quarta-feira, outubro 02, 2002

Em casa. Soterópolis. E em casa, confirmo a magnitude da minha estupidez. Descubro, com clareza, que afinal, eu fui um imbecil. E descubro o porque. Dani foi quem finalmente acendeu a luz. Dois geminianos juntos, se entendem. Ainda mais, numa praia quase deserta, sem uma nuvem no céu e um mar sem fim à frente. Nós (eu e Dani) não sabemos como quando estmos felizes. Quando as coisas vão indo bem, fico perdido. é isso. Demorei, mas descobri. Talvez o costume com as coisas ruins tenha me despreparado pra os momentos bons. Então, instintivamente, recuo e ajo como se algo ruim estivesse acontecendo. Começo a enxergar coisas que não existem, a inventar teorias exdrúxulas, escrever coisas estupidas e sem sentido. Talvez pra , incoscientemente, criar uma situação ruim e me sentir mais "confortável", me sentir "seguro", sentir que, agora sim, as coisas estão indo "normalmente". Talvez pra preparar meu espírito pra merda, que segundo a minha cabeça insensata, vai acabar acontecendo. Aí o clima fica ruim, aí me afasto, aí entro numa encucação sem fim, aí fico achando que nada na minha vida da certo, sem perceber que eu faço isso acontecer. Aí deixo de viver uma semana do caralho pra encher minha cabeça com minhocas, perco um tempo precioso estragando tudo, deixo de viver o que poderiater sido a melhor semana da minha vida pra viver num mundo doentio que eu crio na minha cabeça. E pior, acabo jogando a culpa pra cima de outra pessoa. Derramo toda a carga em cima nos meus absurdos, derramando em quem eu envolvi nele. Faço um "desafabo" sem sentido, estúpido e grosseiro, magôo a pessoa que amo, e envolvo outras pessoas na minha loucura. Merda. E venho agora, com minha cara de imbecil, pedir perdão. Perdão pelo que falei, perdão pelo que devaneei, perdão pelo que escrevi. Não sei se adianta muito, mas preciso faze-lo. Não vai fazer o tempo voltar, mas vai fazer com que eu aprenda, não erre mais e viver, se possível, o resto da história. Pra que na minha pressa de julgamento, não elucubre demais, não encuque demais e não viage demais. Mas uma vez, cito o Dave: "Then I'm begging you/To forgive me/In my haste". Queria pedi perdão a todos os que envolvi, a todos pros quais eu fui antipático, calado, distante, omisso, enclausurado. Queria te dizer isso... Queria te dizer tanto mais, mas não sei como... Aprendi. E quando agente aprende, não erra de novo. E, independente de qualquer coisa, eu amo você. "E sei também que aquele teu olhar vai ser pra sempre meu."

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