziam que ele não existia, não passava de lenda ou de um engodo, porque qualquer um que soubesse a resposta de tudo ia naturalmente buscar o poder, e que se ele sabia tanto e foi-se era porque, na realidade, era muito burro. Outros que ele havia existido sim, mas a essa altura já deveria ter morrido, o que prova que ele não sabia TODA as respostas. Mas o nosso jovem não se deixou abater. Desde que havia ouvido a história, algo se remexeu dentro dele. Uma certeza que aquela história era real e que o velho estava vivo ainda e que, de alguma maneira, estava ligado ao seu destino. E partiu. Deixou tudo pra trás. Não sabemos exatamente o que era esse tudo, mas diz-se que eram as coisas essenciais. Trabalho, carreira, dinheiro, uma mulher plástica, pra combinar com seu cartão de crédito e sua própria plasticidade e outras coisas que os humanos se acostumaram a passar a vida em busca. E depois de anos procurando, buscando informações aqui e ali, seguindo o rastro quase apagado e esquecido, ali está ele. Na porta da gruta onde habita o ser mais sábio do planeta. O ser que sabe a resposta de todas as coisas. Aquele que poderia lhe dar o mundo. Solenemente, com a respiração suspensa, ele entra na escuridão que sai da boca da gruta. Pé ante pé ele entra no seu destino e vê, ao fundo, uma luzinha fraca, que luta bravamente pra vencer as trevas ao seu redor. Ao lado do lume, ele vê o que a principio parece um pacote embrulhado no chão com um trapo velho. Mas ele percebe que, na extremidade superior do pacote brilham dois olhos. O impacto daqueles olhos é tal que ele para estatelado para, em seguida, lançar-se ao solo de joelhos:
- Mestre!
O velho levanta, apesar de isso não ter alterado muito seu tamanho, e caminha em direção ao jovem. Põe a mão no seu ombro e, suavemente, o faz levantar e o conduz até umas pedras. Sentam-se os dois, um de frente pro outro.
- Caminhei muito para encontrá-lo, mestre. Vim fazer-lhe uma pergunta. Sei que o senhor sabe todas as respostas.
O mestre, cujas cordas vocais não eram usadas há anos, responde com dificuldade:
- Eu sei meu filho. É pra isso que todos vem. Pode perguntar. De fato, eu sei todas as respostas.
- Mestre, eu quero nunca envelhecer. Não quero nunca ficar velho. Não quero sentir minha pele enrugando e ficando flácida, não quero ver meus dentes e cabelos caindo, não quero perder minha virilidade e força, meus ossos fracos, as pessoas me relegando a um canto qualquer. Eu não quero ver meu ocaso, eu NÃO POSSO FICAR VELHO, MESTRE!! Você pode me ajudar?
- Claro, meu filho, é claro que posso. Claro que posso fazer você não envelhecer. Mas você tem certeza disso? Você está pronto pra isso, meu jovem? Está pronto para as consequências?
- Estou mestre! - diz o jovem sentindo uma alegria que quase o leva a loucura - Mas pronto do que nunca! Mais pronto do que NUNCA!! - E levanta-se erguendo os braços pra cima.
O Mestre não titubeia. Com uma agilidade insuspeita, saca de debaixo da manta uma escopeta, cano serrado, polida e bem azeitada e descarrega no peito do jovem, deixando lá um abismo devastador. Ele voa pra trás, gruda na parede rochosa da gruta e vai escorregando bem devagar em direção ao chão, ainda com uma expressão de alegria infinita no rosto. O mestre se aproxima, fecha carinhosamente seus olhos, lhe dá um beijo na testa e diz:
- Pronto, meu filho. Seu desejo está satisfeito.
Por onde andará Yz? Espero que não tenha se assustado ao descobrir que eu sou um alien e tenha fugido. Bom, a maioria dos humanos faz isso mesmo...
Ei!! Uma semana!! Parabéns pra nós! ERs!! Gostei muito de te encontrar por essa ida. Ida pra onde eu não sei... Beijo!

domingo, dezembro 12, 2004

Obrigado. Foi bom sair com você depois de tanto tempo. Foi bom te ver e conversar depois de tanto tempo. Foi bom saber quem você é depois de tanto tempo. Você é grande. Desculpa tudo. Mesmo. Zeba unrules. Sei quem e o que sou. Dia 31... Sorry... Vou sentir sua falta também. TOP3. Beijo.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Iniciando a Semana Augusto dos Anjos o clássico "Versos Íntimos", que todos devemos conhecer da escola. É um soneto, como de resto quase toda a obra de Augusto, e precisa que seja lido de uma maneira diferente. As frases não acabam em uma linha. Muitas vezes continuam na linha anterior pra respeitar a métrica. Aí vai.

"VERSOS ÍNTIMOS
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"


É isso. Genial e simples. Se necessidade de comentários.
"A lógica e a praticidade de Gêmeos tende a ser um ponto positivo neste relacionamento, que certamente terá muitos altos e baixos, e alternará entre uma entrega profunda dos dois e o desespero que o pisciano irá causar no geminiano, por, às vezes, se perder entre mil porquês e senãos e acabar, ao final, deixando as coisas como estão. Mas o pisciano irá emprestar o geminiano um pouco de sua intuição e fará de tudo para agradar o seu parceiro da melhor forma possível(??????????).
Os dois sempre estarão muito ligados, e a relação se manterá baseada na paixão que surge nos momentos de calmaria do pisciano(hauhauhauahauhah!!!! Eu disse!!!!). Por outro lado, pode ser que o relacionamento seja muito dúbio, alternando entre fases em que os dois irão se querer muito e fases em que haverá um certo afastamento(Sério? Não diga!!). O geminiano poderá se irritar muitas vezes com o caráter sonhador do pisciano e poderá acabar se aproveitando um pouco do parceiro, por este lhe ser demasiado benevolente."

