E os traficantes fecharam o comérico, avenidas, escolas, bancos. Não tinha como sair de casa. Nem chegar na rodoviária. E eu perdi o ônibus. E a passagem, não dava pra remarcar. Volto amanhã de avião. Provavelmente, no vôo das 15:30 da GOL.
segunda-feira, setembro 30, 2002
domingo, setembro 29, 2002
São os trapos do coração
a escorrerem caminhos afora
trapos e tripas
vomitados em golpes escuros
sobre os tetos frios destas
noites
trapos e tripas
tripas e trapos
fitas e fitas
f a r r a p o s"
Diva Cunha
Extraído do Posta
Você é "O sétimo selo" de Ingmar Bergman. Você é intelectual, preocupado com ocultismos. E além de tudo é um mistério!!
Faça você também Que
bom filme é você? Uma criação deO
Mundo Insano da Abyssinia
Essa noite eu sonhei... Sonhei a noite inteira com uma pessoa. A noite inteira, pulando de sonho em sonho, de enredo em enredo, mas sempre com a mesma pessoa. Uma pessoa do passado, distante não só fisicamente. Sonhos bons, agradáveis, de felicidade, do que poderia ter sido. Acordei melhor. Obrigado por estar nos meus sonhos.
sábado, setembro 28, 2002
Desculpem o próximo post. Não é um post alegre. Longo, chato, um pouco dramático e mau escrito. Mas eu precisava desabafar. Só colocar pra fora. E juro, juro, juro, juro, juro que minha intenção não era magoar ninguém, nem fazer draminha pra ninguém ficar com pena de mim, nem me fazer de coitadinho, essas coisa. Só precisava vomitar o que estava sentindo. SÓ isso! Não, em hipotese alguma!!, ele quer funcionar como uma cobrança! Repito: NÃO é isso. Agente só tem que esvaziar um pouco as vezes. Por favor, peço de novo, NÃO me entendam mal!!!! Já me sinto melhor agora.
Bom, sexta a noite. Na verdade,12:34 do sábado. Como estou sem CPU, talvez o texto não flua no papel. Não sei como começar. Talvez com um desejo: Queria que minha vida fosse um filma com John cusack. E uma conclusão: Não é. Serendipity (é assim que escreve?) não é um lugar que exista no meu universo. Imagino porque meus olhos não secam. Porque a tristeza, volta com um soprriso de escárnio, e se instala confortavelmente. Ela conhece a casa. Velha companheira. Trás sua maiga, a solidão, outra velha conhecida. Essa volta cabisbaixa, com um olhar de desculpas, me dizendo que não tem pra onde ir, Será que posso ficar aqui? Pode. Porque não tem outro jeito. é assim que é. Longe de casa, sem amigos, sem ter com quem conversar (guga tá na rua), e sem olhos pra ver. É natural que fique triste, "carregado", me recolha, me enclausure. Sim, queria mais atenção. sim, era isso que esperava. Atenção, toques, carícias, sensações. Mas não veio nada disso. Uma repulsa unilateral, eu com um medo terrível de tocar, e uma sensação de vazio a cada olhar irônico. Um desespero a cada resposta minha, tomadas como um gesto brusco, como impaciência ou drama, e replicadas com... Secura. A mais simples das respostas, um "não tenho onde anotar o nº" recebe um "tá bom" seco seguido de um olhar ferino, irônico. Talvez eu seja cheio de "não-me-toques". Mas talvez eu ESTEJA assim. E esteja assim porque senti algo vindo do outro lado. Um adistância infinita, um afastamento quase que total. Vejo três pessoas que estão próximas e contentes por eu estar aqui. Ou melhor, duas pessoas e um cachorro. O Basquiat me adora. Mas ele não conto, ele adora todo mundo... E os olhos não estão incluídos. Soube que era por medo de sofrer depois, por estar com um pé atrás, por não querer estar 100% na relação. Problema explicado. Eu entrei com os dois pés, sem pensar no depois, pra tirar 100% de proveito do agora. Mergulhei de cabeça duma altura infinita num mar que descobri congelçado ao bater nele, e minha cabeça foi se quebrando no gelo e meu copr sendo cortado pelas lascasa que saiam e o frio me invadindo. Achei que era um problema de sentimento. De só eu sentir. Disseram que não, que o senimento era o mesmo e que se chateou por eu ter duvidado. . Mas agora, mas do que nunca, acho que o problema é o sentimento. Mas