sábado, agosto 31, 2002

Depois de um dia chuvoso ontem, o sol milagrosamente saiu hoje. Beleza. Praia. Bora? Bora. Tudo bem, coca-ligth, mar, sol, ótimas possibilidades de algo mais. E roubaram minha carteira.

sexta-feira, agosto 30, 2002

Depois de passar a noite em claro em atividades pouco agradáveis, fui, com toda a força disponível para o trabalho. Andei pra pegar minha carona. Com, sono, mau humor, cansado, assado, com o estômago doendo, rumei em direção ao dignissimo hambiente de labuta. Mas, uma reforma no lugar mais temido pelo meu ócio frustou os planos de todos e estou de volta em casa. Com sono, mau humor, cansado, assado, o estômago doendo e mais uma missão terrível a minha espera: A fila de um Super Mercado. Que dia...

Depois de passar a noite em claro, do banheiro pra cama, por causa do macarrão do demo, eu tenho que ir trabalhar... Merda!!! Literalmente.
Fiz um macarrão, comi, e só agora, seis horas depois, percebi que a merda do molho tava vencido desde junho...
Pronto. Cortaram meu celular tb pra receber. Entrou uma grana no banco que daria pra pagar. Em cheque. Só segunda tá descontado. Tô fudido.
"O samba, a viola, a roseira, um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa, faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva e carrega a saudade prá lá"

Roda Vica - Francisco Buarque de Hollanda

quarta-feira, agosto 28, 2002

Tempo. Essa coisa engraçada que agente não define. Essa coisa que não tem como se livrar. As vezes cura, as vezes mata. Hoje eu estava no shopping Barra, fazendo uma hora. Fui comer algo. Sentei numa mesa, e fiquei passeando meus olhos pelas pessoas. Há muito fiz os shoppings minha praça de interior. Um lugar que eu vou, pra sentar, tomar uma coca, fumar um cigarro e ver as pessoas passando, encontrar conhecidos. Hoje, mudei minha praça habitual, o Iguatemi, pelo Barra. Passa um casal, que me chama a atenção. Gostei do chapéu dele. Vejo numa mesa próxima, uma antiga colega de escola. Carla. Sei lá, talvez sete anos sem a ver. A olhei uns instantes e lembrei da nossa história. Um pequeno affair, que não resultou nem num beijo. Paquera de um lado, paquera do outro e passou. Me peguei a fazer um inventário das pessoas que eu não via há tempos. Minha primeira namorada, 14 anos atrás. A segunda, a terceira que beijei só pra fazer ciúmes na segunda. A primeira vez que me pediram pra ver meu... meu... enfim. Rafaela. Lá pela sexta ou sétima série. Num passeio ao sítio da escola. Escondidos no mato. Patricia Tosta. Desespero da 7ª série. Algumas menos importantes, cheguei a 1993. 1º ano. Foi um ano bom. Viagem a Disney. Grande viagem. E não foi pelo Mickey. Depois, Thaís, que tanto me esnobou na infância. E Andréia. Arriscaria-me a afirmar que Andreia foi meu primeiro amor, se não fosse algo doentio. Era uma obceção. Era uma paixão desenfreada, que matava e fazia viver. Ela tinha um namorado de dois anos e ficamos juntos 3 meses. Numa relação de amor e ódio que, hoje, me assusta. Faziamos loucuras nos corredores da escola, no retiro da Crisma, na própria sala de aula. Loucura e desespero. Real desespero. Não, não era amor. Não era paixão. Era algo doente. Cínico e sincero. Violento e amoroso carnal e espiritual. Tinha então 15 anos. 15 anos! Vivendo uma relação doentia de prazeres carnais, juras de amor, rigas violentas e uma necessidade patológica um do outro. Mas ela não queria sair da segurança do namorado mais velho, submisso, que sabia de tudo e fingia que não. E eu cansei daquilo, me desviciei e gostei de outra. O final foi patético. Ela me agarrou num show, quando estava quase ficando com a outra de quem estava gostando, enquanto a oficial, Tháis, estava num outro canto, esperando eu voltar com a cerveja. Sim, nesse tempo eu era um canalha. Recusei, a empurrei, mas ela sempre voltava. Entrou em desespero quando viu que relamente tinha acabado. Prometeu mundos, terminar com o namorado, ser só minha e ser minha mulher. Mas eu não queria. Estava curado. O fim foi um tapa na minha cara por ter recusado um beijo. 15 anos. A vi há pouco tempo, na sua formatura, mas resolvi não falar. Algumas coisas devem ser deixadas pra trás. Depois vieram tantas outras. Umas mais, outras menos importentes. Hoje, imagino pra quem eu sou história, pra quem eu nunca fui história, e pra quem pensa que sou presente, mas já estou indo, virando história... E veio a mulher número 1: A que eu mais amei, mas me deu um chute na bunda. Juliana. Depois, a número 3: Loucuras na cama, mas nunca seria a nº 1. Raquel. Depois veio a número 2: mulher perfeita pra minha vida. mas, por um motivo que eu sei muito bem, a expulsei definitivamente da minha vida. E vou ter que amargar isso pro resto dela. Marina. Hoje, estou na quarta mulher: De repente, apareceu. Seria a mulher da minha vida, faria esquecer as outras. Identifiquei caracteristicas da 1 e da 2. Mas ela não viu a menor graça em mim. Fernanda. Volto pra Carla. Pro presente, ali, naquela mesa do shopping. Penso se ela seria a número 5, mas isso não tem como saber. Provavelmente, nem vai me reconhecer, 20 quilos mais magro e com o grande, trançados, preso numa tiara. Mas ela olhou, reconheceu e sorriu. Dei um sorriso de volta. Passo na mesa, conversa rápida 15 segundos. Saindo, penso que nunca mais devo vê-la. Resolvo ir pra minha praça habitual, o Iguatemi. Fui. No início do passeio, dou de cara com o casal do chapéu bonito. Dou uma risada por dentro, penso nas probabilidades estatísticas disso ter acontecido, e rindo alto, penso que, dessa vez, nunca realmente é tempo demais. Posso encontra-lá daqui a 15, 10 ou cinco anos. Ou mesmo amanhã. O tempo... Coisa engraçada. Hoje eu sou a história de amanhã. Ontem, eu fui a história de hoje. A cada segundo, você é a história do próximo. A história, não é algo parado, imutável. É o que construímos a cada segundo. É o que somos e o que fazemos a cada segundo. É a soma dos instantes infinitésimais. 5 minutos são suficientes pra mudar o rumo da sua vida. Disse eu que estava na quarta mulher? Não. Os instantes passam, a história vai sendo feita. As pessoas vão virando passado. Aos poucos. A cada milésimo de segundo. Passado. Estou indo, adeus. Vou seguir o tempo, que é a própria vida, pra frente, sempre pra frente. O futuro que vai sendo feito agora. E o melhor do futuro, é quando ele chega. Por que você respira, relaxa, se sente aliviado e começa a construir o seu próximo futuro.

Primeiro dia de acordar mais cedo... Acordei 07:30. Tô no trabalho. Acordo sempre com a TV ligando na MTV. Ontem, aumentei o volume. Tava indo dormir depois de Jô Soares e ia cordar cedo. Coincidência ou não, acordo com o Chorão (Charlie Brown) gritando no meu ouvido: "HOJE EU ACORDEI FELIZ!!". Maybe, it's a sign... É. Acho que hoje eu sou Zeba de novo. Só no fim do dia pra saber.

"Horas e garrafas depois, chegou-se a uma conclusão aterrorizante. Daquelas que no dia seguinte, ninguém quer lembrar. Daquelas que até o Carranca estrilou:A "lista perereca" do Ambrósio não vale nada.O fato é que não importa quantas pererecas tenham pulado na fazenda, mas na vida de um homem só existem ou existiram cinco mulheres que fazem toda a diferença.

1 - A mulher que você mais amou na vida, e em alguns casos continua amando até hoje e tem vergonha de admitir, mas que casou com outro e/ou lhe deu um chute na bunda e não quer nem saber que você existe;

2 - A mulher que você teve certeza que seria a mulher perfeita para o resto de sua vida, com aquelas características que todo homem sonha numa mulher -apaixonada, meiga, engraçada, inteligente, bonita, bom emprego, independente, que faz cafuné quando você chega bêbado em casa, entre outros atributos - mas que por um motivo até hoje inexplicável, você não quis mais saber dela e acabou o relacionamento... para anos depois se arrepender quando descobrir que a 1 mudou de sobrenome;

3 - A mulher que foi a melhor de todas na cama, aquela que nunca estava com dor de cabeça, que fez você fazer as maiores loucuras -pense em elevadores, estacionamentos, boates lotadas, banheiros em festas de aniversário dos sobrinhos, casa da sogra e mesa do escritório - mas que você também não conseguiu manter o relacionamento, pois geralmente lembrava da número 1 ou da número 2, e então percebia que a 3 nunca seria igual;

4 - A mulher que de repente apareceu na sua vida e você pôde jurar para si mesmo que ela *seria* a mulher ideal e *faria* você esquecer das outras, pois você conseguiu identificar características da 1 e da 2, mas que simplesmente não conseguiu conquistá-la e/ou ela não viu a menor graça em você - e depois que descobriu suas intenções, tomou doril antes mesmo de saber se ela tinha algo da 3...