quinta-feira, dezembro 02, 2004

ah!! Quase me esqueço!! Só tem 8 pessoas desbloqueadas no meu MSN. Então, se vocês nunca mais me virem por cá, não achem estranho. É meu plano. Eu já falei sobre ele. A tendencia é zerar esse número. Fodam-se. Quem vai sentir falta? O próximo passto tá vindo.
Perdi minha virgindade.Não fui no Frankfurt. Fui na Fashion hoje. Era pra ouvi Luís Caldas. Bom. Muito bom ele. Mas não era pra ter ido lá. Lugarzinho deprimente. Samba eu você e sua mãe meu pau. Descobri que eu era um dos 2% da população da fashion que não malhava e não era "gatinho". É o que vcs querem, não é? É. Não sou malhadinho. Então, fodam-se. tome muito no cu (nossa, só eduardo e o(a) tal do Yz que lêem. se é que o (a) tal o Yz lê ainda) . Por mais que vc "fique" com pessoas, você sabe a cada dia o que disseram durante um ano. Que você é nada. Eu sinto hoje uma coisa que eu não sinto há anos: Ódio. Tá aí uma coisa que não sentia e não queria sentir tem tempo. E a cada dia que passa eu odeio. Tem gente que tem uma capacidade frenética de levar você do amor ao ódio em segundos. Parabéns. Você é uma delas. Depois de muito tempo sem sentir isso, você conseguiu. Nem precisou de ajuda (ou precisou e nem se tocou, mas um dia você se toca). E é uma merda dum ciclo. Eu odeio e odeio mais porque você me faz odiar. E quem me conhece, como acho qeu vocêr, sabe que o ódio é uma coisa complicada de surigir em mim. Mas mais uma vez meus parabéns. Pode sentir orgulho. Era o que você queria desde o início, não é? Se conversas moles, por favor. Não sou burro. Posso demorar pra enxergar, mas um dia eau chego lá. Você conseguiu o que muita gente não uis conseguir. E Débora, você tá muito errada sobre mim... eu tô certo... (ATENÇÃO: Débora NÃO é o "alguém do post).. Mas enfim, o merda me olha no espelho todo dia. E vamos ao domingão cartaxão. Você vai ganhar o "ironman". Você merece e quer, não é? Parabéns. que prgulho. num aniversário de alguém que você ne gosta. Quem é você agora? Quem? Nem você sabe.. Porque você agora não é você de verdae, mas é a você que ocê cirou pra "se dar bem". Mas eu predigo, e isso não é uma praga, que ainda há uito sofrimento. Porque você buscou isso. Parabéns. Você chegou ao seu objetivo.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Hoje eu estarei no Frankfurt. Portanto, cuidado. Mas não andarei caindo de bêbado nem dançando arrocha. Não tenho mais idade pra isso. Não! Não é isso!! É que eu sou um alien.

domingo, novembro 28, 2004

É, Yz... Vc tá certo(a)... Um alien... Um ser e fora. De outro lugar. Hoje eu vi no Iguamtemi uma criança de uns 8 anos vestindo uma camisa com os dizeres "Am I Sexy?". Uns 8 anos.. eu não quero fazer parte desse mundo... E acho que não faço mais. Realmente, um alien. Um E.T. Alguém que não faz e não quer fazer parte da ordem estabelecida, padronizada. Alguém quer quer mais da vida, que não quer viver a vida com mediocridade. alguém que pensa que a vida é muito mais do que "ter uma boa carreira". Claro que é importante. Também acho. Mas viver a vida só em função disso pra mim é muito pouco. Pra mim, é querer muito pouco da vida, é se contentar com pouco. Fazer complôs pra demitir alguém, se aproximar de quem vc nunca foi próximo pq vai te dar uma chance.. Não... Não sou eu. Eu quero mais da vida. Isso é muito pouco. Quero ter uma vida profissional, mas quero ter muito mais do que isso. sou um E.T. Um homem com sentimentos e um coração. Um homem que quer bem, que ama sem medo, que se entrega sem traumas, que entende quem está do seu lado. Que quer ser companheiro. Quer estar junto, quer ser amigo tb, quer ser completo. Em resumo, um alien... Alguém que não se encaixa no pré-estabelecido, alguém que ninguém, e muito menos vc, tem as estruturas mentais prontas pra entender. Não que seja burro(a). É só que fomos preparados pra enfrentar o padrão, e não uma alma de poeta. E isso assuta. Por ser um alien, uma criatura de fora daqui, eu assusto. eu crio resistencia nas pessoas, e as mais fracas, mais medrosas, mais traumatizadas, mais mimadas se afastam, somem, fogem, me expulsam. Por medo. Por pavor de se comprometer e se envolver demais e serem tomadas como fracas. Pq o nível de envolvimento não é o nível para o qual vcs foram preparados. Pq nada é superficial comigo. Por não saberem o que fazer, por sentirem que não tem controle sobre as coisas (controle é a ilusão da segurança), pq eu sou grande demais. Pq eu sou "permissivo" quando a palavra deveria ser compreensivo. E até isso vira um defeito. Até o fato de compreender e aceitar vira uma "permissividade" exagerada que atrapalha. Pq se eu fosse menos "tolerante" a reclamação ia ser justamente essa. Engraçado. São as coisas da vida... Nâo vou conseguir aprender a ser escroto, superficial e essas coisa que vcs estão acostumados a lidar pra tornar meu convívio mais fácil pra vcs. Não tenho mais idade e sou o que sou. Não dá. Desculpem. Vou ser um alien a vida toda. Vou ter sentimenos, amar, chorar, sofrer, sorrir, ficar alegre. Mesmo sendo recriminado e criticado por todos que me rodeiam. É duro sabe, Yz? Até pouco tempo, fui usado como muleta por alguém Tava tudo ruim e eu era a muleta, algo que vc não quer usar, mas vc precisa pq vait e ajudar num momento difícil. E qd tudo fica bem, e vc consegue o que quer, vc pega a muleta e devolve, joga fora, larga num canto qualquer. durante mais de um ano eu fui isso. Isso dói. eu sei que eu não mereço ser resumido a isso, porque eu não sou um resumo de nada. Mas era mais fácil assim, pq o envolvimento era menor e o sofrimento depois que vc devolve a muleta é nenhum. Afinal tá tudo indo bem na sua vida, então pra que vc precisa disso, não é mesmo? Dói... É duro... Mas vc tem que encarar os fatos como eles ocorreram e saber o que vc foi. Isso eu vou levar pro resto da vida. O fato de ter sido nada. Mas enfim. Eu sou um alien. Mas creio que você já sabia disso Yz, ou não teria citado em seu comment. Creio que você sabia disso muito bem. Que eu sou de fora. E creio que vc sabe muito bem o que os humanos fazem com os aliens. Ou colocam numa mesa num hospital militar qualquer, ou fogem de medo, ou pegam ancinhos e tochas para mata-los. Nunca se aceita no convívio. Bom, eu vou facilitar pra vocês. Tem algum tempo que penso nisso, como creio que vc saiba também. E parece que a hora é agora. Vou embora. Vou indo. Aos poucos, vou cortando o meu canal de comunicação. Creio que até findar o ano eu consigo. MSN, Fotolog, Orkut. Tudo vai ser destruído. Por fim será isso aqui. Zeba Eremita's Project. Vou trocar o celular (isso está sendo providenciado) e ninguém vai ter o número. Eu vou facilitar pra vocês. Saudade, sei que ninguém vai sentir. Acabaei de passar por uma experiência que mostrou a absoluta falta de saudade que eu "desperto" nas pessoas. Que mostrou o quão descartável e esquecível eu sou, como eu creio, mais uma vez, que você saiba. Enfim. Enfim, estou me indo, pro meu planeta, pra minha Macondo, pra minha Krakhozia. Deixo-te aqui, junto com os outros, mas sabendo que foram vcs quem me deixaram primeiro. Vou com meu coração e meu sentimento habitar algum lugar solitário e distante dentro de mim mesmo, onde vcs não podem me alcançar pq tem medo de mergulhar fundo. Onde eu não possa mais fazer mal a ningém, só a mim.Vou-me e sei que não deixo saudades em nenhum lugar... Adeus, Yz. Vou te deixar em paz, como a todos os outros. E vou sabendo que, inclusive pra você, não deixo nenhuma saudade. em nehum lugar. Muito menos na Lua, não é?