do que nunca, eu duvido. E vem uma sensação desagradável: Sabe quando você sente que alguém não quer lhe dizer alguma coisa porque você teria feito um sacrifício por algo? E essa coisa não existiria mais, mas não lhe diriam, com medo de lhe decepcionar, ou algo assim? Pois é. É o que vejo. Não existe sentimento, mas como eu vim de longe, essas coisas, é melhor não dizer nada, e ir levando até eu ir embora. That hurts. A lot. Me sentir um peso, um estorvo, ignorado. E tenho tanta coisa pra te dizer. Coisas boas, que agora não creio que sejam ditas nunca mais. Mas uma coisa eu preciso dizer. Uma coisa que não consegue ficar presa: Acho que a goiabeira se trasnformou nun grande olho azul que não enxerga. Não vou falar a frase com todas as letras. Primeiro, porque não acho que você queira ouvir. Ou ler. E depois, porque não preciso dela pra sentir. Mas acho que estou sendo claro o suficiente. Não? Bom, então la vai: sinto aquela coisa que não se defgine, mas que ja foi motivo para a construção de um cavalo oco de madeira. Pronto. é isso. Bom, o fato é que, se o dia de hgoje (sábado) for como eu sinto ele vindo, adiantarei minha passagem e voltarei um dia antes, no domingo. Isso implica numa série de vantagens: Livrarei alguém duma presença inoportuna, sairei da vida de quem quer que eu saia, e pouparei uma ida a rodoviária, já que os tambores estarão tocando. Acho que é o melhor que posso fazer por você agora. Acho que é o que você quer. Tentei fazer tudo pra te agradar. Juro que minhas rerspostas não eram impacientes, juro que me afastei porque achei que era o que você queira. Porque te senti distante e achei que fosse o melhor a fazer. Só senti meus olhos em dois momentos. e eles tinham algo em comun que é um pouco depreciador do sentimento exposto. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- (parte do texto cortada pra evitar mais confusão...) ...mas então vinha o outro dia. e o abismo voltava. e eu tinha certeza de que era um intruso indesejado. Talvez o pé atrás, o falta da porcentagem e o medo de sofrer, tenham sido justamente a causa do sofrimento aparecer. Não estou culpando ninguém. Talvez a diferença de expectativas ou, como acho mais razoável. de sentimentos. Ou falta de. PRa não fugir do clichê, a vida é assim. Tristezas e alegrias. O que importa é que eu vi, vim e perdi. Mas vim. Continuando com o clichê ( a vida é cheia deles), eu nunca vou te esquecer. Esse tipo de história, não se esquece. Não importa se acabou bem ou mal, ou se acabou mesmo. Aquel sentimento de tróia vai demorar de passar. Mas como sempre, um dia, sem que agente perceba exatamente como, ele terá ido e só deixado lembranças. E eu vou olhar pra trás e ver que um piercing foi o que restou. Minha vida, não é um filme com John Cusack.
Rio de Janeiro, 28 de Setembro de 2002
02:17 da manhã
sábado, setembro 21, 2002
Um fato inusitado surgiu na vida de José Serra. Luna me chamou atenção para o seguinte detalhe:
Quem tiver olhos pra ver, que veja...
sexta-feira, setembro 20, 2002
Algumas vezes, eu simplesmente tenho que acreditar em horóscopo: "Talvez seja um processo demorado e cheio de desafios, mas sua firme convicção interior, associada a receptividade para os bips da intuição garantem o sucesso da missão. Em alguns momentos, pode parecer que não sabe aonde vai e se distraia pelo caminho... Persista, porém, siga os elos da corrente, cumpra seu ciclo. " Previsão para o dia de hoje para Gêmeos ...
Querem o de amanhã? "O que você não está conseguindo fazer? Calma, pode ser só uma questão de organização, de gerenciamento de seu tempo e coisas que tais. Talvez, como acontece muito, você esteja pensando demais e agindo de menos. Para Gêmeos, versatilidade e simultaneidade são mais do que características, são talentos... Pratique-os já: ziriguidum! "
Ah! Para os desavisados, é provável que eu esteja indo pro rio amanhã, mas hoje, estou quase maluco com os problemas que tenho que resolver pra isso acontecer...