5 - A mãe dos seus filhos. É a mulher que, na eventualidade de não ser a 1, a 2 ou a 3 na sua vida, por ser a mãe dos seus filhos está acima de qualquer classificação - a não ser na hora de o juiz determinar o pagamento da pensão alimentícia."


Texto na íntegra: Guia do Homem

terça-feira, agosto 27, 2002

Primeira medida pra conter a crise financeira doméstica: Não ir mais trabalhar de carro. Acordar mais cedo, andar um pouco e pegar uma carona.

Ah!!! Que dia!! Hoje está sendo um dia bom. Muito bom. E o melhor, por nada. Sei lá. Acordei bem humorado, trabalhei bem humorado, almocei bem humorado. Fui pra faculdade, verminar. Conversas, paquerinhas inocentes de longe, bom para o ego, risadas, conversas sobre Rock'n roll. Ah!! Hoje eu sou Zeba de novo. O velho Zeba, blazé, desenvolto, risonho, engraçado, inteligente. Aquele cara que todos gostam quando esta por perto. Carismático agradável. Encontrei pessoas que eu não via há muito e sentia falta. Meu velho professor de Latim, grande figura. Priscila, uma amiga a quem devo um cinema a tempos... Hoje eu sou Zeba. The old and good Zeba. Recebi um puta elogio do texto da Goiabeira, duma pessoa extremamente criteriosa nos seus gostos. Recebi olhares, retribuí olhares. Puta como eu sentia falta de mim. Como foi mesmo que eu me perdi? Esse sou eu. O auto-confiante, o seguro. Não aquel vestígio de ser humano que eu era ontem. E, olhem só!!, surpresa das surpresas!!!: Sou uma gracinha! Há!! Essa era a última coisa que eu esperava ouvir (ou ler...). Mas como fez bem... Ah! só espero que dure e eu seja EU de novo. Aquele EU que agrada a todos, inclusive a mim. Desculpem a megalomania, mas hoje eu tô liberado!! Não sou a última coca-cola gelada da praia, mas talvez a penúltima. Hoje eu sei que sou um cara da porra. Sim, eu sou um cara interessante. E acabou. Esse sou eu.



Pra o dia ficar perfeito, só faltava uma coisa... Mas não.. Isso é impossível... Nem com todas as esperanças do mundo... Pq? Pq a Mega Sena só corre amanhã!!! Hehehehehe!!!! Ora, pensaram o que?!?!?!?



Em tempo: Limp Bizkit no winamp do demo: My Way. Quem tiver ouvidos pra ouvi, que ouça!
My Way

Special
You think you're special
You do
I can see it in your eyes
I can see it when you laugh at me
Look down on me
You walk around on me
Just one more fight
About your leadership
And I will straight up
Leave your shit
Cause I've had enough of this
And now I'm pissed

Yeah
This time I'm 'a let it all come out
This time I'm 'a stand up and shout
I'm 'a do things my way
It's my way
My way, or the highway

Just one more fight
About a lot of things
And I will give up everything
To be on my own again
Free again

Yeah
This time I'm 'a let it all come out
This time I'm 'a stand up and shout
I'm 'a do things my way
It's my way
My way, or the highway

Some day you'll see things my way
Cause you never know
Where, you never know
Where you're gonna go

Just one more fight
And I'll be history
Yes I will straight up
Leave your shit
And you'll be the one who's left
Missing me

Yeah
This time I'm 'a let it all come out
This time I'm 'a stand up and shout
I'm 'a do things my way
It's my way
My way, or the highway

Some day you'll see things my way
Cause you never know
Where, you never know
Where you're gonna go




Como sempre, segunda dia de resenha. Bom, risadas, teorias estranhas e Felipe querendo um eclipse. Esqueçam...

Bom aqui vai uma foto, tirada do site do Ao Leu, bar ondese realiza o encontro



Da esquerda pra direita, Leo bola, eu e Nandão, irmã de Leo bola.

Quem quiser aparecer um dia, já sabe onde é.

carência . [Do lat. vulg. carentia, do lat. carere, 'ter falta de'.] S. f. 1. Falta, ausência, privação: Durante o cerco, a cidade sofreu a carência de víveres. 2. Necessidade, precisão: A criança tem carência de afeto. [Sin., (acepç. 1 e 2): carecimento.]

domingo, agosto 25, 2002

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.


Manuel Bandeira
As Sem-Razões do Amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamento vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

ausência . [Do lat. absentia.] S. f. 1. Estado ou condição de ausente. 2. Afastamento, apartamento (1): A sua longa ausência deixa-nos pesarosos. 3. Falta de comparecimento; falta: Na reunião comentou-se muito a sua ausência. 4. Carência, inexistência, falta: Sofre com a ausência de carinho. 5. Jur. Desaparecimento da pessoa do seu domicílio, sem deixar ou dar notícia do seu paradeiro e sem deixar representante para zelar pelos seus interesses. 6. Psiq. Lapso de memória. 7. Falha do raciocínio. Ausência de gravidade. Astr. 1. Fenômeno que ocorre em pontos do espaço suficientemente afastados de massas atrativas, e segundo o qual todos os corpos ficam destituídos de peso. Fazer boa ausência de. 1. Dizer bem de (alguém) na sua ausência. Fazer má ausência. 1. Dizer mal de (alguém) na sua ausência.


Não. Não quero que ninguém sinta pena de mim. Não sinto pena de mim. Não. Só estou externando o péssimo momento que passo. Desculpem se os posts estão chatos, lamuriosos e repetitivos. Esse sou eu. E eu não posso negar isso.

sábado, agosto 24, 2002

Estranho seria se tivesse dado certo. Estranho seria se eu voltasse pra casa feliz. Ela que, por um breve instante, foi, não a menina dos meus sonhos, mas a mulher da minha realidade. Dois breves instantes. Breve. Da última vez, no sonho, houveram três. Pelo menos sei onde e quando isso vai parar. Depois um, depois vazio. Estranho seria se a tal realidade fosse mais sonho. E foi. Breve. Mas acordei. Ou melhor, fui acordado. Mas nada que não fosse inesperado. Lá, bem ali, eu sabia que isso ia acontecer. Era óbvio. Achei que pudesse ser a escada que ia me tirar do abismo em que me joguei quando larguei o fio. Mas a maldita tem muitos disfarces e a escada se desintegrou sob meus pés. Pelo menos, ainda estava no início dela. A queda não foi tão brusca, mas eu voltei por lugar onde estava. Exatamente o mesmo lugar. Estranho seria se eu chegasse ao topo. Não era o topo que meu coração quer, mas, a medida que eu fosse subindo, quem saberia? Bom, aqui estou eu de volta. Imagino se o frio que sinto seja exterior. Acho que sou eu. Estou gelado. Nem uma chama aqui dentro. Frio. Perdido em algum lugar entre o sonho e a realidade. A realidade era uma fuga do sonho. E ela própria fugiu, sem sonhos. Só me resta o sonho, mas frio que a realidade. Esse não consegue fugir. E era esse, justo esse, que eu queria fugindo. Mas um consolo. Ela foi menos dura que ele. Ela não usou delicadezas cruéis, mas a sinceridade respeitosa. Pra ela, eu sou alguém. Nela, pelo menos um ífimo sentimento. A pior coisa é saber-se um nada. Pra ele, sou um nada, mesmo sabendo que é minha cria, que só existe dentro de mim. Talvez até por isso. Ela não tem medos infudados, ela sabe a distancia entre o hoje e o sempre. Ela sabe que eu sei. Ela era a Primeira Goiaba, que caiu verde. As lágrimas que correm, finalmente, mansas, calmas, também são por ela. Pela Goiaba caída ao chão. Mas são lágrimas de sonhos. Sonhos não são como deuses. Eu não acredito nele. Mas ele é real. Mas Ela e Ele, fizeram eu me enxergar. Forçado, olhei no espelho que tentava eitar e me vi. Tão óbivo. Desinteressante, massante, entediante, não belo, não exuberante, não vida. Nada. Eu. Apenas um sonhador. Sem homens de amarelo, sem homens eletrônico, sem homens do telefone e sem pores do sol. O que esperava? Era óbvio que ia ser assim. E aqui, no abismo, que agora é meu lar, no escuro, no frio, com minha companheira inseparável, fico apenas esperando o cumprimento da vida. O um. E o vazio. Estranho seria se tivesse dado certo.

sexta-feira, agosto 23, 2002

Inaugurada a página de textos. Resolvi colocar numa pg separada alguns textos que mais ou menos interessantes. Passem lá: Unblogged: Letters

quinta-feira, agosto 22, 2002

Imperdoável... Ontem fez 13 anos que Raul morreu. E eu não escrevi uma linha. Imperdoável. Grande expoente do rock'n roll na bahia. Grande cabeça que há anos gritava contra o establishment. E vivia de acordo com o que gritava. Apesar de ter apenas 11 anos quando ele morreu, me sinto orfão. Grande perda. Um cérebro vivo a vinagrete. Ave Raul. Valeu, brother. Até uma próxima.