quarta-feira, novembro 17, 2004

Parece que a sorte tá virando. O vento sopra a meu favor. Eu sou invencível. E serei o meu espelho.

terça-feira, novembro 16, 2004

Eu serei seu espelho - Veludo subterrâneo

"Eu serei seu espelho
Refletindo o que você é, no caso de você não saber
Eu serei o vento, a chuva e o por do sol
A luz na sua porta pra te mostrar que você está em casa

Quando você achar que a noite viu sua mente
Que por dentro você é deformada e cruel
Me deixa ficar pra mostrar que você está cega
Por favor põe suas mãos pra baixo
Porque eu vejo você

Eu acho difícil de acreditar que você não sabe
O quão bela você é
Mas se você não sabe, deixe eu ser seus olhos
Uma mão na sua escuridão, então você não ficará com medo

Quando você achar que a noite viu sua mente
Que por dentro você é deformada e cruel
Me deixa ficar pra mostrar que você está cega
Por favor põe suas mãos pra baixo
Porque eu vejo você"

segunda-feira, novembro 15, 2004

Pela primeira vez em seis dias vou dormir quando ainda está escuro. Depois das festas loucas que fui, é um bom descanso.

sexta-feira, novembro 12, 2004

"Um dia desses/ num desses encontros casuais/Talvez a gente se encontre/Talvez a gente encontre uma explicação/Um dia desses num /desses encontros casuais/Talvez eu diga /minha amiga/ pra ser sincero/Prazer em vê-la/ até mais"
Engenheiros do Avaí - Pra Ser Sincero. The song of my life in these days. Esse final é simplesmente perfeito nos dias que correm.
Phoenix. Sem viadagem. Mas é bom me sentir renascendo de novo. Ressurgindo. É bom sentir uma forma de vida, ainda que rústica por enquanto, tomando o lugar do nada que habitava minha carne. É bom sentir novamente um valor, ao invés do frio do vazio. É bom sair da cidade, respirar outros e antigos ares. Eu estou indo. Levantando novamente. Olhando pra frente e sendo olhado de frente. Seu tempo está acabando. This is your last chance. You better take it. Or you're gonna regret.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Hoje eu finalmente descobri onde é. O ponto exato. Lá. Da "minha" janela eu olhava, perdido no mar de casas, tentando achar O lugar que meus olhos a meses procurava. E lá estava ele. Desta vez, nem precisei procurar muito. O ponto pra onde queria voar. Um pequeno vão, entre duas árvores, que, na verdade, estavam bem antes no espaço. Eram só um moldura. Como uma outra janela me mostrando o pedaço de rua entre tantas casas. Uma rua apenas, velha conhecida. Por onde passei e fiquei tantas vezes. Se esta rua, se esta rua fosse minha. O ponto em si, não mostrava nada. Uns carros passando e o passado ficando. O vão da obra parada, que foi visto um dia de outra janela. A rua insinuava. Insinuava o ponto mais a esquerda, atrás de uma das árvores. Era ali. Eu mandava, eu mandava ladrilhar. Aquele lugar, escondido pra mim, insinuado por mim, mostrava o quanto eu estava perdido não em mim. Tentava correr a vista por outros cantos, o céu, as nuvens, mas tudo se tranformava no vão daquela rua. Lembrava que aquele mesmo céu e aquelas nuvens também eram vistos de lá. Talvez, não houvesse ninguém lá para ver na mesma hora. Mas um dia houve alguém. Um dia houve eu. E um dia houve nós. E haverá. Haverá alguém, que sempre há lá, haverá um "não eu", e haverá outro "nós". Talvez esse "não eu" e esse outro "nós" nem se toque para as nuvens, para o céu, nem para o vão da rua. Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante. Talvez "esse não" eu nem se toque pra essência da Lua, surgindo pelo vão embaixo da porta dos Olhos da Lua, mas mais clara e brilhante que eu próprio. Talvez apenas veja a beleza e uma quimera da essência dessa mesma Lua, não por maldade, mas porque seus olhos não sejam olhos de Ver. Talvez esse "não eu" não veja a Lua quando ela está nova, como eu vejo. "Quer uma luneta?", alguém pergunta. "Não, não precisa. Meus olhos são de Ver". Desço as palpebras e meus olhos de Ver Vêem. Vejo as nuvens, vejo o céu, vejo o vão da rua, Vejo a Lua. Alguém toca no meu ombro:
- A aula começou.
Para o meu, para o meu amor morrer.
O jazz não é o prelúdio do suicídio?

segunda-feira, novembro 08, 2004



Porque eu continuo fazendo essas coisas? Ah é! Pra não enlouquecer.

domingo, novembro 07, 2004

Eu ando esquecendo de comer. 5 quilos a menos.
Um domingo típico depois de ir dormir às 8:30 da manhã... Cama, livro, sono, cigarro. Festa em Quadrinho meu pau (a muito que perdeu-se a ideia original e virou sinônimo de putaria). Eu quero é Rock.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Why, oh wht didn't I take the blue pill? Ignorance is Bless...

domingo, outubro 31, 2004

Eu deixo de ser do mundo, Fernanda. Deixo de pertencer à ordem pré-estabelecida, aos padrões adquiridos sem se perceber, ao bom funcionamento do inconsciente coletivo moldado para dar a ilusão de segurança à sociedade e a seus membros, moldado pra evitar imprevisibilidades num sistema com medo do risco.
Eu me transformo no não padrão que assusta, num certo sentido, as pessoas e as repele por não querer lidar com uma situação desconhecida, não prevista na organização da sua personalidade em sintonia com a sociedade, com os padrões, sejam eles bons ou ruins, que a sociedade transmite para seus membros.
E esses padrões precisam ser perpetuados para o "bom andamento social" e a aceitação das pessoas pelo meio em que vivem. E quando dão de cara com o desconhecido, com o não previsto, morrem de medo do que pode acontecer, pq é algo que eles não foram preparados para conhecer. Nem pra enfrentar.
E se tenta a todo custo se afastar disso, mesmo inconscientemente. Inventa desculpas para si mesmo, projetando seus próprios defeitos nesse objeto não identificado. Os defeitos que são aceitos pelos padrões sociais, os defeitos necessários para se enquadrar. Você projeta os seus próprios o acusando de tê-los, mesmo quando se dá prova do contrário.
Não que eu não os tenha, claro que tenho. Mas os projetados em mim, são o reflexo dos defeitos dos outros. E projetam em mim para eu me tornar mais "conhecido" uma matéria para a qual a mente está mais preparada. Mas, lá no fundo, sabe que não sou assim.E mesmo assim, o cérebro dos membros desse padrão social me rejeita. Afastam-se. Acusando-me de algo que foi criado por eles mesmo.
E eu me torno objeto de repulsa por situações criadas pelos que tem dificuldade em me "aceitar" por coisas criadas por essas mesmas pessoas... Criam a demanda pra depois ter uma desculpa, um respaldo, mesmo que frágil, pra poderem me rejeitar conscientemente... Entende? Por não conseguirem me "absorver" criam uma situação, fazem de tudo para que essa situação se torne verdade, pelo menos nas suas, fazem de tudo pra acreditar piamente nessa situação criada por elas próprias pra depois poderem rejeitar com "a consciência limpa", com "fatos concretos", criados diretamente pra se ter uma desculpa pra expulsar o que não se compreende...
Mas um texto nascido num vômito via msn. Mas que eu considero verdade. A mais absoluta. Quem tiver ouvido pra ouvir, ouça. E entenda.