Em tempo: Previsão para Aquário: "Dedicação exclusiva, há quem queira e mereça a sua. Visitações a seu mundo particular e suas pessoas queridas serão bem recebidas e celebradas. Talvez você nem se dê conta, de tão absorto em suas mil e duas ocupações, às vezes você se exclui das relações, dos abraços e até de si mesmo. Não sente saudades? "
quinta-feira, setembro 19, 2002
Sabe aquela história de "melhor se arrepender do que fez do que se arrepender do que não fez"? Pois é. Hoje, me arrependo de algo que fiz. Porque diabos eu entrei naquele avião no Rio? Porque eu voltei? What fuck I'm doing here? Isso tá me martirizando desde o momento que o levantei vôo. Desde a primeira lágrima que chorei dentro daquele avião, com duas pobres moças que estavam do meu lado me olhando assutadas. Se bem que, se invertemos a coisa, o ditado acaba encaixando: Por eu não fiquei no Rio. Xi... Acabei de descobrir que esse ditado é uma furada. Ele pode ser invertido pra se encaixar da maneira que você quiser. Por exemplo: "Porque que eu não falei com um amigo que briguei antes dele se mudar pra Valdvostok Nor-boroeste?". Você teria se arrependido de algo que não fez. Mas se tivesse dito: "Porque eu deixei ele ir embora sem falar com ele?" o verbo "deixar" faria você ter cometido uma ação, feito alguma coisa de que se arrependeu. Bom, discussões gramaticais à parte, a minha volta está na lista de TOP 5 burradas da vida. Sabe aquele outro "Se arrependimento matasse..."? Eu seria notícia de jornal: "Jovem morre de arrependimento em vôo da Gol: O jovem Rodrigo Souza, mais conhecido pelo apelido "Zeba", morreu de arrependimento assim que o avião, que fazia o trajeto Rio-Salvador, saiu do solo. Testemunhas afirmam que, antes do óbito, ele chorou muito e nos momentos finais, gritava que precisava voltar, pois tinha deixado os olhos no Rio de Janeiro, o que, aparentemente, era um delírio moribundo, pois a vitima conservava os dois olhos intactos no momento da morte. A Gol não quis..."
Minha vida é a mais bizarra que alguém possa viver. Ou alguém anda ouvindo minhas conversas telepaticamente, ou Boa Noite do Djavan é a música mais procurada dos últimos tempos. E com a Luciana Mello cantando
quarta-feira, setembro 18, 2002
"Quer que as pessoas mudem? Mude sua atitude e o quadro todo se alterará. Apesar do geminiano ser hábil com as palavras, quando o assunto é ligado às coisas do coração, não raro, elas se escondem atrás dos lábios, atrás do peito, dentro do bolso, algo assim. Tudo bem, pare de procurar, não precisa falar para dizer."
Uma vez, me mandaram isso... Esqueceram de falar que se escondem atrás de um monitor...
Solidão é quando seu computador trava e você percebe que ele é a única pessoa que você tem pra conversar. Desespero...
* Porque eu sinto de novo essa coisa no peito? Porque o frio se torna intenso de repente? O cansaço me toma. Minha perna direito não mexe direito. Ando mancando. O estômago começa a doer. O peito do pé está dormente. A cabeça dói. O peito dói. Tento dormir e não consigo. Porque meus olhos não conseguem secar? Porque minha cabeça não consegue parar de pensar? Porque meu coração não consegue parar? Porque insisto em ser um estúpido? Porque continuo um chato, enchendo o saco das pessoas? Porque não faço o que é certo e o que seria melhor pra todo mundo? Porque não tenho coragem? Eu só queria ver, sentir, cheirar, me afogar. Por isso me atropelo nas palavras. Mesmo que tenha que me privar de outras coisas por algum tempo. Valeria a pena. Pra mim, pelo menos. Mas já não parece uma ideia tão agradável. Mas já não parece que vale a pena. E lá vou eu nos pensamentos insanos de novo. Porque tava com uma sensação ruim desde cedo? Porque tenho sempre uma impressão ruim? Porque continuo cantando sozinho?
* texto escrito a algumas horas, quando meu computador entrou em coma. Tinta sobre papel.