1945-1989

"Ouro de Tolo

Eu devia estar contente
Porque tenho um emprego
Sou o dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque consegui comprar
Um corcel 73

Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na cidade maravilhosa
Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isto uma grande piada
E um tanto perigosa

Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto, e daí?
E tenho uma porção de coisas grandes
Prá conquistar, eu não posso ficar aí parado

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o Domingo
Prá ir com a família ao jardim zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah, mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco

É você se olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo
limitado, e que só usa dez por cento
de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor
Padre ou policial
e que está contribuindo com sua parte
para o nosso belo quadro social

Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dente, esperando a morte chegar

Porque longo das cercas embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
Dum disco voador..."

Tu eras ilumindado, man...

Site Oficial

quarta-feira, agosto 21, 2002

Hehehe! Muito boa!! Recebi isso via e-mail. As vezes vem algo que preste!! Nem precisava fazer contas pra eu saber disso!!! Hehehe!!

"IMPRESSIONANTE. HA INFORMAÇÕES SEGURAS DE QUE A PRÓXIMA
VITIMA SERÁ
SÃO PAULO!!!

LEIA PRIMEIRO O TEXTO E DEPOIS VEJA A FIGURA ANEXA.

NÃO É NECESSÁRIO CRER EM NUMEROLOGIA, POIS AS
EVIDENCIAS O FARÃO
CONCLUIR... É ATERRORIZANTE!

A inteligência Norte-Americana apurou abomináveis
coincidências
matemáticas que apontam claramente para um suspeito
de origem árabe
no atentado ao WTC.

Vejam os fatos:

- Setembro 11 = 09 11 (911 é o telefone do serviço
de emergência
norte-americano) 9 + 1 + 1 = 11
- Número de pessoas a bordo em um dos aviões
>abatidos: 65. Ou
seja:............. 6 + 5 = 11
- As duas torres do World Trade Center vistas lado
a lado formavam um
11
- New York City = 11 letras
- A f e g a n i s t a o = 11 letras
- George W. Bush = 11 letras
- Osama B. Laden= 11 letras

PARA COMPROVAR ESSA TEORIA DO 11, HA UM TERRORISTA
MAIS DO QUE
SUSPEITO QUE SE PREPARA PARA O NOVO ATAQUE. DESTA
VEZ A SAO PAULO!!!"


Clique aqui pra saber quem é!

Depois eu é que sou paranóico... Ei! Quem são vcs! Pq estão de preto! Hã... Olhar pra luz...? Que lu...


terça-feira, agosto 20, 2002

Hum.. Acho que o contrato da Globo com o Demo tá expirando.. Primeiro, a Ana Paula Arósio (existe coisa mais linda do queéla no mundo? Acho que ela é computação gráfica... Não existe) pipoca a cara do Sr. Marília Gabriela e ainda torce aquele torozelo lindo... Depois um ator de nm gilbert (Alguém conhece?) desmaia durante uma cena. Sua pressão chegou a 18 por 15. Agora, o Antônio Fagundes tá internado com Pneumonia... Xi... Sei não... É melhor rever essse contrato...

segunda-feira, agosto 19, 2002

Eu a pensava esquecida. Achei que a tinha derrotado no seu joguinho. Achei que seu medo agora era maior e ela seria mais cautelosa. Nosso último encontro, foi estranho, perturbador. Depois, ela fugiu e se escondeu, num lugar inacessível. E eu não iria procura-lá. Passamos um tempo sem qualquer tipo de contato direto. Apenas indícios. E eu, satisfeito, segui minha vida, não esquecido, mas aliviado. Não. Nunca mais a veria. Ela tinha medo. Eu havia mostrado quem eu realmente era. E isso a tinha assustado. Estava escorregadia, esquiva. As vezes eu pensava onde ela poderia estar. Me assustava a ideia de um possivel encontro inesperado, quando eu tivesse com a guarda baixa e sem condições de reagir. Sim. ela ainda me assustava. Apesar da minha aparente sensação de vitória, sua sombra ainda me perseguia. Ainda me rondava. Principalmente a noite. Esse era o pior horário. Era quando mais pensava nela e sentia medo. Me sentia só e indefeso em casa. Apesar da minha carta na manga, do meu trunfo final. Apesar de saber que esse trunfo era definitivo e que, se fosse usado, selaria o nosso destino. E eu aguardava o encontro final. Acho que, no fundo, queria logo encontra-lá pra acabar de vez com isso e respirar mais aliviado. Pra sua presença, ou a sombra dela, não mais me incomodar. Pra apaga-lá de vez da minha mente. Sim, eu queria isso. Queria esse encontro. Mas ele continuava desaparecida. Continuava na sua reclusão e silêncio. Aquilo era uma tortutra. Talvez fosse mais uma de suas táticas. A demora me deixava mais ansioso e ela sabia que quando a encontrasse, eu estaria com pouco controle sobre minha lucidez. Logo me desesperaria, e então ela agiria. Mas, além de ansioso, a espera ia apagando a lembrança. As sensações, emoções, medos angustias e até mesmo sua fisinomia iam aos poucos sendo apagadas da minha memória. Agora, ela era apenas um pensamento vago que vinha esporadicamente. E me ria: "Como pude? Como pode me deixar tão desnorteado? Logo eu!!! Zeba!! Hahaha!". Mas então, eu a vi. Da sua maneira típica, apareceu do nada. Inesperadamente. E eu gelei. Toda aquela torrente de emoções voltou de uma vez. Me senti tonto, atordoado. Não sabia o que fazer. Mais uma vez, ela me pegara com a guarda baixa. Mas ela não tinha me visto. Estava de costas, e não notou minha presença. Eu a observava, medindo seus movimentos, tentando recobrar o controle e pensar no que fazer. Lembrei de como ela me fez de palhaço e depois sumiu. Uma raiva surda começou a se misturar com o medo. Sim era hora. Esperei aquele encontro muito tempo. Eu tinha pensado e repensado a minha tática milhões de vezes, pra que dessa vez, nada falhasse. Tudo deveria sair como o planejado. E, aí sim, eu serei o vencedor definitivo. Ela ainda não me vira. Ou me vira, mas não tinha se dignado seuqer a me olhar de frente, tamanho era o seu desprezo por mim. Mesmo de costas, eu sabia que era ela. A teria reconhecido em qualquer lugar do mundo, tamanho o trauma que me causou. Recuei um pouco, pronto pra por um fim naquilo. Estava calmo de novo. Meu raciocínio era meu de novo, não mais dela. E foi então que percebi a soridez da sua mente: Ela estava justamente entre mim e sua derrota final. Num posicionamento perfeito, me impedindo completamente de dar o golpe de misericóridia. Fiquei paralisado. Perdi novamente o tino. "O que farei?". Como ela podia ser tão cruel? Porque fazia isso comigo? Sentia os pés gelados, com o contato com o chão da cozinha. De onde estava, podia ver o tubo da salvação e no seu rótulo a única coisa que lia era: "Mata baratas na hora." Mas ela estava no meio do caminho. Pensei em usar a tática anterior, mas lembrando do rídiculo que passei, resolvi preservar minha dignidade. Não, dessa vez não. Aquela era minha casa, minha cozinha. Ela era a invasora e eu não iria ser derrotado mais uma vez por um mísero inseto. Eu era maior, era mais forte e estava no meu território. Cautelosamente, avancei, disposto a passar por cima dela, sem levantar suspeitas, seguir até a área de serviço, pegar o inseticida e destruir de uma vez aquela vida miseravel e nojenta que desafiava minha dignidade. Com os movimentos mais suaves que me corpo pode produzir, passei por ela com o pavor de um possível ataque aos meus pés, mas ela nem se mexeu. Avancei pra área, aliviado, mas sempre olhando sobre o ombro, com medo de um ataque pela retaguarda. Cheguei na áera, subia num banco, peguei o tubo. Há!!! Agora era minha vez!! Agora eu era o dominador! Agora, sua vida estava em minhas mãos!! Empolgado, pulei do banco, me virando na direção dela, dedo no gatilho, pronto pra destrui-la por completo. Morra!!!! Mas ela havia sumido...



Clique aqui se quiser saber como tudo começou. Vá até o dia 22/05.

domingo, agosto 18, 2002

Ok. Primeiro eu não sei se isso é uma recuperação. Depois, não sei se alguém ainda vem aqui. Mas isso tinha que compartilhar com alguém. Tem alguém aí? Pra começar é domingo, 08:52 da manhã. completando 23:17 minutos acordado. Fora na sexta, que dormi 4 da manhã pra acordar as 09:37 pra ir a praia. E EU TIVE UMA PUTA NOITE!!!! Se não no TOP 5, no TOP 10 de Bests Nights of my Life!!! Cinema, ao Leu, minha casa. Nessa ordem. Chico, Cássia e B.B. King, nessa ordem. Cigarro, cerveja e carinhos. Nessa ordem. Eram umas 3:30 da manhã. Depois? Aqui estou eu, as 08:57, me arrastando, mais do que andando. E WINAMP do demo tocando Fox Lady. VÁ SE FUDER!!!!! This will be a nigth to remember... PUTA QUE PARIU, PUTA QUE PARIU, PUTA QUE PARIU!!!! Putz, como eu tava precisando de uma noite dessas... PORRA!!!!!!!!! sinto vontade de gritar, CARALHO!!! Winamp do demo cantando Go Back:



"...E certamente
Aquele trem já passou
E se passou
Passou daqui pra melhor,
foi!