Faça você também Que gênio-louco é você? Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia
É... Esses testes as vezes funcionam... Puta merda. Tudo a ver com o que tenho escrito e com o provável próximo post, surgido num "monólogo" via msn. Esse sou eu. Van Gogh. Alguém ai tem uma faca pra cortar minha orelha?

sexta-feira, outubro 29, 2004

Aliás, tem alguém aí, ou mais uma vez eu tô sozinho?
Alguém pode me explicar porque um sujieot oube umas 17 vezes uma música cantada por uma mulher(?) que ele não gosta, escrita por dois cara que ele não curte muito?

terça-feira, outubro 26, 2004

Alguma coisa estava errada. A princípio ele não sabia o que era. Parecia que as cores estavam menos cores, as coisas menos coisas. Achou que tinha sido efeito de uma noite mal dormida, com algumas latas de cerveja e a luta habitual para acordar para ir ao trabalho. No almoço, a coisa piorou. Não é que a comida não tivesse gosto. Mas parecia que o gosto se desfazia a cada garfada que dava e que a própria comida se digeria antes de chegar ao esôfago. Levantou mais faminto do que antes e pagou a conta a uma mulher opaca e meio apagada que estava no caixa. A primeira coisa que notou que havia sumido foi o botão do elevador. Ele trabalha num prédio com 11 andares, mas o último não estava lá. Alguém pediu por ele no elevador e a ascensorista apertou o vazio, como se não tivesse se dado conta. Subiu junto com o elevador até lá, viu o display interno acusar o 11º. A porta abriu. Tudo estava lá. O andar, as pessoas, os telefones tocando. Menos o botão.
Acorda no outro dia banhado em suor, um calor insuportável. Abre os olhos e nota que o ventilador sumiu. A lâmpada, a estrutura, a fiação, tudo está lá, menos as pás. O susto o faz pular da cama e a cabeça gira com um corpo num ambiente sem gravidade que precisa da rotação pra manter o equilíbrio. Não existe fissura, nem ranhura. Apenas não está. No desespero, toma uma ducha fria, enfia a roupa e vai pro trabalho. Prédios, postes, um posto, uma passarela. E até um viaduto parecem que estão sumindo. Algumas partes já não existem. As pessoas parecem que não notam. Os carros passam por cima do vazio do viaduto sem cair, pessoas atravessam o nada das passarelas. O elevador do prédio só marca agora até o sétimo. Mais uma vez a ascensorista aperta o vazio e ele sobe. Nada. O andar sumiu. Pessoas saem do vazio, pessoas entram no vazio e ninguém parece notar nada. Ele dá umas dez voltas no elevador até notar o olhar intrigado da ascensorista e notar seu próprio olhar de desespero no espelho. Ao virar pra falar, gritar, sacudi-la, ela não está mais lá.
Acorda num leito de hospital. Um médico o observa. Perguntas de praxe. Ele tenta responder da maneira mais racional possível. Ele o olha num misto de pena e escárnio, escreve algo em sua prancheta e chama a enfermeira. Um alívio quente toma conta dele até que ele nota que o leito que ele está deitado não existe. Por baixo do lençol, a não existência o sustenta. Foge, e fugindo dá se esbarra em pessoas sem cabeça, sem pés, sem olhos que andam, falam e vêem. Corre pelas ruas sem ruas. As coisas parecem ser vistas através do vapor gerado pelo sol no asfalto. Para acuado num canto, numa viela onde a luz do dia não alcança e nota, pouco a pouco os prédios se desmancharem em vários fragmentos que giram cada vez mais rápido até desaparecer. O mundo se desmancha, se consome e parece não se tocar disso. Assustado, cansado, com fome, encontra um casebre onde ele sabia que não existia. A nitidez contrasta com todo o resto. Deita e dorme.
Acorda. Vazio. Nada. Nem frio nem calor. Nem claro nem escuro. Apenas a casa e o vazio. É como estar imerso numa massa fluída de pensamentos não concluídos. Quando sua mente ameaça entrar em colapso ele a vê. Lá ao longe. Uma sombra. Corre desesperado ao seu encontro. E ela está lá. O rosto conhecido. O Rosto. O Rosto de pele clara com as maçãs proeminentes, enquadrado pelos cabelos negros sempre o fizeram lembrar da lua cheia com a noite ao redor. E aqueles olhos. Bastavam eles para trazer a luz de volta. Estendeu os braços para aninha-la, para a reencontrar. Ela sorriu tristemente, esboçou um adeus e foi-se numa implosão silenciosa e seca. Ele olhou pra trás e viu a pequena casa afundar. O que restava do seu mundo se desfazia. E ele estava só no vazio.

domingo, outubro 24, 2004

Quarto dia seguido que vejo o sol nascer. Bala. Noite bones do gugu. Valeu Reurê.

sexta-feira, outubro 22, 2004

Um dia a faca andava distraída. Sem quê nem pra quê, conheceu o pescoço. A faca gostou do pescoço e o pescoço gostou da faca. O pobre do pescoço não conhecia pra que servia a faca. A pobre da faca, não sabia que podia cortar o pescoço. Ou sabia. Mas a faca, mesmo gostando, ficou com medo do pescoço. E fugia, e o pescoço ia, e fugia e o pescoço ia. Um dia, cansada de fugir, a faca parou. E o pescoço, cansado de correr, nela deitou. Mergulhou. hoje o pescoço é só um toco e a faca ainda é uma faca, sangrando o sangue do pescoço. Mas na faca, ainda sobrou um pedaço do pescoço. O palhaço do circo sem futuro. Mas ainda estou vivo. Ninguém me acertou um tiro.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Porque aquele filho da puta que me assaltou não me matou, caralho??!? Por que merda eu não reagi e tomei um tiro nas fuças?!!? Morto sempre é valorizado. Sempre é exaltado. Sempre vale alguma merda. Mesmo que seja no mercado negro de orgãos. Porque caralhos ele não me matou, porra!!!

