quarta-feira, outubro 06, 2004

Inaceitável. Uma fresta no sistema. Nem bom, nem ruim, apenas uma situação atípica num sistema acostumado à rotina da previsibilidade. Uma falha na matrix, um desbalanceamento da equação. A quebra do padrão, onde o padrão é a garantia de segurança, onde o protocolo evita ao máximo os sobressaltos do passado. Um não-padrão imprevisto, numa realidade onde a segurança é perseguida e forjada através da previsibilidade da padronização. Ele representa a falha. Expõe a debilidade e a falta de preparo do sistema de lidar com situações que não são prévia e meticulosamente conhecidas. Pacientemente, espera. E só. Apenas espera. Tenta se tornar "aceitável" de todas as maneiras. Mas a sua Nova York está fechada para ele. As suas tentativas são vãs. Como um órgão mal transplantado, ele é “sistematicamente” rejeitado pelo organismo receptor, que tenta expulsar o invasor. Na ficção, os finais são felizes. Aqui os sistemas de padrões são implacáveis, ele voltará para casa, expulso, eliminado, destruído, com sua lata da pasta de amendoim na mão. E a rotina da previsibilidade daria novamente estabilidade ao sistema. E para o bem estar desse funcionamento, a lembrança da falha seria eliminada dos seus registros...

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