Só quero saber
do que pode dar certo
Nao tenho tempo a perder.
"



Sim, estou feliz. Muito. Quem era ela? "I'll never tell, I'll never tell", hehehe!! Ok, talvez eu conte... Other time... Winamp do demo: R.P.M.: A Cruz e a Espada: "Agora eu vejo, aquele beijo era mesmo o fim". Era. Era o fim. Não o fim. Mas o fim.



quinta-feira, agosto 15, 2002

fibrilação . [De fibrilar2 + -ção.] S. f. Med. 1. Contração muscular involuntária e sem coordenação. [Cf. fasciculação.] Fibrilação auricular. Card. 1. Aquela em que há movimentos irregulares das aurículas, cujas fibras musculares individuais agem independentemente. Fibrilação músculo-esquelética. Med. 1. Aquela em que há contrações rápidas de fibras musculares estriadas esqueléticas, individuais, invisíveis através da pele íntegra. Fibrilação ventricular. Card. 1. Aquela em que há contrações fibrilares nos ventrículos cardíacos, tornando impossíveis as contrações coordenadas deles.



moribundo . [Do lat. moribundu.] Adj. 1. Que está morrendo; que vai acabar; agonizante: "E em farrapos, sozinho, arqueja moribundo / Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão..." (Olavo Bilac, Poesias, p. 240.) 2. Desfalecido, amortecido: "Ouvem, loucos de dor, os fúnebres lamentos / Dos magros bois de olhar moribundo e sereno" (Guerra Junqueiro, A Velhice do Padre Eterno, p. 217) • S. m. 3. Aquele que está morrendo.



Este blog está moribundo.



quarta-feira, agosto 14, 2002

Ok. Talvez tenha ficado um mal entendido. Talvez não tenha sido claro. Repito aqui: Nunca. Repito: Nunca é o exato intervalo entre hoje e sempre. Como parte mais interessada, achei que fosse ficar feliz com a notícia. Que era justamente isso que esperava e que queria. Que finalmente respiraria aliviada. Fiquei surpreso, de início, com a veemente negativa. Fiquei matutando... Porque? Demorei um pouco, mas entendi. Agora, mais uma vez, teorizado. Não, isso não quer dizer o que pensou. Isso não é uma tentativa de justificar uma possível... "amizade" Um pedido de... "aproximação" Não. Não é. Definitivamente não. Relaxe e respire aliviada. É uma constatação e, ao contrário do que pensou, um atestado de... De... de "that's it." "This is the end". It's over now. Everything. Volto a dizer: nunca, nesse caso, não é tempo demais. É o tempo exato. Pra tudo. Não só pra o que ficou na caixa. Mas para o que pensou que fosse uma tentativa. Agora vejo como deixei pontas desamarradas que vc poderia interpretar desta forma. Não. Relaxe. Nunca pra tudo. Nunca pra chegar ao nada. O tempo exato. Nem um dia a mais.

Não existe. Não ter que ter medo. Uma coisa que não existe, não pode vir a tona. No momento em que Pandora fechou sua caixa, ela ficou condenada ao escuro, ao limbo. A única dádiva de Zeus em meio a tantos catástrofes que, por inveja, nos foram dadas. Fechada, lacrada, inacessível para os pobres humanos, condenados por um crime que não cometeram. Por aceitarem o fogo, dádiva de Prometeu. Mas, a despeito do que se esperava, ela surgiu no coração dos homens, uma provável cria dos males enviados por Zeus. Mas era fraca e mortal como o coração dos que a possuiam, e logo fenecia. Talvez isso tivesse sido planejado pelos olimpícos, talvez fosse só um golpe de sorte. Porque os homens se agarravam a ela como último fio pendurados num abismo. E esse fio, fino como os cabelos da lua, se rompia facilmente. E, nesse momento, os homens cumpriam o mesmo destino que foi dado a Prometeu: Acorrentados num abismo, sentiam a dor de terrem o fígado devorado por abutres durante o dia, regenerar-se a noite para serem devorados novamente no dia seguinte. Num suplício sem fim. Suplicando para partirem as correntes e caírem no abismo e no fim da dor. A vingança de Zeus estava completa. Não. Não há mais. E mesmo a que há, é só um adiar da dor. Melhor seria largar o fio antes que se parta. Larguei. Caí. Dávida? Não era uma dávida. Era uma ironia macabra. Era incendiar o coração com o próprio fogo pra vê-lo extinto duma vez. E rir-se dele. E o frio se abateria, implacável. E a escuridão dominaria. E erraria-se cego pelo mundo. Não. Realmente, ninguém merece. "Pelo menos sobrou o fogo.", diriam os incautos. Mas, ironia das ironias! esse queima o peito e o devora e o regenera e o devora e o regenera e o devora e o regenera. Esquenta o frio, mas derrete a alma. Trás luz, mas cega. Não. Ela não existe. Ficou perdida, numa caixa perdida, por um ser perdido, destinada a corações perdidos. Rezemos para que permaneça perdida. Para que o fogo extinto não arda em nosso peito. Para que os abutres não devorem nossos fígados. Para que não nos iludamos. Não. Ela não existe. Não tenha medo. Nunca, nesse caso, não é tempo demais. Obrigado Pandora.

terça-feira, agosto 13, 2002

Classficados

Preciso urgente CD player pra carro. Aceito doações.
Tratar com Zeba: e-mail

Hoje é aniversário da Kendra!! Parebéns minha linda bruxa!!! Que a Deusa te proteja sempre!! Mais tarde vou aí comer bolinho!!!

Beijão!!!


segunda-feira, agosto 12, 2002

O dicionário Aurélio diz:

teoria . [Do gr. theoría, 'ação de contemplar, examinar'; 'estudo'; 'deputação solene que as cidades gregas mandavam às festas dos deuses'; 'festa solene', 'pompa', 'procissão', pelo lat. tard. theoria, mas conforme a prosódia grega.] 11. Filos. Conjunto de conhecimentos não ingênuos que apresentam graus diversos de sistematização e credibilidade, e que se propõem explicar, elucidar, interpretar ou unificar um dado domínio de fenômenos ou de acontecimentos que se oferecem à atividade prática.



Pelo rigor acadêmico, você precisa provar uma teoria três vezes por meios diferentes pra ela ter credibilidade. Eu, "filosofo com suas teorias.." como fui alcunhado a pouco, preovei hj duas das minhas teorias, com o devido rigor acadêmico. Apesar de causar espanto ("nunca vi fazer tanta teoria!") isso se faz necessário a partir do momento que tenho que explicar, elucidar, interpretar ou unificar um dado domínio de fenômenos, que acontecem sucessivas vezes e numa frequencia nunca antes vista. Os referidos fenômenos muito me intrigam, por não ter uma exlicação plausível aparente e serem desencadiados nas horas mais inusitadas. A teoria foi formulada e provada, mas os motivos permanecem um mistério pra ciência. Procurando a verdade do rigor científco, me propus a explicar os motivos que são a mola propulsora para os fatos descritos nas repectivas teorias. Os estudos ainda estão nas preliminares e as difculdade são enormes. O objeto de estudo é de difícil acesso e manipulação. A primeira teoria é provada é: O mar é seco. Não existem um pingo de água naquela multidão de moléculas. É uma aridez que não tem mais fim. A segunda é: Não existem retas. Por mais que vc tente chegar num ponto com ela, ela se desvia pelo caminho, com o claro propósito de não te deixar chegar ao ponto pretendido, mesmo que sua intenções ao chegar lá não sejam das mais escusas. A terceira teoria ainda está em fase comprobatória, portando, deve demorar um pouco para ser exposta por este que vos fala



A todos, agradeço a atenção, apciência e carinho.

Muito Obrigado

Filosofo Com Suas Teorias..
"O Saibá no sertão/quando canta me comove/passa três meses cantando/e sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação/de só cantar quando chove"


Cordel do Fogo Encantado - Chover



É secura que não acaba mais...

P.S - Onde será que essa estrada vai parar...?
melancolia . [Do gr. melancholía.] S. f. 1. Estado mórbido de tristeza e depressão. 2. Estado de languidez e tristeza indefinida: a melancolia dos românticos; "Esta noite estou triste e não sei a razão. / Vou, para espairecer minha melancolia, / Ouvir o mar" (Ribeiro Couto, Poesias Reunidas, p. 89) 3. Desgosto, pesar, tristeza. [Sin., ant. e pop. (nessas acepç.): malencolia , malenconia , malinconia.] 4. Psiq. Distúrbio mental caracterizado por depressão em grau variável, sensação de incapacidade, perda de interesse pela vida, podendo evoluir para ansiedade, insônia, tendência ao suicídio e, eventualmente, delírio de auto-acusação.
(Dicionário Aurélio)



Acho que é isso...

domingo, agosto 11, 2002

Garage Rock: Festival de Rock 'n roll com apenas duas bandas de rock... E um reagge interminável... E um hip-hpo igualzinho... Masáí... Rodox!!! Puta que pariu!!! Os caras tem o melhor baterista do Brasil!!! Show do caralho!! Soltei os cabelos, pulei, gritei, cantei, bangueei e muita água pra dentro. Pagou a tarde. Na saída... Tá tietagem... Fiquei lá esperando ele sair pra consegui um autógrafo no encarte do CD. MAs consegui. E ainda ouvi: "Cara, tú tava na praia ontem". Tava. Olha, na verdade, com várias coisas pra escrever sobre o festival, impressões, tribos, o cheiro da maconha pra todo lado. Mas cheguei em casa. Melancolia. E acabou-se. É isso.




