terça-feira, outubro 21, 2003

É... É seu sim.. Esse post é seu... De mais ninguém... Só seu. E se alguém reclamar, pode gritar que é seu. É pra vc e por vc. E eu nunca mais vi os óim do meu amor.

segunda-feira, outubro 20, 2003

Esse post era pra ter vindo no sábado, umas 14 da tarde. Mas minha internet tá cortada e tive que esperar pra hj, na casa duma amiga. tinha tudo na cabeça, tudo o que eu ia escrever. Foi-se indo, o escrito e a cabeça. Perderam-se os dois em algum canto obscuro do universo e preciso de um pouco de tempo pra recuperar, se não ambos, pelo menos a cabeça. Ela que é a que mais sofre nesses 25 anos, pediu arrego dessa vez. Enfim. Sabe qd vc toma uma decisão que acha que vai dar um novo rumo a sua vida? Sabe qd finalmente olha pra algo e diz: "Seu tempo acabou. Vou em frente." Pois é. Cheguei em casa na sexta. De madrugada. Tava feliz, bem, bem mesmo. Tudo tava indo bem. Olhei ao redor, com olhos ébrios e vi a foto no porta retrato. Vi. Olhei, ela me olhou de volta. Acho que a tal da foto sentiu no meu olhar que seu dias estavam contados, pq me olhou de volta com ar de súplica, implorando por mais uns instantes em sua já moribunda existencia. Sustentei meu olhar de carrasco. Ela se recolheu, a foto, tentou se esconder atrás das outras, mas eu, implacável, passo a passo, avancei em sua direção, resoluto. Ela já estava morta. Era, na verdade, um monumento póstumo. Travamos uma breve luta, mas venci facilmente. Era a minha vontade, um ser vivo, contra um cadaver. Até injusto, mas necessário. Depois da vitória, peguei o corpo, já sem vida alguma e o joguei na sua cova, donde provavelmente não há exumação. Depois da vitória, um cigarro, um sorriso, uma esperança e o sono dos vitoriosos. Mas o sono... Os sonhos... Os sonhos que são frestas do espírito e frequentemente, de outros espíritos... Sonhos, tenso, ruins, tristes. Sonhos de afastamento. Sonhos em que a espada que me fez ser vitorioso contra a foto cadavérica, caia da minha mão. A noite inteira, nas nebulosas de morfeus, ela caia, sumia, quebrava, enferrujava, perdia-se... O objeto da minha vitória, o motivo de me sentir tão vivo, aquilo que me permitiu catar os despojos do monumento póstumo fugindo, deliberadamente, por vontade própria. Se indo... Se indo... Acordei, era só um sonho, telefone, era ela. Estranha, esquiva, fugidia, desliga. Só um sonho? Tensão, telefone... Telefone... E ela caia... Sumia.. Quebrava... Enferrujava... Perdia-se... E eu perdia-me junto... Lá, da sua cova, ouvia a risada sarcástica do defunto. Perdia o post e a cabeça... Ela sabia, a foto, que pra ela não havia ressucitar. Mas rejubilava com minha perda. Justamente com a perda que a matou. Saí de casa, precisar de ar, precisava parar de ouvir aquele riso de escárnio, precisava me esquentar. Aquela casa estava muito fria... De nada adiantou. O frio estava em mim. Eu estava gelado. Voltei. Mais risos, deitei na cama, fechei a porta. Escuro, frio, silêncio... Aquilo tudo me parecia familiar.. Enquanto pensava isso, ouvi uma vozinha fininha, vinda da esquerda.. Era o último suspiro da foto morta. Antes de expirar, ela riu de fininho e completou: "Claro que é familiar. Essa é sua cova." e foi-se...



Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico
como saudosa lembrança
estas memórias
póstumas


sábado, outubro 11, 2003

Seja um canalha. Não seja um Zeba. Se for um Zeba, seu passe não valerá nada. Já um cnalha está cotado... Milhões...

quarta-feira, outubro 08, 2003

Solidão. Por mais que se esteja rodeado, ela sempre vem. Caralho!!!! Sempre uma brecha. Na verdade, eu sou só. Eu só tenho eu. Mas ninguém. Só posso contar comigo o tempo inteiro. Na verdade, quase sempre estou só. Mesa de bar, festa, trabalho, casa. Sempre. Pouquíssimos momentos ela não está lá. Ou está descansando. Mas foda-se tb. Lá vou eu comigo mesmo. Foda-se. Vou seguindo. Tenho meu cérebro. Ele me acompanha. E vamos lá. Eu me basto. E quem não quiser assim, me esqueça.