terça-feira, outubro 19, 2004

As vezes acho que sei qual o meu problema... Sabe quando vc acorda durante a noite, olha pro lado e vê sua mulher, namorada, amante, caso, sei lá o que dormindo do seu lado, com o cabelo desgrenhado, mau hálito, sem maquiagem, aquela boca mole semi aberta deixando escorrer um fio de baba, eu penso: Isso é a coisa mais linda do mundo... Sem ironias, sem sarcasmos. É quando eu sou capaz de passar horas velando seu sono, olhando pro seu rosto e achando essa cena a visão mais linda do mundo. Sem lápis no olho, escova no cabelo, roupas bonitas e essas merdas. Ali está você em estado bruto, em matéria primária. Ali está você em você. E é de você que eu gosto. Não é dos acessórios. Não é da sombrancelha feita. Não é do cabelo que foi seco preso pra ficar no lugar. É na plenitude do seu ser, que se encerra na visão do seu sono. É em você por você. E é você por você quem eu quero. ///

quinta-feira, outubro 14, 2004

The other side of time... Must be sacrificed. Must be Crucified. Must have pain. The other side of time... Few have reached. None have come back. People see, but don`t understand. The other side of time... When you get there, you will be vanished. Nobody will remember, nobody will miss, nobody will know. The other side of time... When you get there, don`t forget to look back. You must see how times keep running, how people keep living, how souls keep dying. No sing that you have gone. The other side of time...

quarta-feira, outubro 06, 2004

Inaceitável. Uma fresta no sistema. Nem bom, nem ruim, apenas uma situação atípica num sistema acostumado à rotina da previsibilidade. Uma falha na matrix, um desbalanceamento da equação. A quebra do padrão, onde o padrão é a garantia de segurança, onde o protocolo evita ao máximo os sobressaltos do passado. Um não-padrão imprevisto, numa realidade onde a segurança é perseguida e forjada através da previsibilidade da padronização. Ele representa a falha. Expõe a debilidade e a falta de preparo do sistema de lidar com situações que não são prévia e meticulosamente conhecidas. Pacientemente, espera. E só. Apenas espera. Tenta se tornar "aceitável" de todas as maneiras. Mas a sua Nova York está fechada para ele. As suas tentativas são vãs. Como um órgão mal transplantado, ele é “sistematicamente” rejeitado pelo organismo receptor, que tenta expulsar o invasor. Na ficção, os finais são felizes. Aqui os sistemas de padrões são implacáveis, ele voltará para casa, expulso, eliminado, destruído, com sua lata da pasta de amendoim na mão. E a rotina da previsibilidade daria novamente estabilidade ao sistema. E para o bem estar desse funcionamento, a lembrança da falha seria eliminada dos seus registros...
"Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, -- nada menos que a quimera da felicidade, -- ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a congia ao peito, e então ela ria, como um escárnio,e sumia-se como uma ilusão."

Brás Cubas

quinta-feira, setembro 16, 2004

A batalha dos moinhos de vento
Dom Quixote e Sancho Pança chegaram a um local onde havia trinta ou quarenta moinhos de vento. Dom Quixote disse a Sancho Pança que havia dezenas de míseros gigantes que ele ia combater. Sancho pediu para Dom Quixote observar melhor, pois não eram gigantes e simplesmente moinhos de vento. Dom Quixote aproximou dos moinhos e com pensamento em sua deusa, Dulcinéia de Toboso, á qual dedicava sua aventura,arremeteu, de lança em riste, contra o primeiro moinho. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe. Sancho socorreu-o e reafirmou que eram apenas moinhos. Dom Quixote, respondeu que era Frestão, quem tinha transformado os gigantes em moinhos.


sexta-feira, setembro 10, 2004

Putz, isso ainda funciona? Vai ser a enésima vez que tento voltar a escrever. Veremos...

terça-feira, junho 15, 2004

Ok. Nome certo. Dani, não fui eu qeum tirou vc da administração do blog. Foi o blogger.

sexta-feira, abril 23, 2004

Depois de ver Kill Bill ontem, eu acho toda essa discussão ao redor da violência de Paixão de Cristo descadiba, inútil, sem sentido. Até risíviel. Só o Tarantino consegue violência gratuita de qualidade. Paixão de Cristo é um desenho da TVE. Em tempo: Kill Bill é MUITO bom! The Ultimate Tanrantino's movie!

quarta-feira, abril 14, 2004

Apagado. Porque eu não quero magoar ninguém. Acreditem ou não. Tb tenho meus defeitos, óbvio. Talvez infantil. Não sei. O máximo que posso fazer é pedir desculpas e dizer que não era a intenção.

terça-feira, abril 13, 2004

Não era nada. Era um oco. Uma massa gigantesca de matéria comprimida em um espaço ínfimo, que não havia, não sentia, não vivia. Oco. E aí algo. Talvez uma mosca, um espirro ou porra nenhuma fez esse ponto explodir. Bilhões de graus, expansão, esfriamento. Universo. Do breu da primeira noite surgiu o breu da primeira vida. Ainda breu, ainda uma sombra amorfa do desespero de vida que viria. Desse negrume da não-vida, dessa escuridão que a luz intensa do Início não chegava (existe luz se não existe alguém pra vê-la?) surgiu o Primeiro...

- Zeba, vc daria um grande redator!

- Dois Rodrigos redatores não rola! Aí é demais!!!

- Porra, desculpe.. Nem lembrei...

- Hahahahahaahahahaha!!!!

segunda-feira, abril 12, 2004

Full operational
Ok. Li isso aqui e não resisti... Ok. Tá aqui.

Mulheres Complicadas
(minha opinião)



Não é que eu queira criar aqui, uma polêmica (que alias é secular),
essa coisa de mulheres falarem que homens são todos iguais, etc...



O fato é que, não consigo formar uma opinião sobre as mulheres,
sem ser a de que vocês são muito complicadas.



Quero dizer, no que diz respeito ao relacionamento homem - mulher.


Sem hipocrisia... sei que cada uma tem sua identidade e característica,
por isso não irei retribuir a afirmação de que elas são todas iguais.



Porém, atire a primeira pedra àquela que nunca fez alguma
dessas coisas com algum homem:



- Deu um fora no cara, mesmo estando afim dele.

- Lutou por um bom tempo para conquistar o cara e quando consegue, perde o interesse.

- Dispensou um cara, e algum tempo depois mudou de idéia e quis ficar ou aceitou ficar com o cara.

- Terminou o relacionamento por telefone.

- Ficou com o amigo ou com o inimigo do cara (depende do que afeta mais), só para fazer ciúme ou provocar.

- Dispensou um cara por ele ser muito novo, ou por ser muito velho, mesmo o cara sendo (como vocês dizem) um pão. =D

- Preferiu o bonito ao carinhoso, e depois se arrependeu.

- Depois preferiu o carinhoso ao bonito, e ainda assim se arrependeu.

- Nunca voltou com o ex-namorado e terminou novamente.

- Nunca disse para o namorado de manhã ao telefone, que estava na TPM, com dor de cabeça e cólica, e a noite saiu para uma festa, ou qualquer outro lugar. (Atroveram e buscopan, só funcionam se o namorado não estiver por perto).



Eu podia ficar aqui fazendo uma ENORME lista .

Tudo bem, eu conheço tudo isso, sei que algumas mulheres vão negar que e falar que nunca fizeram nada isso, muita gente vai reclamar, etc...