"No dia em ocê foi embora,
eu fiquei sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que nao vivi pensando nos dois
"

"Pois no dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o ultimo homem no dia em que o sol morreu
"

a lua está crescente...

Pra vc, Ingrid. E pra quem quiser tb. Olhos Abertos. Clica com o botão direito e em "salvar como"
Mais um post "meu" colocado em outro blog. Era pra ser meu tb!! Pronto, roubei.

O Último Por do Sol

"A onda ainda quebra na praia,
espumas se misturam com o vento.
No dia em ocê foi embora,
eu fiquei sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que nao vivi pensando nos dois


Eu lembro a concha em seu ouvido,
trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em ocê foi embora,
eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois


Os edifícios abandonados,
as estradas sem ninguém,
óleo queimado, as vigas na areia,
a lua nascendo por entre os fios do teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas


Pois no dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o ultimo homem no dia em que o sol morreu"

Lenine

Era pra ir do lado da foto do por do sol como tá . Ah, essa minha vida é uma comédia!!! Hehehehe!!!



sábado, agosto 10, 2002

Planos pra noite? Galera se reunindo aqui em casa, violão, merdas, cerveja (coca light no meu caso) cigarro, fotos e, quem sabe, um render movie(se a Oxiuros Filmes permitir o uso do nm. aliás cliquem em equipe. eu sou o segundo da esquerda pra direita) e diversão. Alguém se habilita?

Pois é, barraca do gaúcho. Num dado momento, até que deu pra tomar um solzinho, mas logo eu já estava implorando por um founde de carne e um bom cabernet. Frio a parte, foi divertido. A seleção músical bem melhor: Roling Stones, Deep Purple e o bom e velho B.B. King. Grande lugar. Sábado tô lá de novo. Bom, o ápice da trde foi meu momento de tietagem. Nunca fui de fazer tietagem com quem quer que seja. Trabalhei em TV (se bem que o programa não ajudava) já encontrei pesosas famosas por aí, mas nunca me disseram nada. Mas eu tô lá, bem da minha, pedindo pro vendedor de queijo deixar o braseiro pra eu me esquentar e aparece Rodolfo. Ex-raimundos, atual Rodox. Fudeu. Sou um puta fã da Rodox, tenho o disco, achei do caralho a atitude dele em procurar o que ele acredita. E acho que é de cada um .O cara não acreditava mais no que tava fazendo e foi fazer o que queria. Largou uma carreira consoldada, confortável e partiu pra conquistar o que ele queria. E o legal foi como ele me disse: "E o bom é que tá dando certo!". Pois é. Tá dando certo, sem precisar se vender, cantar o que não quer, etc... E o melhor, sem lavagem cerebral. Se não, o cara não tava fazendo rock 'n roll da melhor qualidade. Bom, voltando a tietagem, o cara veio surfar. porra, fiquei sem graça de ir falar com ele. E puto por não ter levado a máquina digital que tá aqui em casa. Fiquei esperando ele sair e fui com Camila (tava com vergonha de ir só, é verdade) pra ela fazer o approach e pq... Ela tinha uma máquina!!! Sim!! Tirei foto!! Com dedinho apontado pra mim e tudo!! Acho que é mania de produtor, o cara já faz sem sentir. Bom, uma conversinha rápida, o cara é brother e a promessa de levar o encarte do CD amanhã pro show pra ele autografar. Se eu consegui entrar no camarim. putz, muito tiete... Garage Rock rulez!!!!!!!!!! Rodox rulez!!!!!!!!! Rock 'n roll rulez!!! é claro que, a primeira coisa que fiz qd cheguei em cas foi colocar o cd nas alturas!! Hehehe!!



Atenção, o resto do post é meio escatológico. Se vc não quiser não leia. Mas não é nada de mais... Lê vai...

Descobri que cagar fumando, ouvindo Rodox e banguenado é uma das melhores sensações que há!! A guitarra pipocando em minha cabeça uma tragada e a sensação que tudo de ruim que sinto esta indo embora junto com a descarga!! Experimentem!!!





Ligação interurbana pra celular... Belo Horizonte... Lídia, vc me paga!! Hehehehee!! Horas nos telefone... Sem exagero!! Mas foi bom pra matar saudades!



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E, daqui a pouco, Barraca do Gaúcho, praia do Flamengo! Quem quiser, me encontra lá. Alguém precisa de Carona?

sexta-feira, agosto 09, 2002

Eu disse fantasma? Não hoje, não agora. Eu disse coração gelado? Meu coração está quente. Quente de mim mesmo. I hope it last... É disso que estou falando (Lembrei de você, Lídia, apesar de não ter sido tão bonito quanto o "nosso"):





O por-do-sol no Porto da Barra. Foto fresquinha tirada agora a pouco. Eu, minha companheira a solidão, o mar e isso que vcs estão vendo...

Nada mais a declarar.

Well, na quarta de noite, como já disse, fui parar no mercado do peixe com Felipe. A parte mais interessante definitivamente não era o cabeçudo em minha frente, mas a garota da mesa do lado. Os olhos mais lindos de Salvador. E eles estavam em mim. Bom, o problema é que acho que tinha rolado um "double date" que não tinha dado certo. Tinha um casal e um cara tentando, tentando, a little bit harder e nada. Então, sem chances. Mas ela olhava. Tava meio chapada (tá explicado...), e nem procurava disfarçar pro cara que tava lá, na labuta. Voltando do banheiro, nos cruzamos, ela indo embora e realmente não restou dúvidas: Ela tava chapada. Pra me olhar daquele jeito? Há! Tinha que tá! Hehehehe!! Corta, próximo ato.



No outro dia, acordo e vou comprar meu ingresso pro Garage Rock. Ao entrar na loja, dou de cara com aqueles olhos. Ela me olhou, como quem diz: "Te conheço de algum lugar...". Heheheh! Quase tenho uma crise de riso. ela devia tá muito chapada mesmo. Não quis falar: "Do mercado do peixe ontem, lembra?. Sei lá, ela tava trabalhando, podia queimar o filme dela. Mas o melhor não é isso. Querem saber o nome dela? Obvio demais: Fernanda. Huahuuahuahuahuahauauha!!! Depois dizem que o destino não tem senso de humor... Hehehehe!! Aí, essa vida... Corta, Ato 3



Continuei por lá, rodando, sem nada pra fazer. Encontrei um colega da faculdade, tava esperando a namorada, paramos pra papear. É uma figura sinistra: "Você me evocou, eu apareci". Insiste em dizer que é um anjo. E eu começo a acreditar depois de algumas coisas... Bom, papo vai, papo vem e entra em ação a série "Encontros Randômicos Parte III: 'A Original'". Hehehehe!! Mas rapaz, ô dia!!! No meio do papo "a outra" passa, olhando, com aquela interrogação no rosto: "De onde é mesmo...?" Tive que pensar no José Serra pra não ter uma crise de riso!!! Aceno a acabeça pra Edney e ouço a pergunta: "O que foi?". "Nada". Cai o pano, a plateia ovaciona.





Post do trabalho, depois de ter ido dormir 05:30, tocando violão com uma galera (Eu, O Famigerado Jaga, Hugo e Camila, amiga nova...), e acordado 09:00. Essa vida de boêmio... Um sono do caralho... Uma maresia... E minha cama lá, coitado, sozinha, com frio, sem a presença de um homem de verdade pra esquenta-la... Isso não se faz...



quinta-feira, agosto 08, 2002

Notícia boa:

"11/08

11o Garage Rock Festival

Enquanto os amantes da música clássica curtem ópera e concerto na sala principal do Teatro Castro Alves, a Concha Acústica será o território de ritmos mais agitados. A 11a edição do Garage Rock Festival mistura variados estilos musicais, como rock, reggae e rap, no mesmo palco. Desta vez, participam do Festival as bandas Rodox, Nengo Vieira, MV Bill, como expressões desses estilos nacionalmente, e Massai, Lilit e Janquis, como representantes da nova geração da música alternativa na Bahia.


Local: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Dia: Domingo, 11, às 15h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
"

Bom, quem quiser me encontrar domingo, já sabe onde estou. E no sábado tem lançamento do Cd da banda Retrofoguetes. A banda é composta pelos integrantes da finada Dead Billies. Todos estão lá, menos o Moska, ou Glauber como queiram, que era o vocalista. A banda agora é instrumental e de uma qualidade inquestionável. No Havana Club. Ingressos a R$ 6,00.

Tô indo comprar meu ingresso de domingo...
Já? Então como me pede pra não sofrer? Como me chama de depressivo? Como questionar a minha tristeza na ausência?. Amo pq não consigo sentir nada pior. Não estou dizendo que és diferente de ninguém. Nunca disse isso, Sherlock.
Chegando meio bebado em casa, depois de dirigir a 140 pelo Itaigara e adjacências. fui parar no Mercado do peixe com Felipe e descobri que esse remédio(olcadil) com alcool bate uma onda legal!! Destaque pra Ferreira, grande garçom do finado Verdemar que tá lá no mercado do peixe.: "Grande Zeba!!". Isso paga a noite!!! Defini uma coisa. Sou boêmio. ainda mais em lua nova.

quarta-feira, agosto 07, 2002

"Ando tão a flor da pele
Que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão a flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão a flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão a flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo sem vela
Cavalo sem cela
Um bicho solto um menino um bandido
Ás vezes me preservo
Noutras suicido"

Eu. Exatamente Eu.