Acorda com um vazio ao seu lado. Não deveria ter ninguém ali, mas ele sente uma não-presença. Com a mente meio embotada, tenta se lembrar da noite passada. Breu. Não lembra de ter sonhado. Não lembra do que fez. Percebe que não lembra de nada. Nada da última noite, nem da anterior, nem dos dias. Não que tenha esquecido quem é, sua mãe, seus amigos, seu nome, essas coisas. Aliás, disso ele lembra até demais. Mas é como se a não-presença estivesse se extendendo por todo seu passado. É como se um plano nulo o tivesse seguido por toda vida. Acende um cigarro, ainda na cama, e levanta pra abrir a janela. Não consegue. A claridade o cega, como se nunca tivesse usado os olhos antes. Volta pra cama e fuma observando o ventilador no seu eterno girar, que não chega a lugar algum. Percebe que o som produzido está mais alto do que o normal, quase insuportável. Um zunido surdo que se forma dentro de sua cabeça. Música. Volume no máximo, guitarras distorcidas e o zunido entra no tom. Joga o toco no cinzeiro e olha as horas. Está atrasado. Não se irrita. Resolve não ir trabalhar. Não se alegra. Percebe então que, além do vazio, não sente mais nada. Nem frio, nem calor, nem dor, nem medo, nem alegria, nem esperança. No rádio, alguém canta: "uma emoção pequena, qualquer coisa". Nada. Lembra das pessoas que passaram na sua vida. As que o fizeram mal e as que o fizeram bem. E ainda as que não fizeram nada. Tudo é inútil. Tudo é uma sucessão de fatos que acabam no mesmo lugar. O celular toca, ele vê quem é. Do trabalho. Não atende. Acende outro cigarro. O telefone de novo. Ele já pega com palavrão escorregando pela boca, não por irritação, mas por hábito. Não é do trabalho. É alguém. Alguém que o fez bem. Não lembra da sensação, não lembra como é se sentir bem, mas sabe que foi assim que se sentiu. Mas agora, olhando o nome no visor, não sente nada. Joga o telefone no vaso, junto com o cigarro e dá descarga. A privada entope e regurgita o telefone, o cigarro e o que mais tinha no cano. A água fétida inunda o banheiro e molha seus pés. Só o soube porque viu. Não sentiu o toque da água, não sentiu o cheiro do esgoto. Abaixa e toma um longo gole, tomando cuidado pra sorver o máximo de podridão que voltou junto com a água. Não sente gosto, não sente nojo, não sente náuseas. Volta e deita na cama. Não sente conforto, mas permanece deitado. O rádio toca estática, mas não se importa. Fica o dia ouvindo a mistura de sons do ventilador, da estática e das baforadas. Olha as horas. O dia vai pro seu final. Não comeu nem bebeu nada, mas não tem fome nem sede. Percebe que o nada, o nulo também está no seu cérebro. De repente, ele percebe. Está morto. O coração bate, ele respira, ele vê, ele ouve. Mas está morto. Não há mais nada. Não se assuta. Não se importa, nem pergunta como aconteceu. Não acha ruim nem bom. Apenas morreu. Deitado, olhando pro ventilador, contempla a morte, como contemplou a vida. Como as voltas do ventilador, que nunca chegam a lugar algum. Apaga o cigarro, amassa a carteira vazia, vira e vai dormir.
terça-feira, setembro 17, 2002
I waited 'til I saw the sun
I don't know why I didn't come
I left you by the house of fun
I don't know why I didn't come
I don't know why I didn't come
When I saw the break of day
I wished that I could fly away
Instead of kneeling in the sand
Catching teardrops in my hand
My heart is drenched in wine
But you'll be on my mind
Forever
Out across the endless sea
I would die in ecstacy
But I'll be a bag of bones
Driving down the road alone
My heart is drenched in wine
But you'll be on my mind
Forever
Something has to make you run
I don't know why I didn't come
I feel as empty as a drum
I don't know why I didn't come
I don't know why I didn't come
I don't know why I didn't come
Voltei. Perdi a sanidade e voltei. Não vou escrever agora. Cansado, triste e com saudade. Saudade dos meus olhos. Saudade de mim, que ficou lá. Por enquanto, uma foto... A sua preferida... Lembrança de nós dois...
Outras fotos aqui
E uma música. Música que foi usado em outro momento, por outra pessoa pra ilustrar o oposto. Mas essa é a sua música. E agora, também a minha música.
All Star
Nando Reis
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias mas a Terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras,
Satisfeito, sorri
quando chego ali
e entro no elevador
aperto o 12 que é o seu andar
não vejo a hora de te encontrar
e continuar aquela conversa
que não terminamos ontem
ficou pra hoooooooje.
Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu All star azul combina com o meu, preto, de cano alto
Se o homem já pisou na Lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato
É isso. É isso que queria te dizer. É isso que digo pros meus olhos quando os olho. Vem...
sábado, setembro 14, 2002
sexta-feira, setembro 13, 2002
quinta-feira, setembro 12, 2002
P.S - Sintam-se a vontade pra me ligar. Sou eu quem vai pagar deslocamento mesmo...
See ya.
"Vai meu irmão, pega esse avião
Você tem razão
De correr assim desse frio
Mas beija o meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro lance mão
terça-feira, setembro 10, 2002
Ontem foi um dia difícil... O remédio tinha acabado. A velha e conhecida sensação de medo voltando.... Dores por todo o corpo, a perna dtendo que ser arrastada pra andar, as panturrilhas em brasa, a cabeça a mil. A viagem, estava me deixando doido. As mais loucas teorias conspiratórias vagando em minha mente. Cada uma mais mirabolante do que a outra. Um iterurbano na madrugada me deixou mais calmo. Não sei por quanto tempo conversamos, mas me acalmei um pouco. Não sei se já era efeirto do remédio, que ja tinha comprado. Acordei mais tranquilo, e fui cuidar dos primeiros preparativos, comprar algumas roupas. Andei por esses dois dias, pedindo sinais aos deuses, sobre ir ou não. Sempre que pedia, vinha um dizendo pra ir. Sempre que relembrava a hstória, sabia que tinha que ir, que tudo fora muito bem traçado, tudo muito encaixado, pra se desprezar. Para o bem ou para o mal. O mais estranho foi que, nos momentos de pânico, ansiedade e preocupação, eu só queria estar com ela, falar com ela, eu pensava nela. Sabia que ia ficar mais calmo se a ouvisse. Saudade... Coisa estranha. Coisa que não se importa com tempo. Destino. não sei. só sei que se for, tenho que enfrentá-lo. Tentar fugir, não adianta. Então, estou indo. Rumo ao desconhecido. Mas não posso mais deixar de viver por medo. Não posso mais ver as coisas passando, e virar as costas, me enfurnar em casa. É agora que fazemos nossa história. É agora que escrevemos nosso futuro. E o tempo é um só. Vou. desejem-me sorte. Hoje, mais uma vez, pedi um sinal. Uma vozinha no meu interior disse; "Não é suficiente?". Respondi: "Não!". Abro a página do Terra, e meus olhos batem diretamente no link do horóscopo: "O que você está procurando aí? Para que se analisar tanto e ficar se torturando com pensamentos circulares? Como as equações, seu inconsciente e seu emocional envolvem muitas variáveis: cuidado para não se enredar na lógica. Relaxe a cabeça e siga sua vida: daqui a pouco cai a ficha e você vai ouvir o plim." Não é suficiente? A Ro, que há muito devo uma visita, me manda, com sua experiência em materia de Rio: "...Mas a vida também passa. O que a gente precisa é viver. Sempre.". E a minha vida é minha. Meu futuro é meu.
domingo, setembro 08, 2002
Ela me ligou quando chegou lá. Ontem a noite. Uma ideia maluca de ir pro rio no próximo final de semana. Claro que quero ir. Muito! Mas não tenho como. Então eu vou checar meus e-mails quando acordo, e recebo um e-mail da Gol. Comprovante de venda. Quinta, 15:00. E ela tem um cachorro chamado Basquiat...