A questão é:

Eu não entendo o porque as mulheres complicam o relacionamento, fazem o que não tem vontade, não fazem o que tem vontade,
não falam se acham que algo esta ruim, ou o que esta errado, ao invés disso falam que estão com duvida, estressadas, etc... e derrepente terminam tudo, sem explicação.



Nos deixam a ver navios.

Que fique claro !!!
Eu não estou fazendo aqui, nenhum protesto simplesmente machista, nem estou defendendo nenhuma bandeira.

Eu até postei um texto que defende as mulheres, e assumo a culpa de algumas coisas.
Mas que vocês podiam deixar as complicações de lado, e nisso vocês é que são todas iguais....



tirado dos Momentos Insanos
Bom, tô ajeitando o tempalte novo. em breve espero ter os coments de volta.

sábado, abril 10, 2004

"nada, uma pedacinho de qualquer coisa, um bosta, deletável, esquecível, substituível, descartável, inlembrável, dispensável." Escrevi isso no dia 04 de janeiro às 12:28:38 PM. Achei aqui nos meus drafts. Tava me sentindo assim de novo... Mas talvez não caiba mais... Veremos...

segunda-feira, março 29, 2004

Jurei
E chorando percebi
O frio metal da voz
Outra voz não aquela
Aquela eu quero guardar
Essa outra no forno microondas

Logo eu
Homem de juramentos
Jurando por você


E foi assim gota a gota
Lagrimando o chão
Lagrimando a lua na janela
Lagrimando sua foto tremida nas mãos
Lagrimando todo o jardim


Lâmpirônicos


quinta-feira, março 25, 2004

É impressionante a capacidade que as pessoas tem de te ignorar depois de tão pouco tempo. De desprezar(putz) tudo que vai dentro de vc. De sua existência não ser significante. De te ignorar solenemente. Foda. Um nada. As vezes acho que sou um nada para as pessoas. Hum... Talvez eu seja... É verdade... Mais que um nada. Um incômodo. É isso. Relaxe. Volto a ser um fantasma insignificante sem Cores (assim mesmo). Ponha-se no seu lugar e volte ao limbo de onde vc veio(eu). Vc não é nada(eu de novo). Pra ninguém. Idiota. E não espere o telefone, mesmo o prometido. Fudido. Nada. Porra nenhuma. Foda-se. Eu, é claro. Um nada. Agora eu sei. Um carro toca na rua, muito alto I Wish you We're here. Tão inédito num carro às 02:10 da manhã qt Let´s Get It On (Marvin Gaye) numa rádio em Salvador... Um nada... Tenho que me por no meu lugar. O fantasma das Cores mas sem elas.

sábado, março 20, 2004

Acorda com um vazio ao seu lado. Não deveria ter ninguém ali, mas ele sente uma não-presença. Com a mente meio embotada, tenta se lembrar da noite passada. Breu. Não lembra de ter sonhado. Não lembra do que fez. Percebe que não lembra de nada. Nada da última noite, nem da anterior, nem dos dias. Não que tenha esquecido quem é, sua mãe, seus amigos, seu nome, essas coisas. Aliás, disso ele lembra até demais. Mas é como se a não-presença estivesse se extendendo por todo seu passado. É como se um plano nulo o tivesse seguido por toda vida. Acende um cigarro, ainda na cama, e levanta pra abrir a janela. Não consegue. A claridade o cega, como se nunca tivesse usado os olhos antes. Volta pra cama e fuma observando o ventilador no seu eterno girar, que não chega a lugar algum. Percebe que o som produzido está mais alto do que o normal, quase insuportável. Um zunido surdo que se forma dentro de sua cabeça. Música. Volume no máximo, guitarras distorcidas e o zunido entra no tom. Joga o toco no cinzeiro e olha as horas. Está atrasado. Não se irrita. Resolve não ir trabalhar. Não se alegra. Percebe então que, além do vazio, não sente mais nada. Nem frio, nem calor, nem dor, nem medo, nem alegria, nem esperança. No rádio, alguém canta: "uma emoção pequena, qualquer coisa". Nada. Lembra das pessoas que passaram na sua vida. As que o fizeram mal e as que o fizeram bem. E ainda as que não fizeram nada. Tudo é inútil. Tudo é uma sucessão de fatos que acabam no mesmo lugar. O celular toca, ele vê quem é. Do trabalho. Não atende. Acende outro cigarro. O telefone de novo. Ele já pega com palavrão escorregando pela boca, não por irritação, mas por hábito. Não é do trabalho. É alguém. Alguém que o fez bem. Não lembra da sensação, não lembra como é se sentir bem, mas sabe que foi assim que se sentiu. Mas agora, olhando o nome no visor, não sente nada. Joga o telefone no vaso, junto com o cigarro e dá descarga. A privada entope e regurgita o telefone, o cigarro e o que mais tinha no cano. A água fétida inunda o banheiro e molha seus pés. Só o soube porque viu. Não sentiu o toque da água, não sentiu o cheiro do esgoto. Abaixa e toma um longo gole, tomando cuidado pra sorver o máximo de podridão que voltou junto com a água. Não sente gosto, não sente nojo, não sente náuseas. Volta e deita na cama. Não sente conforto, mas permanece deitado. O rádio toca estática, mas não se importa. Fica o dia ouvindo a mistura de sons do ventilador, da estática e das baforadas. Olha as horas. O dia vai pro seu final. Não comeu nem bebeu nada, mas não tem fome nem sede. Percebe que o nada, o nulo também está no seu cérebro. De repente, ele percebe. Está morto. O coração bate, ele respira, ele vê, ele ouve. Mas está morto. Não há mais nada. Não se assuta. Não se importa, nem pergunta como aconteceu. Não acha ruim nem bom. Apenas morreu. Deitado, olhando pro ventilador, contempla a morte, como contemplou a vida. Como as voltas do ventilador, que nunca chegam a lugar algum. Apaga o cigarro, amassa a carteira vazia, vira e vai dormir.



Republicação de um texto que me tradu hoje também.


sexta-feira, março 19, 2004

O fantasma sem cores volta a rondar os becos da cidade. Cada vez mais apagado. Cada vez menos alguma coisa. Cada vez mais nada.