"Sonhos são como deuses: Quando não se acredita neles, deixam de existir". Uma última pergunta: Você já amou alguém de verdade?

Acordei. Um fantasma. Já é noite. O silêncio. A casa mergulhada na escuridão. Ligo o monitor e a msg no ICQ define como um sinto: um fantasma. Algo que flutua entre o mundo dos vivos, sem realmente fazer parte dele. Opaco, sem brilho, mas transperente. Acendo um cigarro pra parrar de tossir. Coloco algo no forno. Não estou realmente com fome, mas não como desde o almoço. Preciso empurrar algo pra baixo. Mais um cigarro, desta fez pra acordar de vez. Abro a janela, o vento entra derrubando tudo. Lembro de Ana Terra: "Noite dos ventos, noite dos Mortos". Diálogo lacônico via internet confirma: Sou um fantasma. Alguém definiu muito bem: Um sopro., uma impressão. Mas na minha propria casa. O telefone toca. Tento me forçar a sair de casa. Mas os fantasmas costumam ficar na casa em que morreram. Lhes dá mais segurança. Do outro lado da linha, a medium insiste. "Vamos ver. Se decidir algo, te ligo". Tento ouvir música, mas Cássia canta: "Ando por aí querendo te encontrar.". Desisto. Volto ao silêncio. É menos dolorido. Minha cabeça está erguida. Só não vê, não fala, não pensa. Só sente: Frio. Além do externo, um frio por dentro, típico dos fantasmas. Agora nem mais a conversa lacônica. Completamente só. Ligo novamente o som: Nirvana: Dazed and confused. Também sinto saudade do desconhecido, mas há muito imaginado, e que agora nunca virá a ser. (Vinícius: "Para viver um grande amor"). O frio aumenta. Mais um cigarro. Esse, pra tentar aquecer. Eu ando só, Vinícius. Não creio que isso vá mudar. Como a lua é nova, não me ofercece perigo (Pink floyd: I Wish you where Here). Não sinto sua falta. Sinto sua ausência. Uma ausência que vei se prolongar pra além dos próximos 7 dias. Mas poucos chegaram até lá e demoraram-se pouco. O clima é arido, o ar rerefeito, a gravidade é pouca pre te segurar. Alguns, explodiram suas espaçonaves tentando. Outros, voltaram no meio do caminho. Mas isso não dói mais.(Muddy Waters: Mannish Boy) Trás apenas uma melancolia serena. Não quero mais ve-la. Ela tb não pode me ver. Além de estar muito, muito longe, sou um fantasma. Nem todos podem ver fantasmas. Principalmente os que não querem. Edith Piaf: Je Ne Regret Rien. Eu sim.Por isso, jogo fora os restos dos morangos mofados, mas eu sei onde eles nascem. Janis grita no meu ouvido: Take another little piece of my heart. Mas tudo já foi tirado. Não se acha mais nada. O coração de um fantasma é frio também. Não, eu não gosto de sofrer, ao contrário do que me dizem. Não é meu sonho de infância. (Red Hot Chilli Peppers: Californication) Queria ter a vida cheia de luz e calor. Mas não é assim que é. E não digam que não tentei. E fico aqui, assombrando minha própria casa e existência, sentindo um frio que me corta por dentro, sozinho numa casa escura(Maysa: Ne Me Quit Pa), pensando nos morangos mofados. Não estou me lamentando. Estou constatando isso. Um fantasma. (Cassia Eller: 1º de Julho). Ninguém sabe e ninguém viu que estava ao teu lado então.

Hj eu acordei com essa música na cabeça e ela é a primeira que toca no meu winamp do demo...

Obrigado (por ter se mandado)

Cazuza

"Obrigado
Por ter se mandado
Ter me condenado a tanta liberdade
Pelas tardes nunca foi tão tarde
Teus abraços, tuas ameaças

Obrigado
Por eu ter te amado
Com a fidelidade de um bicho amestrado
Pelas vezes que eu chorei sem vontade
Pra te impressionar, causar piedade

Pelos dias de cão, muito obrigado
Pela frase feita
Por esculhambar meu coração
Antiquado e careta
Me trair, me dar inspiração
Preu ganhar dinheiro

Obrigado
Por ter se mandado
Ter me acordado pra realidade
Das pessoas que eu já nem lembrava
Pareciam todas ter a tua cara

Obrigado
Por não ter voltado
Pra buscar as coisas que se acabaram
E também por não ter dito obrigado
Ter levado a ingratidão bem guardada

Pelos dias de cão, muito obrigado
Pela frase feita
Por esculhambar meu coração
Antiquado e careta
Me trair, me dar inspiração
Preu ganhar dinheiro"



terça-feira, agosto 06, 2002

Mari vou roubar descaradamente seu post. Me perdoôa, mas tô tomando pra mim. É meu e ninguém tasca!!!!



Beijão!!

