quinta-feira, agosto 18, 2005

.. Bom, acho que vc deixou um fecho de aeVivem me dizendo pra escrever, mesmo que sejam ruim. Bom, aí vai. Mais uma tentativa de voltar aos "bons tempos". Não muito boa, admito, mas talvez valha a tentavia. Quem sabe um dia eu mude o final?
No principio não havia nada. Apenas o silêncio mergulhado nas brumas da não-existência, cercado pela escuridão além da memória e da compreensão. Então, num instante infinitesimal, perdido para sempre nas memórias quânticas, houve luz. O universo surgia em todo seu esplendor. Partículas primordiais dançavam e se agrupavam, nascendo e destruindo, morrendo e criando. Então, surgiu o Verbo. E aí foi quando começou a fuder tudo. Bom, não exatamente quando o Verbo surgiu. O problema foi o que veio depois: O Tempo. Mais especificamente os Tempos do Subjuntivo, porque o Indicativo até dá pra encarar. As notícias do Primeiro são vagas e imprecisas mas, dizem, chamava Imperativo. No início, limitou-se a observar e tentar organizar o andamento das coisas, guiar quarks, neutros e fótons a seu bel prazer. Sentindo só, porém, criou o Tempo. O Indicativo pra ser mais preciso. E viu que era bom. Vieram o Presente, o Pretérito Perfeito e o Pretérito-Mais-Que-Perfeito. O Futuro não, pq o Futuro a Deus pertence. Olhando a magnitude da sua obra, O Primeiro cedeu à soberba e criou o Subjuntivo. Surgiu, assim, Pretérito Imperfeito. Do subjuntivo, é claro. O mais poderoso dentre todos os Tempos, mas com uma inveja e cobiça escondidos em sua conjugação. Por esses dias, Imperativo criou sua obra máxima: Um pequeno planeta na órbita de um pequeno sol, esquecido nos confins de uma insignificante galáxia. Todos se maravilharam com sua obra e, mesmo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, admiraram-se com o poder e a magnitude de tudo quanto havia sido feito. Mas então, no sexto dia, Ele cometeu seu primeiro erro: Os livros de auto-ajuda. Por todo panteão se cochichava sobre a senilidade e a incompetência do imperativo. Uma rebelião se formava e Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (doravante conhecido como P.I.S) formou uma delegação de Tempos e pediu uma audiência com Ele: “Senhor, tem certeza sobre essa história de Livro Sagrado? Quer dizer, as pessoas podem interpretar tudo errado, vc sabe como essa gente é... Eu faria diferente, se fosse o Senhor. Essa tal de Bibl...”. “Mas não é eu. Será assim.” “Senhor, não é eu não é o corre...” “Suma daqui! Não me corrija! Eu sou o que sou!”. P.I.S recolheu-se humildemente e retirou-se. Parecia que a sede de poder havia, finalmente, dominado Imperativo e ele começou seu devaneio criacional: Cerveja sem álcool, Celine Dion, a Cruz, todos os devaneios Imperiais, potenciais destruidores do universo, vinham insuflar os ânimos dos rebeldes. Então, num ataque de loucura e embriaguês, Imperativo chamou um jovem e disse: “Hamurabi, aqui estão as bases pra que, no futuro, os Advogados surjam. Eles serão os porta-vozes do Imperativo neste planeta”. Então houve um clamor nos céus e na Terra. Revolta, massacres, morte e destruição. Sangue, saques, pilhagens. O planeta estava entregue ao deus dará, mas ele não deu. P.I.S tomou pra si as rédeas da revolução e voltou à presença Dele: “Senhor, me perdoe, mas creio que o Senhor não sabe mais o que nesta fazendo. Sou obrigado a pedir, em nome de muitos, que se convoque uma eleição.” ELEIÇÃO?!?!?! Você está louco? Não haverá eleição alguma. Eu sou o imperativo. E digo que não haverá!”.” Bom, infelizmente pro senhor, os advogados serão criados. E digo que, de acordo com o que eles dirão, haverá eleição. Mesmo que seja em juízo. E que seja o ultimo juízo dentre todos o que ocorram. Considere-se em campanha.” E aí... Bom, e aí como são 06:30 da manhã e o whisky acabou, Ele chamou Pretérito Perfeito e disse: “Fudeu”.

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