segunda-feira, julho 01, 2002



Alívio. foram 4 anos sofrendo. Depois daquela fatídica tarde em que Zidane apareceu para o mundo, parecia que o pais do futebol havia pendurado as chuteiras. De lá pra cá, vieram a primeira derrota em eliminatórias, as derrotas pra Honduras, Chile e Equador a classificação na última rodada, 03 técnicos e um fenômeno a menos. Estávamos acabados. Passaríamos a viver das glórias do passado. Confesso que sofri. Gritei, torci, xinguei e ao final de cada jogo, me desesperei. Vi um desfile de jogadores vestir a camisa e entrega-la a outro. E a outro. Ninguém sabia o time de cor. Nem o técnico. Chamei o Scolari de burro por não chamar Romário e de maluco por convocar Ronaldinho. Vi a copa começar com o Brasil apenas em sexto na lista de favoritos. Erámos alvo de chacotas. Desacreditados. Também desacreditei. Mas então, vi os grandes caírem. Um a um. A arrogância dos Franceses, Argentinos e Italianos foi sendo derrubada.Os talentos individuais de Inglaterra e Portugal não foram suficientes. E nós fomos avançando com humildade, sem salto alto. "Mas o Beckham tava machucado". "Figo vai fazer uma cirurgia". "Zidane está jogando no sacrifício". Pra esses argumentos, só uma resposta: Ronaldo. Dois anos sem jogar. Uma cirurgia no joelho. O mundo inteiro contra. Artilheiro da Copa. Obrigado por me provar que eu estava errado. Chegamos a final contra outro time numa situação semelhante: Desacreditado, que saiu do seu país sob um chuva de críticas. E ganhamos. Sem dicussão. Vencemos e convencemos. 03 copas, dois títulos e um vice. Superioridade incontestável. E o meu desabafo, o grito contido a 4 anos veio na forma de choro. Um choro fino, calmo, tranquilo. Alívio.

Obrigado.



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