A Goiabeira ou A Morte do Amor



Depois de ser excretado impiedosamente pela Esfinge, nosso herói vagueia pelo deserto, sem rumo. A sua ida até ali estava arruinada, e ele não esperava mais nada além do encontro com a morte. Durante dias, o silêncio imperava, e o mais interessante que tinha acontecido foi um diálogo com uma miragem:
- Oi! Que coincidência te encontrar aqui!!
-Pois é, menino... De férias nada pra fazer... E vc?
-Ah...- deu um muxoxo nosso herói – Eu vim pra enfrentar a Esfinge, mas ela tava meio doida.
- Ih, menino!! Ela é assim mesmo!! É de lua. Tem hora que endoida de vez!!! Tem nada não, fica um pouco aqui comigo.
-Tá bão... To meio perdido mesmo...
-Chega mais perto...
Depois de alguns minutos, ele diz:
-Sabe que vc me lembra um pouco a esfinge?
Mas ela tinha sumido... Desapareceu como tinha vindo. Na esperança dela voltar, ele resolve deixar uma lembrança, um presente: Um pingente sem forma definido, que um conhecido disse que ele tinha feito, mas era do mundo.
Vagueou sozinho por mais dois dias sem encontrar nada, naquela aridez, um silêncio sepulcral, esperando encontrar um oásis. Parecia que aquele deserto não tinha fim. E ele impaciente:
-Putz, a morte só atrasa na minha vez?!?!
Naquela noite, quando tentava amenizar o frio, encontrou novamente a miragem. Foi um baque. Nunca esperava encontrar a mesma miragem num deserto tão grande.
-Que diabo ela ta fazendo aqui? – pensou.
Ficou em choque por uns minutos. Ela tb pareceu surpresa, mas ele não conseguiu descobrir o que ela sentiu. Mas parece que não tinha mais nada pra se falar. Se olharam, cumprimentaram meio frios e com e viraram de costas um pro outro. Qd estava quente o suficiente, ele resolveu ir-se embora e saiu sem olhar pra trás. Mas tinha chegado a hora dela tb ela se levantou, veio falou com ele, meio timidamente, meio trôpega, e seguiu seu caminho.
Acordou com de um sonho com o sol nas fuças. Foi um sonho bizarro, como tudo naquele lugar. Sonhou que estava numa praia, de armadura e tudo. O sol iluminava tudo, mas, ao olhar pra cima pra contemplá-lo, viu que era a Lua que estava lá. Achou meio estranho parou pra três anões que passavam, cada um com oito cigarros em cada mão que cantavam: “Lá vem o sol, tchutchura, lá vem o sol!! Eu já sei!”.
-Hei, é impressão minha ou é a Lua que está lá em cima?
Os três responderam ao mesmo tempo:
-É. É a lua: “Lá vai a lua, tchutchura, lá vai a Lua”.
-Mas isso não é estranho?
-Estranho é vc com essa cara de bundão olhando lá pra cima.
Tragaram todos os cigarros ao mesmo tempo, soltaram uma baforada na cara dele e recomeçaram:
-“Lá vem o sol, tchutchura, lá vem o sol!! Eu já sei!”.
Ele se irritou com aquilo, pegou uma mamadeira e os derreteu com leite de avestruz. Deitou-se na areia e ficou contemplando a Lua. Mas poucos instantes depois, ela começou a amarelar, a esquentar e aumentar de tamanho. E ele acordou com o sol nas fuças. Levantou-se, porque tinha que levantar, e olhou ao redor. Não que esperasse encontra alguma coisa, foi por instinto. Mas encontrou. Lá longe, quase a perder de vista, viu uma árvore. Tomou um susto. Ela não estava aí ontem.
-Bom, tenho nada pra fazer mesmo.
E se arrastou até ela. Chegou muito mais rápido do que esperava, como se corresse freneticamente ao invés de se arrastar. Foi chegando mais perto, e já podia vê-la nitidamente:
-Hum... Outra miragem... Uma goiabeira. Como uma goiabeira ia crescer aqui?
Chegou sob a sobra da goiabeira, que não diminuía em nada o calor que estava sentindo. Olhou pra cima procurando alguma coisa pra comer e teve certeza:
-É. É uma miragem. Nascem morangos ao invés de goiabas.
-Miragem é sua mãe!
-E é nervosinha!!! Olha, minha filha, tu é uma miragem. Uma goiabeira que nasce nessa secura e que, ainda por cima, dá morangos? Só pede ser miragem.
-E tu? Um cavaleiro sem cavalo? Também é miragem?
-Mas como é burra... Não sabe que sou um cavaleiro andante? Portanto, tenho que andar.
-E depois eu é que sou burra... Aliás, burra não. Burro.
_Ih... é sapata, é?
-Não, cretino. Mas meu gênero é masculino. Sou uma goiabeira pq sou seu.
-Meu?!?! E o que és?
-Ai meu deus... Tem gente que passa a vida me procurando e o espertalhão aqui nem sabe quem sou... Descubra.
Lembrando da sua aventura com a Esfinge, ele recuou instintivamente e gritou:
-Não!! De novo não!! Não sem luta!!
-Putz... Mermão, eu não sou a Esfinge não. Não vou te devorar. Pelo menos, não da forma convencional...
-Olha lá!!! Eu sou macho!!
-Eu não tenho sexo.
-Coitado... Há quanto tempo não tem sexo? E não tem nem mão, né?Hei!! Como sabe da Esfinge?
-Bom, a primeira parte eu vou ignorar. A segunda é... Bem, andei dando uma passada no coração da Esfinge, a seu mando, pra ver se podia germinar lá, mas não deu. O solo não tava preparado pra mim.
-No coração da Esfinge? Eu mandei?
-Mandou.
-Mas nem te conhecia antes!!
-Conhecia, mas de outra forma.
-E porque pro coração?!? Já sei!! És o colesterol!! E na minha enorme sapiência, mandei-te pra lá pra que pudesse derrotá-la e eu poder passar!!!
-Puta que pariu, meu filho!! Tu é nasceu burro assim mesmo, ou fez faculdade pra isso? E vc sabe que não queria derrotá-la... Nem queria passar... Aquilo foi uma desculpa pra chegar até ela... Vc queira era ficar ao lado dela... Contemplado... Sentindo sua presença...
Estupefato, nosso herói ficou sem palavras. Aquele era seu grande segredo. Não havia contado a ninguém. Como uma porra duma goiabeira que dava morangos no meio do deserto poderia saber aquilo?
-Como? Como eu sei? Sei pq estou dentro de vc.
-Epa, mermão! É a segunda vez que vc vem com esse papo estranho. Já lhe disse que sou macho. Se vc tá sem sexo há muito tempo, o problema é seu.
A goiabeira desceu a galhada nele. Escolheu um dos galhos mais fortes, com mais morangos e picou a porra na cara dele. Nenhum dos morangos caiu. Ele não deveria ter sentido quase nada, a armadura deveria ter protegido. Mas sentiu uma dor aguda, no fundo do estômago (a porrada não tinha sido na cara?) e demorou pra se recompor.
-Desculpa, mas vc, mereceu.
-Pq? – perguntou nosso herói, tentando disfarçar a dor.
-Pq és muito estúpido. Fica falando absurdos e não sem nem ao menos quem sou!?!? E fui criado por vc!!
-Olha aqui, Mestre dos Magos, sem mais enigmas. Da última vez, me dei mal. Fala duma vez que porra que vc é.
-Tá bom... Que coisa mais sem graça. Bom, lá vai: Sou o porque da contemplação. A razão da sensibilidade do toque. Sou o que dá morangos ao invés de goiabas. Sou o único e real motivo pelo qual vc veio procurar a Esfinge.
-Ah! Se foda!! Cansei de seus enig... – e ele entendeu... a verdade nua na sua frente. Era ele!! O motivo do seu desespero! A razão pela qual estava ali, perdido num deserto, sozinho, sem comida, nem água! Uma raiva surda cresceu do seu estômago, ainda dolorido. Foi subindo até lhe deixar com um no na garganta e embotar os sentidos. Só pensava em vingança. E, num ato de desespero, decidiu matá-lo.
-Não conseguirás.
-Ah não, filho da puta?
E num golpe só, dilacerou a goiabeira por completo. Ela caiu, sem um ruído, no solo. Os morangos começaram a murchar. Ele estava pronto pra cantar vitória, quando a goiabeira desapareceu por completo e uma dor, ainda maior, muito maior, no seu estômago, o fez curvar-se pra frente. A dor estava a se tornar insuportável, ele já sentia que ia desmaiar quando algo subiu pelo seu estômago, queimando seu esôfago, garganta e boca e vomitou desesperadamente. Sentindo que algo sólido saia de sua boca ele enfim desmaiou. Qd acordou, procurou vestígios da goiabeira, mas tudo que achou, foi uma semente amorfa no solo. No mesmo instante em que seus olhos tocaram a semente, ela vibrou um pouco, se enterrou na areia e começou a crescer. Ele recuou assustado, sem acreditar no que via. Ali estava ela de novo. Na sua frente a Goiabeira. Viva. Sem um arranhão.
-Eu te disse...
Desolado, levantou-se pesadamente, pegou sua espada, embainhou, olhou pra goiabeira uma última vez, virou-se de costas e saiu andando. Mas tinha a nítida impressão de que não conseguia se afastar da Goiabeira. Sentia sua presença por todo lugar. Sentia ainda mais forte dentro de si. Olhou o horizonte e pareceu-lhe que via a miragem, afastando-se dele e caminhando em direção a Esfinge.
-Afinal, eram a mesma pessoa...
Sentou-se e chorou.



(Créditos da idéia dos morangos num pé de goiaba a Vitor Freire)

segunda-feira, agosto 05, 2002

Mesmo assim, ainda preciso ir me embora daqui... Me tornar uma ilha. Um "suicídio temporário" como acabaram de me dizer. E, sinceramente, sem dramas, não sei se sentiriam falta.
Ah!!! Voltando do Porto da Barra! O Sol me acompanha!! Fui com Lída e Carol (outra Carol, uma "nova" Carol que conheci hj). Mais risos, piadas, alegrias, um banhozinho de mar gelado no porto, saudades de Lídia que vai embora amanhã ( Ela mora em B.H., mas é daqui), torcendo pra que ela volte de vez em janeiro. Obrigado meninas. Depois da briga fuderosa que tive com meu pai, nada melhor. Com direito a Por-do-Sol aplaudido pelas praia inteira... O mais lindo Pôr-do-Sol de Salvador (concorrente direto com o do Solar do Unhão). O céu sem uma nuvem, e ele morrendo lá atrás de Itaparica... Só isso já paga a vida...



Ê vidão, não acaba não!!!!

Bem, esqueçam o último post. quer dizer, leiam o texto mas não cliquem no link. Deu pau. Aqui vai o link certo. A Colheita Maldita. (cliquem com o botão direito e em "salvar como")
Isso é Render Movie. Um movimento que uns amigos criaram. A proposta é a seguinte: Enquanto o filme trabalhado ou as foto renderizam no cpu, é feito um filme, sem roteiro, sem iluminação, sem edição, sem atuação e o resultado é esse aí. Todas as tomadas e planos sequencians são feitos de primeira. Em breve, um Render Movie estrelado por mim!!!

domingo, agosto 04, 2002

Só pra resaltar: Vinícius estava errado. O correto é: A vida é a arte do desencontro, embora haja tanto encontro pela vida.

Ah!! Dias de luz, festa de sol, e um barquinho a deslizar, no macio azul do mar Assim foi meu dia ontem. Descobri que praia é uma coisa boa. Solzinho maneiro, acordei cedo 09:00 com Jessica me ligando: "Acorda, menino!!" Surpreendentemente acordei, apesar de ter ido dormir as 04 da manhã na noite anteiror. E acordei empolgado. Tomei meu banho, tranquilo, fui buscar as Meninas. Claro que tudo atrsou, Lídia perdeu o dinheiro na própria saia e chegamos lá umas 11 horas. No caminho, ligamos pro Famigerado Jaga, e ele já tava em vila: "Vem pra Odoyá". Nem fodendo. Vilas tá foda dia de sábado. Mas ele acabou indo pra onde fomos. Barraca do Gaucho. Praia do Falmengo. Uma barraca legal, dum gaúcho que veio pra cá e odeia pagode axé e coisas do tipo. Ontem a seleção musical não estava tão boa, mas só o fato de não ouvir nenhum "ordinária", "desce mainha" e coisas do tipo, valeu a pena. O Famigerado Jaga já estava lá, com dois amigos (bem que desconfiei...). Um deles eu conhecia, era irmão dum ex-colega meu da escola. Bom, dia típico de praia: Banhozinho de mar gelado, se esquentar no sol, banhozinho de novo, cervejinha (eu só na coca-light e água de coco) acarajé, cigarrinho e num, dado momento, blues. Já ouviram blues na praia?!? Putz, é muito bom... Ouvir B.B. King mandando aquela guitarra pra o puta que pariu!!! Muito bom... altamente recomendável. Rir, falar merda, queijinho na brasa, enterrar o pé na areia, banho no chuveiro pra refrescar, um marzão azul, lindo na sua frente e, pasmem, eu tomando sol ( protetor 30, é claro...)l!!! (quando voltarem , Ingrid e Vitor, voto em marcar!!)Do frescobol, não tomei parte. Ainda não mudei tanto pra virar a atleta... Bom, foi um dia muito bom, como eu nunca achei que pudesse ser um dia na praia. Acho que vou fazer disso um habito. Nem que vá com minha companheira habitual, a solidão, todo sábado pra barraca do Gaucho. Se tiver dinheiro, é claro. Quem quiser, já está convidado desde agora. Só uma coisa estragou um pouco a tarde...