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Sou isso, e não tem como mudar. Não tenho como ser diferente. E fudeu. Sou antiquado, ultrapassado. Um modelo obsoleto de ser humano. Saí de linha. Não tenho pintura metálica, desing arrojado, nem jante aro 15. Não venho com os opcionais estéticos necessários. e o motor, é antigo. Nada de interessante ninguém se interessa por um modelos desses muito tempo. é legalzinho no início, fofinho, bonitinho, um certo charme nostálgico, mas nada que prenda atenção muito tempo qd passa uma ferrari. Talvez pra um coleionador, mas mesmo assim, pra ficar lá parado, sem uso. Só pra olhar e dizer "não fazem mais seres humanos como antigamente" e pegar seu modelo do ano. O modelo antigo é peça de museu e deve ter aquelas placas: " Favor não encostar". Vem uma romaria pra olhar, se for um modelo interessante. Se não, fica num canto empoeriado, ou num depósito. As pessoas olham, algumas pensam, "queria tanto ter um desses. Antigamente é que era bom", mas vai oferecer pra trocar, pelo modelo atual! Não, minha querida, ninguém quer. Não faz uma boa imagem com a galera e demanda muita atenção em manutenção, polimento, tratamento. É preciso ter mais cuidado porque é um modelo antigo, já fragilizado pelas intempéries do tempo. E nesse mundo moderno, ninguém tem tempo pra gastar, prefere um modelo mais prático, daqueles com garantia de 5 anos, que é só levar na concessionária que nego dá jeito. E a maior preocupação é só encher o tanque uma vez por semana, trocar o oléo a cada 6 meses e os pneus a cada 50000 Km. Se Conseguir alcançar essa marca, já que normalmente é fácil de vender sempre surgem modelos novos mais interessantes a cada dia. Mas os antigos não. Demandam tempo, cuidado. São resistentes, mas difíceis de passar adiante. Se tiver em bom estado de conservação, preço é alto, mas a procura é extremamente baixa. É, em muitos casos, um estorvo, que você não sabe o que fazer, tem um certo apego, mas não um interesse de fato. As vezes, você até esquece que tem ele lá no fundo da garagem, e quando se dá conta, tem pontos de ferrugem por todo a lataria,e lá vai você perder o seu precisos tempo consertando essa lata velha que você nem sabe direito porque ainda tá aí. Você lembra que é um modelo raro difícil de achar e seu apego aumenta um pouco, você dá um sorriso pra o que agora é uma relíquia, pensando em quantos tem a sorte de ter um desses na garagem. Não se toca que é só isso. Um modelo pra ter na garagem, que você nem quer mesmo usar, mas tem. Depois de meses tendo que refazer a chaparia, ficar ligando o toda manhã pra abteria não arriar, trocar aquele pneu que ressecou e furou sozinho, perder horas do seu tempo com aquele ferro velho que sóp realmente ia satisfazer sua mãe, quiça sua vó, você entrega essa merda prum ferro velho, ou abandona na rua pensando porque diabos não tinha feito isso antes, pq gastou tanto tempo em algo que nem lhe era tão caro assim, que só era bom memo lá em 1900 e guaraná de rolha, que te enchia o saco com suas necessidades esdrúxulas, te atrapalhando de levar sua vida normalmente e nem lembra porque comprou e se apegou aquela coisa pra começo de conversa. Abandona no meio da rua ou entrega pra quem aparecer primeiro, e vai dormir o sono dos justos, com a sensação de ter se livrado de uma verruga incômoda no nariz.
E, dentro em breve, nem vai se lembrar do modelo obsoleto que te encheu os culhões,(ou os ovários) durante tanto tempo.



Obs: Texto "vomitado" numa conversa no msn, sem ter nascido como texto, mas sem eu ter mudado uma vígula das mensagens instantâneas (fora o complemento de uma frase, na penúltima linha, que comi no msn) , digitadas, óvio, instantaneamente e escritas sem pensar nas estética ou técnica.

Insônia. Um indefinido estado de consciência onde você nunca sabe se os pesadelos são reais.

sábado, fevereiro 07, 2004

Quando?!?! Ó Todos Os Deuses, quando?!?! Quando eles vão parar de ouvir a Sambadinha?!?!? Quando, Senhor, aquela sirene do inferno vai me deixar em paz!! Vos suplico!! Faça-os parar!! Ou pelo menos me dê carta branca para mata-los, com requintes de crueldade, em nome de Qualquer Deus!!! Faça-os parar!!

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Ter a liberdade de abrir um a lata de cerveja 05 da matina de uma segunda feira. That's life.

Eu sempre soube! Eu avisei a vocês!! Be aware!!!

"A um passo do mundo estranho

"Vamos transformar a Terra em um mundo frio e escuro..."
Assim disse Rei Zeba, fundador do Império Subterrâneo Tube, construído há 5000 anos desde que os primeiros seres subterrâneos começaram a surgir. Não podendo viver em um mundo de luz, Zeba e seus subordinados planejam dominar a superfície e transformar tudo em um mundo de trevas.

Este é o enredo de Hikari Sentai Maskman, série japonesa de 1987. No entanto, não consigo esquecer sua conjuntura em dias como os de hoje.
O céu amanheceu nublado e choveu por praticamente todo o decorrer do dia. Difícil é não associar momentos assim ao mundo de trevas a que Zeba se referia.




Estrela de Orion vá ao dia 13 de janeiro

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Em outubro de 1973, um jovem de 19 anos saí pra uma reunião com amigo, na pequena cidade de Bunsktville, Wisconsin. Era o auge de uma fase de liberação, a velha história do sexo, drogas e etc. E a pequena comunidade de Bunsktville não queria ficar de fora. os encontros sempre eram regados com muito ácido, muitas putas (pq numa cidade dessas as meninas eram de família) vindas de Billyville, e os três únicos discos do Led que existiam no lugar. Pois bem, nessa noite de 73 o jovem em questão, Jonnhy Benjamin Good, ou simplesente Jonnhy B. Good, estava recebendo um trabalho de sopro de Satine, A Cortesã, enquanto ingeria o segundo comprimido de LSD junto com um gole de cervja canadense, quando seu amigo Leonard Eduard Evanescence Oswald, ou simplesmente L. E. E. Oswald conseguiu se desvencilhar das focas marcianas, o encarou e disse:

- Dude, I gotta tell you a history

Depois de muito pensar, B. Good respondeu:

- Ok, dude...

Owsvald começou a narrar. Falou, sem pausas, a não ser pra repor a dose da lisergia. No fim do quarto dia, quando a exitante narrativa acabou, B. Good meditou por 3 horas e 28 minutos e finalmente encontrou as palavras certas para expressar o que sentia. Ele falou, e disse:

- Whow, man!

Quatro anos mais tarde, B. Good já era um promissor chaveiro da pequena cidade de Bunsktville, quando seu pequeno primo veio ao país, conhcer as coisas boas da américa, afinal, na Nova Zelândia... bom, a nova Zelândia é a nova Zelândia... ele tinha 16 anos e recém entrado no mundo mágico do sexo e etc. B. Good resolveu mostrar a seu priminho o que era realmente diversão. conseguiu um jeito de trocar as hóstias da missa de dopmingo (era uma cidade católica) por umas feitas com ácido. Aí, ninguém mais era de família, ninguém mais era mãe, nem pai de ninguém. Novamente o milagre do vinho foi feito, mas ninguém se importava muito com o que tava bebendo. No terceiro dia, B. Good Lembrou de uma noite, havia quatro anos e da história que aprendera aquela noite. E resolvera que era hora do mundo conhece-lá. Dentre todos, escolhera seu primo, que tantas léguas viajava, provavelmente naquele elefante alado pintado com as cores do power flower que agora ele montava, para ser o portador da história. ele olhou solenemten pra seu primo e disse:

- Dude, I gotta tell you a history.

E caiu morto, pisoteado pelo elefante alado.