sábado, setembro 07, 2002
Não sei como começar. Fato é que essa foi uma das melhores semanas de que me lembro. Mas esse post vai ser sobre algo específico: Os Econtros Randômicos na minha vida e suas consequências. Talvez, se chame destino. Sei lá. A história começa duas semanas atrás, no show de Cidade Negra. Não lembro exatamente o dia. Bom, nem gosto muito do cidade, mas resolvi ir lá conferir o show. E, surpreendentemente, o show foi muito bom. Mas isso pouco importa pra esse post. O que importa é que, lá pelo meio do show, meus olhos encontraram o dela. Linda. Não vou descrevê-la. Acho que a grande vantagem da literatura (não que eu me pretenda um literário) sobre o cinema é que na literatura, você não tem uma imagem formada. Você lê e imagina uma mulher linda. No cinema, ela está lá e talvez ela não seja linda. Então, imaginem uma mulher linda. Bom encontrei lá, aqueles olhos. E eles encontraram os meus. E ficaram se encontrando por toda noite. Travei uma batalha interna com minha timidez, e perdi. Perdi, fui embora do show, com uma terrível sensação de cegueira. Fade in, corta pra quinta a noite. Show de Gil. Mesmo cenário. Subo as escadarias da Concha, no meio do show, pra pegar uma água. Na fila pra comprar as fichas, que eu já tinha, eles estão lá. Os mesmos olhos. Sorriem num sinal de reconhecimento. Sorrio de volta e, estupidamente, passo direto. Passo umas três, sempre com eles sorrindo e sempre minha timidez levando a melhor. Volto pra onde estava. Saco. Tento procura-los na multidão. O show acaba, as esperanças também. Sentamos, ficamos esperando a concha esvaziar. Meia hora se passa, e lá vamos nós, eu e o pessoal que tava comigo, rumando pra minha casa pra acabar a noite. E eles estavam lá de novo. Na subida das escadarias. Sorriram com mais intensidade, como um convite. Sorri de volta e... passo direto. Merda. Lá de cima, viro, brigo e dessa vez, levo a melhor sobre a timidez. Volto lá. Apresentações, sorrisos, olhares... Carioca, indo embora... Pouco tempo depois, meu celular no dela, precisei ir. Ficaria de esperar uma ligação dela mais tarde. Mas a bateria, caprichosamente, arriou sem que eu percebesse... Fade in, corta pra sexta a tarde. Chegando em casa, cansado, lendo um livro, deitado, já pra dormir, toca o telefone. Iguatemi, esperando o horário do ônibus, vem pra cá. Vou. 16:30, ônibus 21:00. Cinema? Cinema. Eu, tímido, não sabia como agir. Mas aconteceu naturalmente. Sem forçar, sem preparar. Aconteceu. E foi... Foi... Não sei descrever... Foi como entrar naqueles olhos... Azuis. Lindos. Depois, conversamos mais um pouco, nos identificamos mais um muito. E aqueles olhos... Aquele olhar... Não esqueço mais. Aquele olhar vai ser pra sempre meu. Foi tudo muito... Sei lá... Traçado, acho. Desde o início. Desde o primeiro show. As decisões que se toma, que desencadeiam uma série de eventos que culminam em algo importante. As pequenas decisões. Se eu ficasse um pouco mais pra esquerda no primeiro show, talvez não a visse. Se eu fosse comprar água 10 minutos depois, no segundo show, talvez não a visse. Se eu fosse embora 1 minuto depois, talvez ela já tivesse ido. Mas tudo, tudo encaixado. Toda a sequência de fatos que tinham que acontecer nos exatos instantes. Não sei do que chamar. E não sei se pouco importa o que é. Mas importa que foi. Na rodoviária, entro uma última vez naqueles olhos. Mas com a certeza absoluta, que voltarei a vê-los. Saudades. Incrível, mas saudades. Poucas horas de convivência, mas saudades. Sei que, ainda hoje, eles vão estar percorrendo essas linhas. Azuis. E sei também que aquele teu olhar vai ser pra sempre meu.
quinta-feira, setembro 05, 2002
Ontem assisti Cidade de Deus. Ia escrever o que achei do filme, mas acabei não conseguindo. Dei uma escapulida aqui e ela explicou melhor do que eu o que se senti. Só uma recomendação: Se você quer assistir, assista antes todos os outros filmes que você tambem quer ver, principalmente os filmes comerciais. Do contrário, ou você vai perder a vontade de ve-los ou vai ter a nítida impressão que Ed Wood dirigiu todos eles.
Em tempo: Cidade de Deus
quarta-feira, setembro 04, 2002
(Arnaldo Antunes e Alice Ruiz)
"Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada"
segunda-feira, setembro 02, 2002
Bom, a despeito do que era de se esperar, o final de semana terminou da melhor forma possível. Vídeo, coca, pipoca, cigarros, beijos, Pulp Fiction, risos, ruffles e uma improvável escova no meu cabelo, pra ver como é que fica. É lógico que não fica. Descobri que as boas notícias também vem de Aracaju. E final de semana termina agora, deixando a boa notícia na rodoviário. Com a certeza de não vir o vazio.
Em tempo: Não consegui pegar a ocorrência.... Impressora do Demo...