Como disse antes, tinha marcado pra fazer minha tatuagem ontem... Mas Melissa, que ia comigo, me deu bolo. não me ligou. E como tava com o celular cortado, não pude ligar pra ela. Mas bobagem. Depois isso se resolve.



Chego em casa, com aquele cansaço gostoso de sol, vim checar meus e-mails. Dois e-mails agradáveis: Tabata, uma amiga virtual de São Paulo e que eu estou ajudando a resolver um problema que ela teve no template (vc não é mala, menina!), me deu um gesto de confiança da porra, e Lara, uma amiga pernambucana... Lara no blog em abril (desça, lá no fim da pg, abaixo da foto do sol. Olha o sol de novo...). E meu Winamp do Demo começa a toca "Praiera" do Chico Science bem na hora que escrevo dela... Meu winamp é do Demo... Explica-se: conhecei Lara numa formatura aqui em Salvador. Conversamos uns 30 minutos. Os melhores 30 minutos daquela formatura... Nos identificamos pra caralho. E conversamos muito sobre Chico Science... Sei lá... Bom, fato é que começamos a trocar e-mails (ela insiste em não ter ICQ) e acho que ficamos amigos. Ela lá e eu cá. Ia pra Recife pro Abril pró Rock, mas acabou não rolando... Pena... Bom, ela me mandou uma foto linda:





Linda vc, viu?

(meu winamp do demo... "alguém" entra on line no ICQ e White Stripes canta: "Whycan't you be nicer to me". Tem parte com o Demo...)

Fui dormir um pouco. Aniversário de Nandão a noite no Ao Léu: (MEU WINAMP É O DEMO!!!! CAKE CANTA: "NEVER THERE"). cheguei umas 22:00, a galera lá, entornando "enchendo o toba de chachaça" como ela mesma diz, eu me entupindo de Kronnenbier e coca-light, rindo pra caralho e...



... e eu achei que meus ciclos de encontros randômicos estava acabado, mas é claro que estava enganado. Os místicos/céticos tem muito que discutir nesse blog... Mas os rômanticos, desistam. Isso acabou. Estou endurecido.



Voltando pra farra... Mas um pouco de merdas, piadas, diversão, fumando parecendo uma caipora, decidimos ir pra casa de Leo Bola depois, verminar no playstation. Fui antes com Nandão, e tivemos uma conversa ótima. Passei a maior parte orientando horácio a instalar o ICQ na casa da namorada (as 03 da manhã...) via telefone. Qd fui jogar, tava morgado... joguei 10 minutos e fui pra casa. Feliz pra caralho. (Acho que vou desligar o winamp, ou tirar do shuffle... "Samba da Benção" e vinícius me grita: "é melhor ser alegre que ser triste... Eu sei, man, eu sei.)



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Conclusão do dia: Vinícius estava errado. Na verdade a vida é a arte do desencontro, embora haja tanto encontro pela vida. e na hora que escrevo isso, ele diz o contrário no winamp....Sincronia. Mas sincronia comigo

Saldo do dia: Positivo - A falta da tatuagem diminui o rank

Resoluções do dia: Ir pra praia todo sábado, barraca do gaúcho.

Frase do dia: "Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito"

Essa é pra vc, Ingrid



Daqui a pouco vc vai estar aqui...






sábado, agosto 03, 2002

Não sei como começar esse post, então ele vai começar pelo meio



...encontrei Dani e ficamos de nos ligar mais tarde, depois que eu retrançasse os cabelos, pra irmos a uma festa na UFBA. Como fiquei livre mais cedo do que pensava, saí com ela pro Iguatemi, pra ele receber uma grana que já tava fazendo falta. Lá, fechei meu cíclo de encontros randômicos coms as "vcs" do meu blog. O encontro foi com a "vc" do post raivoso do dia 30. Foi como era de se esperar. Ah sim!! é verdade!!! Pausa aqui, vamos voltar um pouco no tempo....



Depois que acabei de trançar os cabelos, não queria ficar na casa de minha mãe esperando Dani se arrumar. Estava no meu habitual baixo astral, junto com uma crise de mau humor. Fui dirigindo devagar, meio sem pensar e acabei parando na saí do Crsito (o daqui de Salvador), ali pela rua do Suan Loun. Peguei a direção de ondina, e aquele marzão, iluminado pelo sol de 4 da tarde, atraiu o meu olhar, sei lá.. Senti uma sensação estranha. Na altura do Clube Espanhol, Dani, misteriosamente pronta no horário, me liga. Faço o retorno, e volto na direção em que vim. Depois da curva do Cristo, tive uma visão. O Farol da Barra ao fundo, enquadrado pela Ilha de Itaparica e pelo Sol maravilhoso que fazia. A sensação veio de novo, com mais força. E entendi o que era. Felicidade, Alegria, Jubilo. E o melhor. Gratuito. Por nada. Simplesmente pela paisagem. Pelo sol, que há muito não via, ou não enxergava. comecei a rir, rir sozinho, numa sensação genuína de felicidade, só por ser. Foi bom. Dani Se surpreendeu ao ver minha cara sorridente (estava rabugento minutos atrás no telefone) perguntou o que tinha acontecido. "Nada. Só vi o Sol". "Tá, Zeba, conta outra". "Não, Dani. Foi só isso". e aquela sensação de alegria não me deixava. Foi bom. Alguém estava sorrindo pra mim, finalmente. E esse alguém, pasmem, era eu.



voltando...

Depois do encontro randômico, acertei os detalhes de minha nova tatoo, que deve surgir amanhã. Depois, eu e Dani ficamos esperando o problema do dinheiro ser resolvido. Com dinheiro na mão, rumamos para o PAF, festinha rock'n roll .Tudo que eu precisava, apesar da primeira banda ser fraquinha... Dani arrumou logo o que fazer com a boca ( aliás, sem moral nenhuma pra falar sobre homens mais velhos... Um moleque, coitado...) e eu papeando com Edney, um brother da Faculdade e ouvindo música. Fui deixar os dois em cas e vim pra minha, já dada a noite por teminada. Bem cedo, uma 22:30. Tava aqui, todo relaxado, me preparando pra o banho de fim de noite e o cel toca: Jessica. "Tamos aqui no de passagem, vem pra cá". "Quem?" "Eu, Carol, Lídia e uma amiga nossa, Milena." Não me fiz de rogado. Não todo dia... O lugar era aberto, começou a chover pra caralho, fomos pro Veredas. Rimos, tiramos fotos, elas beberam, eu só na coca-ligth. E combinamos praia pra amanhã, se São Pedro colaborar. Quem quiser, pode me encontrar lá na Barraca do Gaúcho, na Praia do Flamengo.



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Conclusões do dia: Preciso de mais Sol em minha vida. De mais Sol e de mais mar. Menos noite e menos lua.

Saldo do dia: Extremamente positivo.

Resolução do dia: Este blog ia morrer, mas o sol o recussitou.


Não achei uma foto que prestasse do Farol de dia. Vai essa de noite mesmo...

sexta-feira, agosto 02, 2002

O amor deveria ser igual ao enjôo: Vc enfia o dedo na garganta, vômita o que te faz mal e vai deitar.
E o silêncio impera... Dessa vez, no mundo virtual... Sigh...

quinta-feira, agosto 01, 2002

Bom, tava com uns ingressos pro lançamento nacional do filme "Gregório de Matos" que, obviamente, fala sobre a vida do mesmo. Cheguei no cinema com minha eterna companhia, a solidão, pra assistir a película sobre o Boca do Inferno coma melhor das intenções. Vendo o público presente, desisti. Entre os digníssimos presentes se contavam o prefeito carlista, um ex-prefeito tb carlista, pessoas da alta sociedade burguesa, se olhando, se mirando, se medindo e querendo saber quem estava mais bem vestido. Pensei na ironia do fato... A poesia mais viceral de protesto que conheço, sendo assitida pela corja que ele tentou destruir séculos atrás. Não deu. Fiquei enjoado com aquilo. Fui embora. Queria que ele tivesse lá pra ver... Ia ser matéria de uns 100 poemas...

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Achei que fosse dígno de uma resposta... Um "não vou", mas uma resposta... O silêncio é pior do que tudo. Mas parece que agente perde a dignidade com os morangos... Mas já era uma coisa esperada. Nenhuma surpresa.

"Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou
com dous ff o explicou
por estar feito, e bem feito:
por bem Digesto, e Colheito
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer, que esta terra
De dous ff se compõe.

Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta,
e quero um tostão perder,
que isso a há de preverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem
Esta cidade a meu ver.


Provo a conjetura já
prontamente como um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são B-A-H-I-A:
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter,
pois nenhum contém sequer,
salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder. "


Gregório de Matos

"Vive com todo o ardor de que fores capaz e a essa paixão entrega, em êxtase, teu Ser. Ah! Bem pior do que a dor vivida, podes crer é a dor de não poder vivê-la nunca mais!"
(J.G. de Araújo Jorge)


Soneto da Lua



Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos languidas, loucas, e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impúro, como o bem que está nos puros ?



Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruím
E tão fatal para os meus versos duros?



Fugáz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:



E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina lua !"

V.M



Acho que voltei a fumar...
Eu acho que vou querer um...





Paulo Coelho é Imortal. E a literatura fica mais moribunda...