quinta-feira, dezembro 30, 2004

Ah!! Aqui está ele! Augusto. Sempre sabe o que (me) dizer. Leiam isso e gritem: Gênio, por onde andastes? Claro e direto. Quem tiver ouvidos pra ouvir, ouça.

"A Louca

Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.

Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.

Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso -
O segredo d’um peito torturado -

E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta."

Augusto dos Anjos (Sempre é bom creditar, não vão os outros achar que quero roubar a autoria do poema)


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