Os anos se passam. O pequeno Peter voltou pra casa e cresceu. um dia, durante uma Rave que durava 8 semanas, num curral, encontrou seu amigo (what's your name again?) que tinha uma função importante num grande estúdio de cinema. Ele disse pro amigo:

- Dude! You gotta do this movie man!!
- Yeah...?
- Yeah, man! It's about a litte man, you know. and this little man, you know, wants do burn his ring, you know.
- Man, it's a dwarf gay movie, man.
- Ahn... I think so... I'm not sure what is about...
- Yeah! I will do it man!

Entre uma faxina e outra What's Your Name Again, falava com seu amante Willow, um dos diretores do estúdio, a história passada de geração em geração. Willow se encantou com a história e disse:

- Dude! We not gonna make one movie! We gonna make three movies!! What do you think?

Mas What's Your Name Again não podia responder porque estava com a boca cheia. Willow chamou Peter, que mudara o nome para Peter Jackson, em homenagem a seu ídolo, obscuro... obsclaro cantor pop, para dirigir os três filmes. Ao que Peter respondeu:

- Dude! I don't even got a drive liscense! And here, we drive at the left side of the street!
- Dude I give you 0471504378347507349-578349-659568904 million dollars to make those movies!

O agora rechonchudo Jackson pediu para pensar, Levou 2 anos pensando e decidiu que com o dinheiro poderia comprar pelo menos 4 pastilas de E, ligou pra willow e disse:

Ok, Dude. But I won't burn my ring!!

E assim, surgiu um dos maiores clássicos do cinema da atualidade... E que, por mera coincidência, tem o mesmo título de um dos clássicos da literatura mundial. Não que um tenha algo a ver com o outro... Mas o pobre do Peter perdeu quase todo o dinheiro pagando Copyright... Pobre Peter...

domingo, janeiro 04, 2004

Hoje eu vomitei sangue. Não, não é uma figura de linguagem. Foi literal.

sábado, janeiro 03, 2004

Bom, esse post do dia 03 foi apagado. Os comments ficam.

quinta-feira, janeiro 01, 2004

Não sou cores. Sou um fantasma. E um fantasma não tem cor, cheiro, textura. Um verdadeiro fantasma. Não desses que anda por aí fazendo filmes infantis e chamando a si mesmo de "fantasminha camarada". I'm a really ghost. Sem cheiro, sem textura, sem aparencia... Sem cores. Daqueles que ninguém vê. Daqueles que as pessoas se lembram por um tempo. O tipo de fantasma que é lembrando recentemente após a morte, mas que pouco a pouco vai se esvaindo da memória... Sumindo... Perdendo a o cheiro, a textura... Perdendo cores. Daqueles que em pouco tempo se tornam uma lembrança vazia, vaga, de alguém que se foi e ninguém lembra exatamente quem ele era... Do qual a presença é sentida por uns instantes, uns dias, mas depois, com o passar do tempo, vai dissipando... Se tornando cada vez mais um arrepio nas noites escuras e de vento... Um arrepio que alguém sente, cruza os dedos, toca em quem estiver ao seu lado e diz uma frase estúpida. Daqueles que é confundido com o vento ou com uma supertição idiota. Esse é o destino dos verdadeiros fantasmas. O esquecimento. Não cores. Mas vc, o próprio fantasma, não esquece tão fácil. Fica rondando, lembrando da sua antiga vida, vendo sua lembrança se dissipar pouco a pouco... e não pode fazer nada. Grita: "Estou vivo". Mas não está. Ninguém ouve. Ninguém liga. Se vê transfomardo numa sombra aos poucos. Tenta fazer algo tenta fazer com que lembrem, mas é inútil. Ninguém lembra. ninguém quer lembrar. Porque um fantasma é, antes de tudo, um incomodo. Não cores. O incômodo de alguém que se foi e insiste em ficar. De alguém que não percebe que seu tempo acabou. Ou demora a perceber. E ronda.. E ronda... E entra em desespero ao se ver esquecido. E assusta, e faz sons, e move as coisas. Mas não adianta. Sem cores. E é confundido com o fantasma de uma senhoria morta num incendio, de um suicida, de uma criança multilada, ou algo assim. E a sua lembrança, a lembrança de enquanto era vivo é substituida por algo com mais cores. E não há nada que você possa fazer. Apenas aceitar o fato. E viver na espectativa de esquecer os vivos também. Mas é difícil. Você é um fantasma. Você é sozinho. Você percebe as coisas que acontecem no mundo dos vivos. Os fogos do ano novo... Distante... Longe... Como se fosse em outro mundo, onde as pessoas celebram o que elas nem sabem. Eu ouvi esses fogos. Eu vi os fogos da janela da minha cova. Eu vi cores. E eu sabia que o mundo estava vendo também, as cores. E tudo que me despertaram foi uma raiva surda que me fizeram destruir parte da minha cova. Raiva de mim. Cova que antes era chamada de "casa". Mas até isso muda. Eu que me acostumara a ver as luzes acesas, que ficar no escuro era um tormento, hoje não suporto as luzes acesas por muito tempo. Machucam. Eu me sinto mais confortável no escuro. Mais ambientado. E o que era chamado de casa agora é carinhosamente chamado de "cova". Sem cores. Os fogos continuam a pipocar lá fora e agora não me despertam nada. A mais absoluta indiferença. Coisas de fantasma. O primeiro dia do novo ano. Logo vai anscer o primeiro sol do novo ano. Mas nada disso te diz nada. É apenas mais um dia na sua vida ectoplasmática. Mas seu pensamento estava lá... no tempo em que ainda era vivo... Vestiu- se bem, pôs uma roupa nova, porque sua carne ainda vive, a sua camisa do dragão, como se ainda fosse capaz de viver. Se apegando a um mundo que não te quer mais, que não é mais seu porque ele mesmo não quis que você fosse dele. Porque achou que você não pertencia mais a ele. Para o mundo, você não tem cores. E você bebeu a bebida dos vivos, mas seu ser intangivel não suportou e você teve que expulsa-la. Mas tenta insistir, num derradeiro esforço de viver, a continuar bebendo. E coisas estranhas acontecem. Estranhas. Mas acabou. Estou morto. Deve-se aceitar o fato pra se viver melhor com isso. Aceite que você não passa de uma sombra, e em pouco tempo, não vai sr mais nada, a não ser uma arrepio na nuca que ninguém sabe de onde veio. Sem cores. Eu não sei se a insônia me fez um fantasma ou se tenho insônia por ser um fantasma. Eu sei que os fantasma são insônes. As noitees vem e vão. E você continua aí. Não há escapatória. Você está no limbo. Você não tem cores. Você é cinza. Você é a mistura do preto e branco. Cinza. Não pode te dar cores. Apesar do seu coração residual explodir na mais louca das misturas da cores primárias. Uma sombra. E você se sente morto. E você está morto. Morto. Acabado. Você olha ao redor e vê que o mundo enxerga cores. Mas não suas. São outras cores... Você é um fantasma. E um fantasma não tem Cores...